domingo, julho 30, 2006

426 - campeonato do mundo [Hezbollah contra Israel]

Qual será a relação entre Calvin e a «Terra Santa»?
Reparem nos três primeiros quadradinhos, Calvin, o puto provocador, sossego a mais; quarto quadradrinho, ataque à traição.
Quinto, sexto e sétimo a vingança do tigre (imaginário) .
Oitavo, nono e décimo a dificuldade em assumir aquilo que provocámos, o receio, o medo das consequências.
Obviamente, tenho uma opinião sobre o conflito árabe-israelita [fundamentada... que eu não estudei História em Coimbra nem na Avenida de Berna].
Há algo que partilho com os muçulmanos mais radicais, Israel não tem direito a um estado judaico, «mistake» ocidental (dos vencedores da segunda guerra) consequências desastrosas.
Como é que se resolve?
Bom seria que quem criou o problema nos anos quarenta o resolvesse agora.

425 - missa de domingo

Há padres e padres, assim como filhos e filhos.
Os filhos de Deus não são todos iguais os padres, também, não.
Gosto da Igreja de Constância, gosto do tecto pintado por Malhoa.
Hoje na missa em Constância, uma menina foi baptizada, não numa bacia (o que seria pouco digno) na pia* baptismal.
Jesus diz-se, dizem foi baptizado em água corrente no rio Jordão, sem bacias nem pias.
Diz Aleixo:

«São João, reparem nisto,
Teve este grande condão:
Ao baptizar Jesus Cristo
Foi quem fez Cristo cristão.»

Não é hora, nem local para discutir teologia, parece-me, contudo, que fazer estas três perguntas:
- Renunciais às drogas?
- Renunciais à embriaguez?
- Renunciais ao sexo?
... não será a melhor maneira de arranjar clientela.

Clientela, qual será a clientela de Deus?
As meninas com vestidos brancos ou saias com folhos, homens com fatos de ver-a-Deus ou gajos como eu com calças de ir à Festa e sandálias gastas pelos caminhos?

* recuso dizer qual a palavra em latim para: pia

sábado, julho 29, 2006

424 - cooltura

Portugal e Espanha, dois corpos fundidos. [*]
Parece-me bem esta associação entre marcas e países [três euros, oito iogurtes e um livro].

«Que aprendemos juntos o que hoje fizemos? Ah, palavras, encontrar palavras... perdoa-me: não sou trovador, como el-rei, meu avô.
(...)
Olham-se em deslumbramento. Abraçam-se de novo, agora não para o amor mas para a ternura, para sentirem os dois corpos sem distância. E riem como adolescentes.
(...)
- Tu és o meu rei. (...) Já o disse, eu havia de querer-te ainda que não foras quem és.
(...)
- É bom saber que desejarias o meu corpo ainda que eu fora (...) pastor de rebanho perdido (...).»

[*] fundidos, ok

quinta-feira, julho 27, 2006

423 - del neri...

Olha que três...
Três?
Sim!
Três - zero

O engenheiro, provavelmente, à experiência (e que experiência!).
É difícil, escrever e rir... rir-me (os senhores da foto, também, riem... de quê?)

quarta-feira, julho 26, 2006

422 - crianças

Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol que peca
Só quando, em vez de criar, seca.
(os senhores do Hezbollah, também, gostam de crianças)

