domingo, agosto 31, 2008

1537 - lampi, urso come noz

1536 - blog dei

sábado, agosto 30, 2008

1535 - o treinador do irracional de milão

1534 - responsabilidade e acção

Quem pensa que esta senhora é apenas uma cara bonita (que também o é) está muito, muito enganado. Pensar assim já provou ser um erro trágico para muitos dos seus adversários passados.
Por razões profissionais, visito regularmente o Alaska. Será necessária uma pequena introdução: o Alaska é aquilo que os autores deste blog até poderiam chamar um estado socialista. Não porque seja politicamente socialista ou o estado muito interventivo (longe disso), mas porque é o estado, ou o “People of Alaska”, o proprietário de todos os recursos naturais, nomeadamente o gás e o petróleo. Houve um antigo governador que o baptizou como o “Owner State”. Fundamentalmente, o Alaska é uma grande empresa produtora de petróleo. A exploração é concessionada a privados, que pagam um royalty de 12.5% ao estado. 1/4 desse dinheiro é colocado num fundo permanente (um fundo soberano, com dividendos a serem distribuídos pelos residentes do Alaska); o restante é apropriado pela legislatura, ou seja, gasto pelo governo estadual. Esta é uma razão pela qual a dimensão do estado pode ser enganadora. O Alaska tem a população do Porto (sendo 3 vezes maior do que a França), mas o governo do Alaska não é coisa para amadores.
Entretanto, esta afluência de dinheiro nas mãos dos políticos teve os efeitos inevitáveis. Long story short: a política no Alaska era uma versão light da política em Angola. A diferença era que no Alaska votavam e tinham dois partidos por onde escolher. Mas dois partidos dominados por políticos absolutamente iguais. Era um good Ol’Boys club, como eles dizem.
Explicado isto, quem é esta senhora? Em seis meses fez aquilo que eu não pensava ser possível de fazer em 10 anos. Destroçou aquela podridão. É idolatrada no Alaska, um verdadeiro fenómeno de popularidade. E odiada por alguns, essencialmente gente ligada ao negócio do petróleo. Principalmente, pelo que tenho percebido, republicanos. Não vou contar episódios directamente ligados à indústria da extracção, mas há uns meses o negócio da construção de uma pipeline de $30b foi ganho por uma empresa canadiana. Foi a primeira vez em décadas que um concurso público desta dimensão no Alaska não foi ter aos bolsos do costume. É de direita, mas não é nenhuma maluquinha religiosa. Isso não cola no Alaska. O Alaska é o inverso do Alabama: há 10 bares para cada igreja. Sinceramente, até duvido que assista regularmente a missas ou algo do género. À parte isto, é uma Alaskiana típica: o marido tem uma traineira (é pescador de profissão e tão popular como ela visto ser o campeão de snowmobile - é tipo o Ronaldo do Alaska) onde ela trabalha aos fins-de-semana, caça, pesca, anda de trenó, pilota uma avioneta e come grelhados de veado.
Em suma: esta senhora começou a dar problemas a muita gente quando , ainda antes de ser presidente de Wasilla, a meteram numa comissão que supervisiona os procedimentos do aparelho administrativo no negócio do petróleo e meteu um colega de partido, um yes man das companhias petrolíferas, à beira da prisão e desempregado. Desde aí, há uns 10 anos, já a tentaram enterrar inúmeras vezes. Nunca foram bem sucedidos e ela é que os enterrou a eles. O Obama que se ponha a pau. E a
malta em Washington também.
Esse foi exactamente o argumento utilizado pelo Gov. Murkowski quando ela se candidatou contra ele nas primárias. Saiu-lhe mal porque ela tem miolos e as pessoas percebem isso. E não era apenas necessário cumprir escrupolasamente a lei. Ela mudou leis a torto e a direito.
Um ambiente simples? Ela negoceia contratos de bilhões de dólares semana sim semana nao. Os governadores normalmente ganham eleições e os senadores perdem-as por causa disso. Os primeiros fazem coisas, os segundos falam sobre elas. E quem faz sabe mais e isso, mais cedo ou mais tarde, nota-se. Acredita que os outros percebem alguma coisa de funcionamento dos mercados ou de economia? Mais do que ela, que trabalha nisso diariamente? Política internacional? Já falou mais vezes com os governantes dos países da OPEP, ou com os manda-chuvas da Gazprom, do que os outros 3 todos juntos. Instituições? Fez o BA em Pol. Sci. na universidade. É como eu digo lá em cima: o governador do Alaska é uma espécie de CEO de uma enorme empresa. Ir para DC deve intimidá-la tanto como a mim andar de bicicleta. Então para ser VP, que como dizia o outro tem como única função diária ler o jornal para ver se o presidente morreu…
A vantagem política dela é ser uma “common Jane”. No-nonsense, down-to-earth. É o tipo de político que os americanos gostam. O Bush ganhou as eleições por causa disso. Vendeu o jacto privado do anterior governador e utiliza voos comerciais. Mandou o motorista privado guiar limpa-neves e conduz o próprio carro para o emprego. O marido é membro do sindicato. Teve empregos a sério, fora da política. Pais professores, entrou em concursos de misses para pagar os estudos. Ela passa essa imagem e é carismática a fazê-lo. As pessoas simplesmente gostam dela quando a conhecem, é magnética.
Mas, ao mesmo tempo, não é uma simplória. Os simplórios não chegam onde ela chegou nem fazem o que ela fez.
Verá que ela irá surpreender. Tem carisma para dar e vender e o tipo de carisma que os americanos gostam. A energia vai ser um tema quente nestas eleições e ela é excelente a abordar o assunto. É excelente a discursar, é excelente em entrevistas. No debate o Biden vai parecer um fala-barato quando comparado com ela.
Não sei se vai chegar para ganhar, acho que não, e espero que não. Mas não duvide que ela se vai transformar numa estrela política e que daqui a 4 anos está de volta.

