quinta-feira, julho 31, 2008

1465 - o voo melancólico do sorriso




Há sempre alguém que resiste.
Há sempre quem nos descubra o olhar.
Há sempre quem nos descale as palavras.
Há gajos p'ra tudo (e ciganos, também).
Bibliografia:

1464 - não podem criar filhos

1463 - josé goes to hollywood

Sócrates não enganes a malta.
Relax, don't do it.


1462 - o nome que temos

Pode alguém ser quem não é?
Hulk?
pois...
Bibliografia:
deivid
o incrível Hulk
o aspirante a hulk

quarta-feira, julho 30, 2008

1461 - a importância do nome


Um computador chamado Magalhães.
Magalhães?
computaDOr.
Um computador chamado: DO.
Do, do it...
FernanDO Magalhães.
Um simples D (a letra D é um sorriso visto de lado) e um O tipo esfera armilar, portugalidade e universalidade simbólica, envoltos num til (de Fernão) estilizado (tipo graffitti) um azul mar que lembra a viagem de Magalhães e um sorriso.
O meu computador chamar-se-ia: DO e teria um logo apelativo.
Magalhães?
Bibliografia:

1460 - branco, preto (tinto) e destino

O branco inclina-se para a direita.
O preto (tinto) inclina-se para a esquerda.
O destino... realoja-se.

1459 - comentar os comentadores

Gosto de me pensar como um gajo, mediadamente, inteligente.
(o que será tal coisa...)
Sei que escrevi isto:
O desafio que lanço é o seguinte comentem, pois cada comentário terá uma resposta.
Imaginem um comentário assim:
O meu amigo, devia explicar-nos, logo, estas coisas. Ora, mais uma vez, vejo, claramente, a minha limitação compreensiva... ele usa as mãos para cousas outras que não a jardinagem. Não fosse isso, tinha o jardim bem cuidado e legitimado para cobrar entrada aos visitantes. Agora é que percebi. Obrigada, Pedro.
O jardim é jardinado por professores... de português.
Vou comentar o quê?
Votem neles p'ró ano... o povo é quem mais ordena.

terça-feira, julho 29, 2008

1458 - siga meses, ciga anos, siga-se

Sei-me gajo.
Não escolhi ser gajo, nada posso fazer para o alterar.
Não deixarei de ser gajo mas tento integrar os não gajos.
Este blog caminha para quatro anos, já escrevi muito sobre cigano e ciganos, sobre pessoas.
Para mim os ciganos não são gentinha.
São gente, pessoas como eu, como os meus irmãos, como os meus vizinhos, como os meus pais... são pessoas, choram e riem, têm dúvidas e certezas, têm fome e têm sede, fazem xixi e cocó (pronto, mijam e cagam).
São gente, pessoas como nós, como o presidente da Câmara Municipal de Torres Vedras, como o Quaresma, como o Quique Flores.
São gente.
Não são gentinha...

segunda-feira, julho 28, 2008

1457 - outro sorriso do lagarto

Dois anos depois.

sábado, julho 26, 2008

1456 - a águia e as bocas







sexta-feira, julho 25, 2008

1455 - freitas assusta

O biógrafo de Afonso Henriques entrega relatório.
Será?

1454 - zé, zé camarões... o último yes man

O faz falta é animar a malta...
Bibliografia para este post:
1. o amor como nosso destino
2. frontal e sério
3. não há almoços grátis
4. o zé fazia-nos falta
5. um homem pouco dado ao trabalho