terça-feira, julho 25, 2006

421 - tarde e noite

ERA A TARDE MAIS LONGA DE TODAS AS TARDESQUE ME ACONTECIAEU ESPERAVA POR TI, TU NÃO VINHASTARDAVAS E EU ENTARDECIAERA TARDE, TÃO TARDE, QUE A BOCA,TARDANDO-LHE O BEIJO, MORDIAQUANDO À BOCA DA NOITE SURGISTENA TARDE TAL ROSA TARDIAQUANDO NÓS NOS OLHÁMOS TARDÁMOS NO BEIJOQUE A BOCA PEDIAE NA TARDE FICÁMOS UNIDOS ARDENDO NA LUZQUE MORRIAEM NÓS DOIS NESSA TARDE EM QUE TANTOTARDASTE O SOL AMANHECIAERA TARDE DE MAIS PARA HAVER OUTRA NOITE,PARA HAVER OUTRO DIA.MEU AMOR, MEU AMORMINHA ESTRELA DA TARDEQUE O LUAR TE AMANHEÇA E O MEU CORPO TE GUARDE.MEU AMOR, MEU AMOREU NÃO TENHO A CERTEZASE TU ÉS A ALEGRIA OU SE ÉS A TRISTEZA.MEU AMOR, MEU AMOREU NÃO TENHO A CERTEZA.FOI A NOITE MAIS BELA DE TODAS AS NOITESQUE ME ADORMECERAMDOS NOCTURNOS SILÊNCIOS QUE À NOITEDE AROMAS E BEIJOS SE ENCHERAMFOI A NOITE EM QUE OS NOSSOS DOISCORPOS CANSADOS NÃO ADORMECERAME DA ESTRADA MAIS LINDA DA NOITE UMA FESTADE FOGO FIZERAM.FORAM NOITES E NOITES QUE NUMA SÓ NOITENOS ACONTECERAMERA O DIA DA NOITE DE TODAS AS NOITESQUE NOS PRECEDERAMERA A NOITE MAIS CLARA DAQUELESQUE À NOITE AMANDO SE DERAME ENTRE OS BRAÇOS DA NOITE DE TANTOSE AMAREM, VIVENDO MORRERAM.MEU AMOR, MEU AMORMINHA ESTRELA DA TARDEQUE O LUAR TE AMANHEÇA E O MEU CORPO TE GUARDE.MEU AMOR, MEU AMOREU NÃO TENHO A CERTEZASE TU ÉS A ALEGRIA OU SE ÉS A TRISTEZA.MEU AMOR, MEU AMOREU NÃO TENHO A CERTEZA.EU NÃO SEI, MEU AMOR, SE O QUE DIGOÉ TERNURA, SE É RISO, SE É PRANTOÉ POR TI QUE ADORMEÇO E ACORDOE ACORDADO RECORDO NO CANTOESSA TARDE EM QUE TARDE SURGISTEDUM TRISTE E PROFUNDO RECANTOESSA NOITE EM QUE CEDO NASCESTE DESPIDADE MÁGOA E DE ESPANTO.MEU AMOR, NUNCA É TARDE NEM CEDOPARA QUEM SE QUER TANTO...

segunda-feira, julho 24, 2006

420 - existirmos

sábado, julho 22, 2006

419 - anda um pai a criar um filho para isto...

Materazzi é um campeão.
Foi-o após 17 anos de travessia do deserto...

Por vezes o pai faz e o filho desfaz.
Neste vídeo podemos assistir (ligar o som) ao menino Marco a «brincar» em campo (Rui Costa e alguns meninos do Porto, também, entram na brincadeira).

O vídeo é longo (5 min.) faz-nos meditar sobre um «desporto» chamado: futebol.

quinta-feira, julho 20, 2006

418 - um «blog»...

... imperdível

Para os que gostam de Momentos & Documentos...

quarta-feira, julho 19, 2006

417 - sem nome


Os gregos chamavam-me: anónymos, em latim: anonymu... por aqui são: anonymous.
Todos os comentários são apreciados, embora tenham de existir algumas regras de bom senso (nem sequer digo: boa educação) .
«"Desde quando as pessoas em Constância exprimem a sua opinão?" depois fala-se em cambada ,aqui del-rei que a virgem està ofendida.Tenha juizo,tem tanto direito em chamar rèpteis aos outros como eu no meu anonimato falar em cambadas.»
Cardápio completo de comentários: aqui.
Presumo que a questão da virgem não seja para mim, sou - touro - com tudo o que isso implica.
«tem tanto direito em chamar rèpteis aos outros como eu no meu anonimato falar em cambadas.»
Esse é que é o ponto, como o «blog» é meu (propriedade privada, portanto) concordo com o seu direito a escrever o que escreveu, mas...
Tudo isto para dizer que o anonimato virtual, é virtual, mesmo... existem meios para saber, exactamente, em que computador foi escrito determinado comentário e a partir daí, identificar os dedinhos que passearam nas teclas.
Utilizando os meus conhecimentos do mundo animal, dir-lhe-ei que não são, apenas, os répteis que rastejam... eu quase há vinte anos aprendi a rastejar, silenciosamente, peito colado ao chão, G3 sobre as mãos e progredir no terreno. Como graduado duma companhia operacional ensinei outros homens a fazê-lo.
Resumindo, não me importo que comentem (até agradeço) não se assustem com o facto de poderem ser identificados (não mexerei uma palha nesse sentido) agora, por favor, não venham para a minha casa prescrever regras (já as prescrevi no primeiro «post» que aparece, uma delas é: não há regras).