Comentários de Joaquim PMC, no Blasfémias.
Obviamente se pudesse votar nos Estados Unidos não votaria no partido republicano (sou monárquico de esquerda como estarão recordados) contudo o histerismo à volta dum gajo que não respeita a cor de pele da mãe, aborrece-me.
Aborrece-me, ainda mais, o machismo que, ainda, é mais «porco» (não me ocorreu nenhuma palavra melhor) quando é feito por mulheres.
Podemos ser mulheres, lindas, mães, inteligentes e competentes.
Neste blog, Sarah é uma palerma de estola, matadora de animais indefesos, no DN acusam-na de ter tido um filho deficiente (é assim que chamam a Trig).
Palin, Sarah Palin um nome a fixar.

1533 - lagartito sorridente


A importância depende de nós, do tamanho que temos, do tamanho que pensamos ter.
Às vezes somos grandes como dinossauros (dinossáurios para os naturalistas) outras pequenitos como girinos.
Há tempos chamaram-me: ceguinho de moralismo e acusaram-me de ter quarenta anos, quanto à idade nada posso fazer, quanto ao moralismo...
Isto para dizer que vamos passar a ter cartoons neste nosso espaço, numa primeira fase não terão comentários, pois a arte (gaba-te cesto) é para apreciarmos em silêncio, por outro lado já assistimos a rebaldaria a mais nas caixas de comentários.
Lampi, urso come noz... é uma ideia original deste vosso humilde blogger (eu) inspirado na dieta alimentar dos ursos e neste livro do próximo presidente da república.

1532 - lampi, urso come noz

1531 - la marca del sporting



Pela primeira vez em trinta edições o Real Madrid acaba um jogo do prestigiado troféu Santiago Bernabéu com três golos sofridos.
Mais uma vez o Sporting de Portugal (e não de Lisboa) escreveu o seu nome na História.
Tabela completa de resultados (atentai ao de 1996).
O jornal oficioso do Real Madrid desvaloriza o feito do Sporting, por cá o Leão da Estrela faz o mesmo...

sexta-feira, agosto 29, 2008

1530 - o estranho caso do vibrador razoavelmente conservado

Ao que nós chegámos...
Há funcionários da república que avaliam o estado de conservação de vibradores eléctricos penhorados.
Vejamos, o vibrador foi adquirido em 1999 por 673,38 € (bolas, foi caro, não foi?) o funcionário (a funcionária?) das finanças diz-nos que está em razoável estado de conservação, vai à praça por 84,00 €.
Caro leitor (cara leitora) se está interessado/a em adquirir um vibrador já batido (tem experiência de quase dez anos) mas conservado (razoavelmente) as finanças têm o que precisa.