1453 - de volta à selva

Tribunal de Torres Nuevas condena Ingrid a voltar à selva colombiana.
Ao contrário daquilo que seria expectável ainda não foi tomada uma decisão definitiva.
O que está em causa é o supremo interesse de Ingrid:
1. Os sequestradores providenciaram-lhe alimentação.
2. Os sequestradores providenciaram-lhe roupa.
3. Os sequestradores providenciaram-lhe todas as necessidades básicas.
4. Os sequestradores nunca lhe mostraram um rio ou o mar.
5. Os sequestradores chamam-lhe: filha afectiva.
Estes colombianos são loucos.
Na república portuguesa em Torres Novas, os sequestradores são punidos, os jornalistas que desinformaram são, severamente, castigados e a criança é, finalmente, resgatada e entregue ao pai.
Far-se-á justiça por muito que isso custe a alguns que conseguem fazer humor, abstraindo-se da dor de um homem que vê a sua filha infeliz e a ser (des)educada por estranhos, estranhos que queriam ser pais mas que não queriam adoptar, estranha forma de amar.
Estranho quem os defende.
Uma decisão favorável aos «afectivos» faria ruir todo o edifício da adopção como a conhecemos, as crianças passariam a ser leiloadas à saída das maternidades.

quinta-feira, julho 24, 2008

1452 - uma terra em forma de punho

Um mapa do início do séc. XIX.
Podemos comparar o caudal do Tejo e do Zêzere (atentai no pormenor da ponte de barcas).
Na margem esquerda... Santa Margarida da Coutada, no alantejo.
imagem: Abrantes na Guerra Peninsular (1810) – mapa militar demarcado pelo perímetro Abrantes-Punhete-Sardoal, tendo assinaladas as diversas posições da tropa aliada em torno da vila.

1451 - acredite se ler no expresso

Quinze minutos de fama...

quarta-feira, julho 23, 2008

1450 - são crianças estes animais

O touro é um animal muito bonzinho que vive no campo.
Veste-se sempre de preto porque a sua esposa, que era uma vaca, morreu.
O touro é muito bonito mas as crianças não o podem ver na televisão (será que as televisões não têm uns botanitos para mudar de canal e para desligar?).
Em Espanha as touradas são consideradas, vida, arte e cultura.
Na república portuguesa os touros não morrem (só em Barrancos).
Os portugueses são bons.
O bem e o mal.
Toiros lindos e matadores feios.
O toiro quando é lidado tem quatro ou cinco anos... animal é uma criança, às crianças todas as criancices se desculpam, cresçam e façam algo digno e útil.

1449 - raça branca

Loures, Quinta da Fonte, tiros, ciganos e pretos.
Lisboa, Telheiras, tiros, brancos.
Porque razão não falamos da etnia caucasiana quando nos referimos aos distúrbios em Telheiras?
Telheiras é uma das zonas mais caras de Lisboa (da Europa) há desacatos, tiros e roubos, curiosamente, os gajos desta etnia (os caucasianos) não vão choramingar para a porta da Câmara de Lisboa, nem exigem ser realojados...

1448 - sonhos que voam


pedro oliveira escreveu Julho 14, 2008 às 12:38
Caro Miguel,
Há um mundo para lá do Parlamento Europeu.
Há um mundo onde vivem pessoas, pessoas.
Há um mundo onde essas pessoas, pessoas não consideram Cristiano Ronaldo um escravo (gostariam de ser escravizadas assim).
Há um mundo onde vive a «Maria Albertina» que, ao contrário, de Sónia Mendes não se importaria de ganhar € 100 (cem euros) por dia.
Há um mundo onde os pais têm os filhos a estudar no ensino público não é «operário» quem quer, é-o quem pode.

