sábado, julho 23, 2005

10 - era um redondo vocábulo...

Era um redondo vocábulo
Uma soma agreste
Revelavam-se ondas (...)
Convocando farpas
Chamando o telefone
Matando baratas
A fúria crescia
Clamando vingança (...)
Na sala de espera
Inda o ar educa


(José Afonso)

O nome Alfredo Barroso não dirá muito à maioria dos leitores, no entanto, se acrescentar que se trata do presidente da câmara do Redondo que após 22 anos a ser eleito como comunista vai agora candidatar-se como independente, alguns, lembrar-se-ão de ter ouvido falar no caso.
"Os dirigentes do PCP (...) acusam o autarca de ter desrespeitado orientações definidas pelo partido na gestão camarária" in Público nº 5592 (2005.07.17) p. 14, segundo o jornal esta foi a razão para a perda de confiança política.
As questões que se colocam são estas: No nosso concelho? Quando votamos (salvo seja) na CDU estamos, também, a votar num "controleiro" que não sabemos quem é? O presidente da câmara será, apenas, uma marioneta a quem outros na sombra puxam os cordelinhos?

terça-feira, julho 12, 2005

9 - até...qualquer dia...camarada

Com um travo de abandono
e gosto a outro sabor
Dizes-me até amanhã
que tem de ser que te vais
Porque amanhã sabes bem
é sempre longe demais


(Rádio Macau)

Carlos, não me apetece nada estar aqui a "teclar" letras que formarão palavras. Não me apetece recordar a última vez que te vi, não me apetece recordar a última "Avante" onde nos rimos juntos. Não me apetece (claro, que apetece...) recordar o teu olhar claro e meigo, o teu sorriso.
Recordar-te-ei, pois, sei que tal como eu acreditavas que as pessoas são o mais importante.
não é o fim, nem o princípio do fim, é o fim do princípio