1529 - amor no alaska

quinta-feira, agosto 28, 2008

1528 - ir em grupos

Uns calham em grupos.
Outros engrupem

1527 - mosca morta

Morrer a assapar

quarta-feira, agosto 27, 2008

1526 - o pior ego é o que não quer aprender

Descobri a imagem acima num dos blogs do futuro presidente da câmara de abrantes (o sonho camanda a ida).
Percebo tudo, excepto o ponto inicial na posição três, supostamente, indicaria maiúsculas, mas...
Gostaria, também, de perceber qual a utilidade de braille irrelevante (sem relevo).
Provavelmente a irrelevância do braille releva e revela a relevância revelada por alguns.

terça-feira, agosto 26, 2008

1525 - gajos... tipo eu

1524 - o estranho caso da azeitona assassina




Para o Luís António e para a Helena Maria um grande abraço solidário, como já escrevi várias vezes neste blog, não há dor maior que a provocada por um filho que nos morre...
Partamos, então, para uma possível análise.
O papel dos media (jornais, radio, televisão e meios internéticos) na apresentação do menu.
Ai, ai, ai, a criminalidade.
Ai, ai, ai, os assaltos.
Os media escolhem as notícias, manipulam a informação.
Este Agosto não ocorreram/não estão a ocorrer incêndios?
Este Agosto não assassinaram o coitadinho do touro em Barrancos?
Este Agosto não houve arrastão em Carcavelos?
Este Agosto não houve um gang na CREL?
Os media (alguns) não informam, assustam.
Já tinha falado de jornalismo antes, em Outubro de 2005 [ler o primeiro comentário], em Junho de 2007, num caso, é, provavelmente, inépcia... no outro publicidade disfarçada (pouco disfarçada).
Os media (grupos e jornalistas) deveriam colocar-se esta questão:
- Qual o nosso papel, como podemos ser úteis (como podemos rentabilizar o nosso negócio)?
Noticiar, relatar, assaltos a bombas de gasolina e a bancos, obviamente, potencia novos heróis que amanhã procurarão os seus quinze minutos de fama.
Os media deveriam procurar contribuir para uma sociedade mais justa e fraterna, divulgando notícias positivas, tipo:
O bombeiro que salvou um senhor encarcerado num automóvel e que graças a ele (ao soldado da paz) sobreviveu.
A vizinha que ouviu os gritos da Maria Albertina e que percebeu que Tiago decidira nascer já, ajudou Albertina no parto, Tiago chorou depois sorriu, está vivo... e mama.
O massagista que assistiu a Lúcia no jogo de andebol entre o Vale do Mestre e o Barreira Vermelha, o ombro de Lúcia está, novamente, no lugar e o massagista (o mãozinhas d' ouro) beberica uma mini e diz: ora, 'tou lá p'ra isso...
Gosto de sonhar.
Gosto de pensar notícias positivas.
Muitas pessoas a aprenderem a socorrer...
Reportagens de voluntariado, risos e gargalhadas.
Hoje morreram algumas pessoas.
Nasceram muitas mais.
Gosto de pensar num futuro em que a morte não seja notícia mas a vida sim.
Num futuro em que as Biancas, os negros, os ciganos e os brasileiros vivam e as azeitonas e as balas não atirem a matar.

sábado, agosto 23, 2008

1523 - a mosca, the fly


Desporto.
Triplo salto.
Nós, os miúdos de Santa Margarida, provavelmente, fomos dos poucos, que brincámos ao triplo salto.
Chamava-se mosca.
Um pau delimitava a chamada, outro a chegada.
O primeiro pau estava fixo (se fosse pisado o salto era considerado nulo) o segundo ia-se chegando para a frente à medida dos saltos.
O mosca era o último a saltar, os outros tinham de ultrapassar aquele salto.
Qualquer saltador passava a mosca quando o conseguisse superar.
O jogo do mosca foi-nos trazido por um miúdo que estudou em escolas anglo-saxónicas com outro tipo de exigência.
Fly, também, significa voar, naquele voo mais que querermos saltar mais que o João, que o Carlos ou que o Miguel, procurávamos ultrapassar-nos (saltar mais que o conseguido no dia anterior).
Bons tempos, liberdade, alegria, sorrisos e joelhos esfolados.
No passado fui mosca (às vezes) agora prefiro questionar, ser moscardo.