mportas escreveu Julho 14, 2008 às 7:23
Caro Pedro Oliveira, não posso estar mais de acordo consigo..Por isso nunca me viu usar a palavra “escravatura” em nenhuma parte do trabalho. Nem a usei quando na Holanda me confrontei com uma situação onde os portugueses contratados por uma empresa de trabalho temporário estavam completamente condicionados na sua vida extra-trabalho pelas condições impostas pelo empregador. Onde, por outras palavras, este era dono da vida do trabalhador. E não empreguei existia um salário..Mais acrescento que classifico simplesmente obscena a palavra “escravatura” quando ela sai da boca de Cristiano Ronaldo ou de Joseph Blatter. Deviam ter vergonha na cara..E no entanto, subscrevendo tudo o que escreveu, discordo do fundo do seu argumento..O que denunciei não foi escravatura, mas indignidade no tratamento de seres humanos. Contrastei a diferença de tratamento dos organizadores de concertos e festivais ante trabalho qualificado e trabalho não qualificado - porque essa diferença se reflecte no salário, mas não se deve traduzir nas condições de alimentação e repouso. E fi-lo porque é importante que as centenas de milhares de frequentadores de festivais e concertos percebam que o que vêm não é apenas uma banda, mas o fruto de um trabalho colectivo onde existem “filhos e enteados”, quando assim não tinha que ser..Onde discordo de si é, portanto, no essencial: a dignidade no trabalho é uma conquista da civilização e não tenciono desbaratá-la em nome da desvairada luta pela sobrevivência em que se encontra grande parte da Humanidade. A Sónia Mendes e a “Maria Albertina” não se opõem e a primeira falou e agiu pela segunda porque, simplesmente, as coisas podem ser bem ou mal feitas. É assim que se avança, não é?

pedro oliveira escreveu Julho 14, 2008 às 5:58
«É assim que se avança, não é?»
É assim que se avança, sim.
Aquilo que escrevi no primeiro comentário não invalida que concorde com aquilo que escreveu a seguir.
«a dignidade no trabalho é uma conquista da civilização» esta é uma excelente frase com a qual concordo inteiramente.
Percebo o «post», percebo que faz sentido lutarmos pela dignidade no trabalho.
Pretendi falar de uma realidade outra, a realidade daqueles que nem sequer têm emprego.
Tem razão na resposta que me deu, são realidades diferentes.
Ganhou um leitor.
Comentários: aqui
Fotografia: ali
(era disto que falava, comentários como confronto de ideias. Não quero que Miguel Portas pense como eu, não quero obrigá-lo a concordar com tudo o que digo, com todas as análises que faço. Gosto de pessoas que discordam daquilo que digo e que às vezes me provam que estou errado)

terça-feira, julho 22, 2008

1447 - larguima

- Está mal, não é larguima, é lágrima.
- Eu é que sei... se eu quiser é larguima.
- O que é uma larguima?
- Uma gota largada, salgada, chorada no colo do lar.

segunda-feira, julho 21, 2008

1446 - comentados e comentadores

Ter um blog para além de um prazer é, também, uma responsabilidade.
Sei-me anjo e demónio, branco e preto, mineral (pedro) e vegetal (oliveira).
Provo-me e saibo-me a sal.
A lágrimas, a mar.

domingo, julho 20, 2008

1445 - a princesa guerreira

Há princesas que nos fazem lutar por elas.
A maior parte das vezes não sabemos se fugimos ou mordemos o anzol.

sábado, julho 19, 2008

1444 - o regresso do filho pródigo

Não sei se Madaíl gosta de parábolas, provavelmente pensa que uma parábola é o mesmo que uma bola parada (um livre directo ou um canto).
Foi directo e cantou bem ao dizer que Queiroz (Queirós?) é o filho pródigo, o gajo que espatifou toda a fortuna em p**** e vinho verde foi, realmente, despedido e voltou depois para comer o novilho cevado.
Como treinador principal em equipas de adultos conquistou uma Taça de Portugal mas agora é que vai ser, vai desatar a ganhar Campeonatos da Europa e do Mundo, está-se mesmo a ver, não está-se?