terça-feira, julho 18, 2006

416 - a boa e o mau


O bem e mal, o bom e o mau, como se não fossemos, simultaneamente, ambos.
«Em resultado das lutas entre os irmãos Numitor e Amúlio, o primeiro foi destronado pelo segundo que mandou assassinar a sobrinha e lançar ao Tibre o berço com os seus dois gémeos. O berço foi encalhar na margem do rio num sítio onde era costume vir beber uma loba... O animal atraído pelo choro dos gémeos (Rómulo e Remo), aproximou-se, lambeu-os carinhosamente e deu-lhes de mamar».
[adaptado de Tito Lívio]
Assim somos nós, Numitor e Amúlio, Rómulo e Remo procurando que o rio da vida nos conduza a bom porto, procurando que o lobo mau (será que o lobo é mesmo mau?) seja uma loba carinhosa.

domingo, julho 16, 2006

415 - escova de graxa ou arma de arremesso? [«comentários»]


O «blog» no meu caso, presumo que para outros seja igual, é uma extensão dos meus pensamentos, das minhas preocupações, das reflexões que vou efectuando sobre a vida.
Os comentários são o cimento que une e solidifica os tijolos que aqui vou empilhando.
comentários e comentários, do mesmo modo que existem uns tijolos mais sólidos que outros, uns são empilhados com respeito e carinho, outros são atirados, apenas, pretendem magoar.

414 - «iguista podete saiv cavo»

«clicar» para ampliar

Paleografia é uma das ciências auxiliares da História. Auxilia-nos a decifrar.
Detenhamo-nos no documento acima:
«Mais atvas ou mais a fvente»
Notamos uma tendência que se tornará padrão, a troca do -r- pelo -v- estas duas letras são, graficamente, parecidas e desenham-se, praticamente, do mesmo modo. Para podermos comparar teríamos de ver como o senhor [direi mais à frente porque penso ser um senhor] desenha o -v- infelizmente o -v- não aparece no texto. Verificamos a ausência de acento grave em - à frente-
«não sejas iguista podete saiv cavo»
Continua a tendência aludida, no -j- notamos a ausência de pinta, de acento agudo [já verificada, anteriormente, na palavra -atrás-] na palavra iguista (egoísta) o -podete- (pode-te) é um erro comum, facilmente, evitável se dissermos a frase em português falado no Brasil, -te pode- soa bem? então é separado com hífen.
«não penses só em ti pensa»
«tambem nos outvos»
Na última citação, constatamos a ausência do acento agudo em -também-.
Quanto à forma a análise está efectuada.
Quanto ao conteúdo, quem escreveu estas palavras revela um sentido espácio-temporal profundo «Mais atvas ou mais a fvente» ali, decididamente, não.
Logo a seguir define um perfil psicológico e ameaça: «não sejas iguista podete saiv cavo»
Para terminar com um conselho onde mais uma vez convida o outro a uma vida mais digna, mais altruísta: «não penses só em ti pensa»
«tambem nos outvos».
O egoísta sou eu (este bilhete estava no meu carro e referia-se a um problema de estacionamento).
O outro, o autor do bilhete será um senhor entre os 60/70 anos com uma escolaridade ao nível daquela que um estudante universitário tem hoje (este tipo de erros seriam cometidos por um estudante de 18/19 anos) com uma embirração por acentos.
Homem, porquê?
As mulheres, obviamente, têm mais que fazer ...

sexta-feira, julho 14, 2006

413 - catorze de julho, 1789



A Tomada da Pastilha

... os efeitos perduram!

412 - pontapés na educação

Apesar de não concordar com algumas generalizações e com o evitável: «Há muitos anos atrás» [seria preferível: Há muitos anos ou Muitos anos atrás, pormenores] o artigo, embora, longo é imperdível para quem se preocupa com o futuro.


terça-feira, julho 11, 2006

411 - onze de julho, 1940

Como era o mundo em 1940?
na república portuguesa...
Não era do mundo, do país ou de cerveja que queria falar, aliás nem queria falar... queria sentir, abraçar, a Maria, à minha Maria... Maria Odette.
A mamã não sabia, mas, aquele duplo T são duas cruzes, dois irmãos que perdeu, dois pais, dois sogros... como se a tristeza andasse aos pares.
A felicidade é única, momento, momentos, abraços, beijos, sorrisos, crianças com joelhos esfolados, cabeças partidas...
A mamã (não) sabe, mas, para ela sou, eternamente, menino... Peter Pan, vestido de verde.
A mamã (não) sabe, mas, apesar da distância, de não lhe telefonar, penso-a muito, admiro-lhe a coragem, a força feita vontade, o olhar determinado, os olhares cúmplices.
Hoje (há 66 anos) nascia de outra Maria, mamã... Maria, a mãe de Jesus.

segunda-feira, julho 10, 2006

410 - um poema

Tal como os poemas são palavras trazidas pelo vento...
O futebol de Zidane era pensado, melancólico, era um sonho desenhado no verde.