sexta-feira, julho 18, 2008

1443 - undingi mbangu

Porreiro, pá! *
Desde o intelectual de mais alto gabarito, seja Doutor Juiz, Doutor Advogado, Professor Catedratico, o mais importante empresário, músico, artista, compositor, ou o simples cidadão Bakongo, para além de falar a sua língua, apresenta traços indicáveis da sua cultura. Uma identificação impar, única e exclusiva diferente do resto dos Angolanos.
Um certo amigo, disse-me que preferia identificar-se como Mukongo do que como angolano. Edificando-se como angolano, talvez suscitasse duvidas, mas como Mukongo, ninguém teria a capacidade moral de duvidar da sua identidade, seja do Zaire ou de Angola, sentia-se orgulhoso de ter uma identificação própria, sua original, não igualada nem imitada de alguém, apenas deixada pelos seus antepassados.
ver: http://www.pdp-ana.org/ , artigo: Crivação histórico-política 1975/1993 na sexta-feira sangrenta
Por: José Luquissa
José Sócrates Pinto de Sousa não é Mukongo.
José Sócrates Pinto de Sousa renega antepassados e família.
José Sócrates Pinto de Sousa matou, assassinou o Pinto, o de e o Sousa.
José Sócrates. [ponto final].
Um homem que assassina o (seu) passado, dar-se-á bem com assassinos, será submisso e simpático com eles:
* o título foi uma inspiração de Pedro Oliveira (eu) a partir deste dicionário.
A imagem foi uma inspiração de Pedro Oliveira (eu) de um quadro executado por um artista de origem africana [somos todos originários de África, mas 'tá bem, abelha] ou se preferirem duma pintura feita por um preto que linkei ali em cima.

1442 - o man dela

My man, também.
Os grandes homens não são de ninguém, são de todos.
As grandes mulheres, também.
Graça.
Não é Machel nem Mandela, mulher de dois grandes chefes africanos.
Mandela será hoje, blá, blá, blá, blá por muitos... que voltarão a referi-lo quando morrer.
Samora.
Samora Machel.
Conhecido pelas anedotas.
Um africano sábio que um dia proferiu esta fantástica frase:
- Descobriram-nos? Nós sempre estivemos aqui, vós abalastes, retornastes depois, sois, apenas, os nossos netos que regressaram...

quinta-feira, julho 17, 2008

1441 - aimar

e mar, há vir e voltar.
Uma coisa é certa, o futeboleiro do país das pampas já tem experiência em descer de divisão.
Talvez tenha chegado ao clube certo.
Por um mundo melhor, por uma vida mais saudável, talvez o clube do bairro de Benfica consiga passar da Liga Sagres para a Liga Vitalis.
Sport Lisboa e Benfica, 1908 - 2008, sempre era uma maneira diferente de celebrar o centenário.

quarta-feira, julho 16, 2008

1440 - ciganos, pretos e crianças

Televisões. Rádios. Jornais. Blogs.
Os últimos informam-me, fazem-me chorar, revoltam-me, dão-me oportunidade de os questionar, citam-me, respondem-me, concordam ou discordam da minha opinião...
Neste rectângulo à beira do mar estampado discutimos uns tiritos duns ciganos nuns pretos e duns pretos nuns ciganos, ninguém morreu, ninguém ficou ferido... mas é importante.
No Brasil morre-se, morrem, morremos, cada bebé que morre antes de sorrir é tod' o mundo a chorar...
Paula, um beijo, um grande beijo, fotografar é fácil (é uma técnica) esconder no nosso coração as fotografias que sentimos, só quem é pessoa primeiro e profissional depois o consegue.

terça-feira, julho 15, 2008

1439 - a(i)mar adeus

De repente, não mais que de repente...
Aimar é complicado.
Aimar e ser amado é do mais complicado que há.
Aimar foi capa do jornal oficioso do quarto classificado da ex-bwin liga bué (buereré) de vezes.
Afinal não adianta amar a dEUS sobre todas as coisas (as coisas que arquitecturamos).
Publicidade enganosa... Aimar não veio para ficar.
Aimar adeus...

segunda-feira, julho 14, 2008

1438 - um historiador apaixonado


O que fica de nós quando partimos?
Paixões comuns?
Bronislaw, tinha uma paixão incomum pela História.
Se me pedissem o nome dos três polacos mais importantes do séc. XX, diria isto:
2. Zbigniew Boniek
3. Karol Józef Wojtyła (João Paulo II)
Não morrerá...


1437 - queixinhas

A coisa (qualquer coisa) possui a dimensão que lhe atribuímos.
A escravatura existe...
Eis um escravo
Existem, também, escravos que acham que ganhar € 100 (cem euros) por dia é uma exploração.
Felizmente há um deputado europeu (provavelmente julga que todos temos um salário igual ao dele) que denuncia a situação.
Felizmente há um blogger que o secunda.
Escravatura cristiano-ronaldesca, jamais...

quinta-feira, julho 10, 2008

1436 - que grande meda

Um suspeito de Meda que bate mal, bateu bem.
Bateu onde dói ao capitalismo... nas máquinas que cospem notas.
Notas.
Qual é o valor da nota verde?
Notais?
Há uma desvalorização daquilo que notamos.
A nota deixou de ser um objecto que, respeitosamente, levantávamos no Banco para ser uma coisa que nos é cuspida na mão.
Há quanto tempo não olhamos uma nota?
São obras de arte com janelas e portas... fantásticas.
Santo António já se acabou, Saint-Exupéry está-se a'cabar, Santo Ghandi, Santo Ghandi, dá cá ilusão para eu sonhar...
Gosto do dinheiro do ponto de vista ético e estético.
Gosto de formas éticas para atingir estéticas.
Gosto de monstros [hádem ver um link para o lomo aqui] que desconstroem.
Gosto de Medas que ninguém gosta...

1435 - mais de sem mil

Hoje, quando regressar a casa, o contador ali em baixo já não terá nenhum zero à esquerda.
Leitor ou leitora, imbuído ou não de portugalidade, alguém contribuirá hoje para a visita: 100 000.
Vou continuando por cá a mexer e a estrelar ovos...

terça-feira, julho 08, 2008

1434 - o que procuramos na direcção dos sonhos...

Olho, vejo-me, ali.
Todos campeões.
Z.P (eu)... olhas o quê?
J. M. (T.) ética...
J. B. (o escutismo tatuado)
M. ( pai [da menina mais inteligente que conheci])
F. (motoqueiro)
C. (avô)
R. (o meu capitão, o meu sucessor)
J. (afilhado)
R. (sorriso, sporting)
Meninos, todos.
Sonhos... muitos.
Militares, operários, bancários, professores, putos, homens, nós...
Campeões de campos sem relva, nenhum de nós com catorze anos sabia quem era Chopin, nem que fruto nascia duma clave de sol.
Sabíamos o que era apanharmos azeitona com as mãos enregeladas, sabíamos o que significava corrermos por campos de terra e sermos campeões distritais na Primavera...

1433 - a pica e a picadita

O Mário é meu amigo (tanto quanto sei, não sabe que o blogger: Pedro Oliveira, é... eu).
Gosto do Mário.
Gostava do pai do Mário...
Gosto de pessoas que fazem do sofrimento uma catapulta que os projecta para a felicidade.
Não aprecio tanto pessoas que centram o mundo em si...
Aprecio quando (se) assumem.
Gosto e pessoas que assumem o que dizem, o que são (gorditos?) e o que escrevem.
Gosto de políticos que não se acham os gajos (as gajas) mais inteligentes do mundo.
O bom-senso é a porra que está mais bem (melhor?) distribuída... [dizia o Descartes antes do cunhado da Margarida Prieto colocar tudo em causa]

1432 - implementar... preocupem-se em realizar

O problema dos políticos, das políticas, é que não sabem ao que sabe um penalty de vinho tinto bebido ao balcão, não conhecem o sabor da mini bebida pelo gargalo.
Não sabem beber e sorrir.
Não sabem beber e falar da conjuntura, da macro e da micro-economia.
Não sabem falar da macro e da micro-economia sem o dedito esticado, sem uma flute borbulhante...
Um político não implementa, realiza.
Um político não implementa, faz.
Um político não sorri e diz: estamos a cumprir...
Um político faz um ar preocupado e diz: já fizemos alguma coisa mas vamos fazer muito mais...
Um político, uma gaja política, não se mostra, não mostra casinhas e repuchinhos, moinhos e fontinhas, gaja que é gaja, política que é político deveria ter mostrado pessoas... brancos, negros, lixo e sorrisos.
Susana, não facilites, não procures implementar.
Preocupa-te, aplica-te e realiza.
... não é difícil.