Tenho o olhar de horizontes
No peito aberto trazes a luz do sol
Em meus olhos, quase verdes, cantam fontes
Mágico enleio da alvorada do futebol

Aqueles que olham, pareceu-lhes agressão, eu vi poesia... um poeta cansado, com sede (com os olhos a cantar fontes).
Zizou não agrediu, aconchegou-se, encostou a cabeça num peito (no peito aberto trazes a luz do sol).

Zinedine Zidane, aconchegou-se num outro Heitor.
Não saiu, expulsaram-no, foi expulso do paraíso ... saiu de cabeça erguida, o melhor.

Obrigado, campeão (mágico enleio da alvorada do futebol)...



409 - o humilhado

Começou com quase dezena e meia de jogadores espalhados por várias selecções.
Perdeu.
Perderam todos.
Nem um campeão mundial.
«O melhor treinador do mundo»... arrogância para consumo interno (inglês).

sábado, julho 08, 2006

408 - novidades lomo

sexta-feira, julho 07, 2006

407 - santamargarida.blogspot.com

Este «blog» tem andado com alguns problemas técnicos.
O resultado é diferente se acedermos por esta porta ou se entrarmos por esta janela.
Não farei mais alterações no primeiro caso apareço ao lado dos textos, os «links» e tal tudo bonitinho, no segundo apareço no final depois de tudo o resto, o alfa e o ómega, o princípio e o fim... vai ficar assim mesmo, como se de propósito fora.

406 - o outro e os outros

No futebol como na vida tudo gira à volta da culpa e da desculpa.
A vida é como as rotundas que Pedro Sacadura refere, uma rotunda com duas saídas uma para a culpa, outra para a desculpa.
Há quem procure encontrar nos outros as razões para o insucesso, há quem as encontre em si.
No futebol é certo e sabido que a culpa é sempre do árbitro, no jogo de quarta-feira (será que ainda podemos chamar jogo ao futebol actual?) o árbitro foi, obviamente, culpado... não por nos ter prejudicado, sim por não ter dado um «jeitinho», tinha dado mais jeito que os «nossos» rapazes tivessem acertado com a baliza, coitados, eles são heróis, o outro é que foi culpado...
Detenhamo-nos na imagem de algum modo poderá representar a morte simbólica, masculina, claro.
Simbolicamente, isto: ^ representa a lança, o poder, o homem.
Isto: V representa o cálice, a maternidade, a mulher.
Na imagem do enforcado (não da enforcada) braços e pernas são símbolos masculinos... como se o bem e o mal, estivessem ligados, respectivamente, ao nosso lado gaja e ao nosso lado gajo.
Como se... como se alguém pudesse escrever um texto com alguma lógica numa sexta-feira às 05H30.

quarta-feira, julho 05, 2006

405 - jouer [2.]

Brincadeiras de grandes homens

404 - jouer

Brincadeiras de homens grandes

segunda-feira, julho 03, 2006

403 - a minha história

Provavelmente, a melhor página de banda desenhada de sempre.
Assimétrica.
Começa como muitas histórias; uma mulher a falar, acaba, como acabam todas... um homem sozinho.
Sou um gajo que liga muito a imagens, a símbolos, a histórias... baleia é sinónimo de opressão, as barbatanas de baleia que espartilharam corpos durante tanto tempo, as gaivotas são sinónimo de liberdade... o resto, bem, o resto é música, é o vento que sopra do mar e se transforma em algo palpável, que se acaricia e depois escapa-nos por entre os dedos...

402 - figo



Para o meu amigo António (ver comentários ao «post» anterior) que estava farto de ginginha, um figuito para acompanhar.

Nota: Obviamente, não se trata de nenhuma foto-montagem, é uma edição histórica do Record (o primeiro número após a passagem a diário) ... há onze anos, aquele tipo, tinha cabelos no peito, um emblema que não soube merecer e um desejo de fazer seis milhões e um.

sábado, julho 01, 2006

401 - ginginha, engraxadores e engraxados





Portugueses, uns lendo, outros caminhando, uns engraxando, outros sendo engraxados, uns telefonando, outros bebericando ginginha.

Portugueses uns esperando (escondendo a cara), outros trabalhando, conduzindo autocarros cor de submarino.

Portugueses todos, portugueses muitos, acreditando em hinos que já não falam de bretões e em bandeiras envergonhadas.

Portugueses que acreditam no Esplendor de Portugal (e nos pontapés da selecção da república).

Para muitos mais logo, será pau e pedra, a pedra (filosofal) é, também, sonho e o sonho é aquilo que, realmente, nos embala que nos faz acreditar em nós, nas nossas capacidades.

não é o fim, nem o princípio do fim, é o fim do princípio