segunda-feira, julho 07, 2008

1431 - a estrela e a esperança

1430 - a esperança e a estrela

Nós e o nosso reflexo.
Rosto.
Maria.
Belém.
Estrela.
Edite.
Pedro(sa), Inês.
... e tal.
Uma frase (ouvia-a hoje, meditem nela):
- Olhá gaja, tá me'mo velha cara*ho, a gaja teve lá na minha terra, q'ando foi presidente de Sintra, ''tá velha c´mó cara*ho, parecia uma miúda... foi lá inaugurar uma capelita do séc. XVI.

1429 - calma grande

Caríssimo Pedro,comento este «blog» desde Abril de 2006, ainda que, com um «nick». Nunca tive intenções de o desrespeitar a si ou a algum dos seus leitores. Vim, em cada momento, exactamente, para discutir ideias. Leio o que escreve, com agrado e avaliação crítica. Foram raríssimas as vezes em que me tenha dirigido a algum dos seus comentadores. É, facilmente verificável (basta ler), não ter sido eu, a primeira a adjectivar e, renegar como inúteis os «saberes», directa e indirectamente,(das) pessoas que nem conheço pessoalmente; seja para as julgar iludidas, jovens mal pensantes inundadas de teorias sem aplicabilidade, massacrantes, mal-educadas, ignorantes portadoras de saber enciclopédico, cozinheiras que, indelicadamente, despejam seus cozinhados por cima dos outros ou que se devam reduzir à sua (delas) condição de género. Nunca tive intenções de decidir, neste seu espaço, quais os assuntos que devem ser tratados, de que forma e como devem ser tratados. Nunca mandei calar ou esperar para intervir, nenhuma das pessoas que, aqui, se manifestou em relação aos seus pensamentos, nem a língua que devem ou não usar para manifestar a sua (delas) expressividade. Pedi, explicitamente, que não se me dirigissem, pois que, também não o fazia (faço).Não me encaixo em fáceis dicotomias e, procuro superar a visão linear, estritamente lógica, porquanto, o mundo onde vivemos carece duma visão capaz de integrar abordagens diversas; não sou, obviamente, responsável pelos dicionários próprios com que, as pessoas, em geral, interpretam o que escrevo.Por outro lado, muitas coisas havia para concordar e discordar neste seu «post». Permita-me, somente, manifestar a seguinte ideia: «Alma Grande» fazia o que está escrito na embalagem de cigarros, apenas no sentido estricto, que entendeu dar-lhe neste contexto.«Alma Grande» não encurtava, somente, a vida. Dito dessa forma, pode fazer dele, em eventuais leituras, permita-me, um assassíno sem dó nem piedade.«Alma Grande» encurtava a vida-em-dor, como brilhantemente intítulou o outro «post» : «abafa dor». «Alma Grande» encurtava as vidas em sofrimento.Retirava-lhes o sofrimento, portanto. Cultive, então, ideias que não sejam curtas, "vale sempre a pena, quando a alma, não é pequena", a procura do «graal» em caixas plásticas é que será, talvez, cousa pouca.Deixa-lo-ei, desta feita, a discutir ideias.Bem-haja.
Segunda-feira, Julho 07, 2008 3:12:00 PM
Poder-me-ia dirigir à comentadora duma forma individualizada.
Não o vou fazer.
Este blog é a minha salinha onde o meu lado gaja faz umas reuniões de tupperware, gajo que é gajo, obviamente, não passa os serões a premir teclazinhas (há coisas tão mais interessantes para acariciar).
Não acho as reuniões de tupperware desprestigiantes, gosto muito da D. Carolina, da maneira que soube, que sabe, lidar com a viuvez, gosto de pessoas que sabem ser livres e que sabem conviver com a idade que têm.
Gosto muito. Muito. Gosto muito da minha mamã:
Lembro a minha mãe a servir chá, bolinhos, conversa e sorrisos
Esta será uma frase fascista, machista, malcriadista e tal, para mim é uma frase carinhosa, servir é na minha opinião das palavras mais bonitas que existem.
Já contei isto mas repito, há uns anos (há alguns anos) achei que a minha vida estava meio sem rumo, tinha um trabalho bem remunerado, tinha uma casa - paga, tinha um carro - pago, faltava-me qualquer coisa...
Cismei em servir, dois anos em África ou em Timor e quando voltasse logo se via...
Fiz toda a formação (um ano) que falhou, apenas, num pormenor...
Falhei num pormenor, mas fui promovido por mérito, no meu trabalho, nesse ano.
Hoje trabalhei mais de doze horas (nada de especial) tenho um passado, um presente (e espero ter um futuro).
Um blog, este blog é, apenas, uma circunstância da/na minha vida.
Não tem muita importância.
Tem a importância que lhe dou.
Tem a importância que lhe querem dar.
Live.
Vive.
Vivamos (esta vida são dois dias e a Festa são três).

domingo, julho 06, 2008

1428 - sulfato de hidrogénio

Há génios.
Existem pessoas preocupadas com a genialidade.
Há muitas coisas...
Sulfato de hidrogénio é que não.

1427 - alma grande


Alma Grande fazia aquilo que está escrito acima: encurtava a vida.
Encurtar.
Quando escrevi este post parece que estava a adivinhar o que se seguiria, um confronto de egos.
Há muito, muito tempo, lembro-me da D. Carolina organizar reuniões destas na minha casa (na casa de meus pais).
Lembro a minha mãe a servir chá, bolinhos, conversa e sorrisos.
Recordo como aquilo me fascinava, as mães dos meus amigos e outras senhoras, todas em traje domingueiro (algumas até arranjavam o cabelo) a discutirem caixas plásticas, como se cada um daqueles objectos fosse o graal que lhes traria a felicidade eterna.
Um blog é, também, de algum modo uma reunião da tupperware, não discutimos caixas plásticas, discutimos ideias.
Aquilo que peço a cada pessoa que por aqui passa e comenta, não é para vestir traje domingueiro, não é para arranjar o cabelo, é, apenas, para respeitar o espaço.
Nós quando somos convidados na casa de alguém não desatamos a ofender as outras pessoas, pois não?
Gostaria que aqui, fosse assim, que se comportassem com respeito uns pelos outros, com opiniões próprias mas sem tentarem impor a vossa verdade aos outros.
Até prova em contrário somos todos seres dotados de inteligência.
Vamos então alargar, neste blog não se cultivam ideias curtas.

1426 - um leão no afeganistão

Um país distante.
Uma farda.
Um médico.
Uma paixão.

sábado, julho 05, 2008

1425 - o mais chato é este tédio prolongado

- Pensas na terra (na Terra?) não é Pedro?
- Penso na minha aldeia...
- A nossa pátria é a nossa aldeia...Penso, penso rápido.
Penso rápido, pensado para estancar o sangue.
Quem prende o ribeirinho que corre, é por si próprio enganado, o ribeirinho não morre, vai correr para outro lado, quadrava Aleixo (citado de memória).
Pansar.
Pensal.
Pensall.
Pensar a totalidade da coisa, recordo as farinhas Pensal, recordo o leite militar em pó, vejo os pobrezinhos actuais de ténis nike e antenas parabólicas, recordo os pobres de outrora que mendigavam pão.
Vejo Oliveira em filme engarrafado.
O melhor Oliveira (na minha opinião).
Berliet.
Tramagal.
Eu (e a minha circunstância).
Eu e o meu orgulho (transportes públicos, lembro-me de correr para o último autocarro, lembro o sorriso irónico do condutor no retrovisor, lembro-o a partir no último momento).
No dia seguinte fui ao Matos e comprei uma motorizada, não mais permiti sorrisos irónicos, digo o que tenho a dizer, faço que tenho a fazer...
Não gosto de orgulho, não sou orgulhoso.
Gosto de me pensar como lutador, não conformista, não maniqueísta.
Quando escrevo gostaria de ser questionado...
1. Porquê esse título?
2. Gostas de Manoel?
3. As imagens, o que são, onde estão?
4. És contra o orgulho? O que é o orgulho para ti?
5. Non ou a vã glória de mandar, dá-nos uma perspectiva derrotista da História... achas a nossa História, uma História de fracassos?

1424 - abafa dor



Quando criei este blog, vai para quatro anos, a minha intenção era descansar de um trabalho que me ocupava (me ocupa) muito os pensamentos.
Um trabalho onde tenho de estar, permanentemente, informado, sorridente e eficaz.
Na altura já comentava em muitos blogs, ficava contente quando os «donos» dos blogs me respondiam, envolvia-me em discussões / troca de opiniões e tudo ia pelo melhor, no melhor dos mundos possíveis.
Cismei em criar um blog meu.
Um local de partilha, onde ia descarregando palermices e coisas sérias, um alguidar, um grande alguidar, onde tudo cabia.
Recordo com saudade comentadores como o Luís Filipe [ter opinião tem custos, obviamente, o Luís já não é funcionário da única Câmara (não confirmei) comunista a Norte do Tejo].
Fico triste quando penso que (mesmo que indirectamente) existem pessoas que foram perseguidas, injustiçadas e tiveram de mudar de emprego por minha culpa, minha grande culpa.
Um blog não é inócuo.
Um blog pode ser encerrado judicialmente.
Já ensaiei uma solução que passava por censurar comentários.
Não censurei nenhum, achei-me detestável de lápis azul na mão e publiquei tudo (os comentários fugiam ao tema do post, acho eu, há pessoas que vivem nas caixas de comentários alheias).
Sinto que o santamargarida, neste momento, está cercado, abafado (no sentido miguel torguiano* e berlindenesco).
Sinto que há comentadores que comentam para se auto-ouvirem, para se auto-falarem, para se auto-promoverem, para, para, para...
Às vezes abro as caixas de comentários do meu blog e não tenho vontade de comentar, parece que tudo está focalizado, conduzido... abafado.
Adivinham-se mudanças, no entanto, comentadores como o Manuel e como o João dão-me alento para continuar e não tomar nenhuma decisão definitiva.
A ver vamos...
* cf. com Alma Grande

1423 - este é o corpo, thomai




Quem és?
- Chamava-me Tracy, chamo-me Thomas
De onde vens?
- Venho do Hawaii
Para onde vais?
- Para onde me levar a irrealidade da vida.
Quando olhamos de muito perto nenhuma vida é normal.
Quando olhamos de muito perto nenhum corpo é normal.
Há sempre algo errado em nós.
Achamos sempre algo errado nos outros.
Não sei que motivação terá uma pessoa para querer ser homem sem deixar de ser mulher.
Thomas tinha, tem toda a utensilagem feminina (porque lhe deram identificação masculina, então?) do ponto de vista biológico a fecundação poderia ter sido feita de forma natural, da cintura para baixo, Thomas continua a ser aquela menina de vestido cor-de-rosa.
Até aqui está tudo bem Tracy/Thomas e a companheira são dois adultos e têm todo o direito de ser felizes como lhes aprouver.
E as crianças, senhoras?
A menina que nasceu a três de Julho carregará para sempre o fardo da avó que se suicidou, da mãe que não é bem mãe e do pai que não é bem pai.
Posso estar enganado mas julgo que podemos falar da nossa intimidade enquanto indivíduos, dos nossos sentimentos e anseios.
Podemos falar de nós.
Não devemos, não deveríamos falar das actividades intímas de outros, dos nossos filhos, por exemplo.
não é o fim, nem o princípio do fim, é o fim do princípio