1522 - palavras encontradas na rua

Estas fotografias foram obtidas em Julho de 2008.
À primeira vista poderão parecer mais três rectângulos de realidade reproduzida através de telemóveis ou de manhosas máquinas digitais.
Não o são, não pertencem a uma realidade banalizada.
Fazem parte de uma realidade revelada (em papel mate com margem).
A importância da forma (como foram obtidas).
A importância do conteúdo (aquilo que representam, a mensagem que transmitem).
Avenida da Liberdade, Rua das Pretas, Rua do Telhal, Rua do Passadiço.
Escolher a Liberdade ou a Alegria para a direita ou a Pretas para a esquerda?
No meu caso tinha que escolher a Rua das Pretas (chamar-se-á hoje Rua das Gagas de Origem Africana, por sugestão de Fernanda Câncio?)... esquecia a direita, a liberdade e a alegria e ia para a escuridão da esquerda, para a caminha no quarto alugado.
A pessoa que fui nessa altura condicionará de algum modo a pessoa que sou.
Gostava da Avenida, gostava de falar com um empresário que parava por ali, de camisa aberta, bigode negro e olhar triste, cumprimentávamo-nos, sempre:
- Então, 'tás bom, como vão as aulas?
- Vou andando, mais ou menos e o negócio?
- Está fraco.
Quanto às palavras escritas, são palavras, apenas...

1521 - deus, que deus...



Deus não queria...

1520 - um dia fraco outros fortes

Andava há já vinte dias
ao frio, ao vento e à fome
às escondidas da sorte
um dia fraco, outro Fortes
qu'o dia em que se não come
é um dia a menos pr'á morte
Um dia fraco, outro Fortes
Um dia fraco, outro Fortes
Quando um barulho de cama
a voltar-se d'impaciente
me fez parar de repente
era noite e o casarão
não tinhas lados nem frente
dentro havia luz e pão
Me fez parar de repente
Me fez parar de repente
Ó da casa, abram-m'a porta
fiz as luzes se apagarem
cheguei-me mais à janela
vi acender-se uma vela
passos de mulher andarem
e uma mulher muito bela
chegou-se mais à janela
chegou-se mais à janela
Não tenhas medo, eu não trago
nem ódio nem espingardas
trago paz numa viola
quase que não fui à escola
mas aprendi nas estradas
o amor que te consola
Trago paz numa viola
Trago paz numa viola
Meu marido foi pra longe
tomar conta das herdades
ela disse "Companheiro"
eu disse "Vem",
ela "Tu primeiro"
"Tu que me falas de estradas"
"E eu só conheço um carreiro"
Ela disse "Companheiro"
Ela disse "Companheiro"
A contas com a nossa noite
afundados num colchão
entre arcas e um reposteiro
descobrimos um vulcão
era o mês de Agosto
e em Pequim se fez Verão (estão a ver que na caminha é que é bom?)
Descobrimos um vulcão
Descobrimos um vulcão
E eu que falava de estradas
e só conhecia atalhos
e ela a mostrar-me caminhos
entre chaminés e orvalhos
pela manhã, sem agasalhos
voltei a rumos sozinhos
E ela a mostrar-me caminhos
E ela a mostrar-me caminhos
Andarei mais vinte dias
ao frio, ao vento e à fome
às escondidas da sorte
um dia fraco, outro Fortes
qu'o dia em que se não come
é um dia a menos pr'á morte
Um dia fraco, outro Fortes
Um dia fraco, outro Fortes
Um dia fraco, outro Fortes
Um dia fraco, outro Fortes
Um dia fraco, outro Fortes
Um dia fraco, outro Fortes
Força companheiro...
Em Pequim, fraco
Em Londres, Fortes
Bibliografia:

1519 - uma vitória messida

1518 - o espírito olímpico de vanessa fernandes

Vanessa Fernandes considera mesmo que os actuais atletas são "privilegiados" e falou do seu caso, onde conseguiu tudo o que queria em termos de descanso, alimentação, treinadores, equipa de treino e apoio da família e amigos: "Que mais posso querer?".
Vanessa, a menina que faz queixinhas dos outros meninos.
Uma árvore não faz a floresta, a menina do triatlo foi uma privilegiada em Pequim, não ficou instalada na Aldeia Olímpica, por exemplo, como os restantes atletas.
Aquilo que não podemos fazer é tomar a parte pelo todo.
Vanessa é privilegiada os outros nem por isso.
No desporto como na vida, importa saber perder e importa saber ganhar, Vanessa foi a primeira das últimas e não soube fazer uma coisa nem outra.
Nelson Évora teve uma atitude, completamente, diferente.
Uma atitude solidária com os camaradas e com os companheiros de outros países que lutavam pelos mesmos objectivos:
a alma de Évora — é muito mais que a alma dum herói que só se sente, só se descobre, em luta contra o destino. «Ele é um competidor fantástico, isso vocês já sabem. Mas também tem um lado humano espantoso. Por exemplo, conheceu o cubano Girat, que até tem um ar um pouco... vaidoso, tornaram-se amigos. Soube que o Girat sofrera uma pequena lesão — e ele ligou da aldeia olímpica para a namorada que, com o irmão e a minha mulher, viria aqui ver a sua prova, para que fosse, depressa, ao Cacém, comprar uma palmilha especial. Quando chegaram pegou nela — e ofereceu-a o Girat, que era só um dos seus mais... perigosos adversários. Não se importou. O Girat saltou com a palmilha — e no final correu a abraçar o Nélson, dizendo-lhe que por causa daquilo o pé não doera nada. Não acham que é uma atitude fantástica?!»" in Boronha
(joão ganso, treinador de nelson évora, em 'a bola').
Vanessa pensa em si (nela) própria e no seu quintal.
Nelson pensa global.
Dir-me-ão: São os dois atletas do Sport Lisboa e Benfica.
Não.
O verdadeiro atleta do Benfica é Nelson Évora, foi aí que fez a sua formação como homem e como atleta.
Vanessa é uma mercenária (contratada pelo Benfica para um projecto olímpico que incluía Telma Monteiro) que nem sequer sente a camisola do clube dos seis milhões.
Por quem vibrará a campeã na Volta a Portugal?
Pela Liberty Seguros... ou pelo clube de Leonor Pinhão, de António Vilarigues e assim.

sexta-feira, agosto 22, 2008

1517 - deus não quer, o costa-marfinense sonha, o grande salto em frente nasce

A portuguesa ficou atrás desta gaja, acusavam...
Já senti na pele o que é sentirmo-nos marginalizados por sermos diferentes.
Cheio de boa vontade participei nesta corrida, coloquei-me ao lado de Carlos Lopes (boa sorte, campeão) e pensei vou aqui... como o gajo não vê, sempre o posso ajudar se necessário, não é que o ingrato fez p'ra aí 200 m, enquanto eu fiz 100 m (ai é? [pensei] não te ajudo mais) a corrida tinha p'ra aí 6/7 Km quando eu acabei, já o Carlos devia estar a almoçar...
Enfim... há pessoas que nem merecem a água que bebem, outros como o Jacinto merecem todas as bebidas a que têm direito.

quinta-feira, agosto 21, 2008

1516 - dia negro (ontem)


1515 - dia branco (hoje)


quarta-feira, agosto 20, 2008

1514 - (maus) sinais

1. o seleccionador/treinador do conjunto de bico calado enquanto os jogadores cantavam a canção anti-ultimatum
2. o seleccionador/treinador do conjunto vestido de preto (como se fosse para um velório)
3. por falar em velório... poder-se-ia ter esperado um minuto em silêncio (
ou não?)
4. o primeiro golo marcado por um defesa da
ilha das ovelhas...
5. o critério para a atribuição da braçadeira. a braçadeira no braço de
J'aquim Silva (em 2002 andava na «passa», em 2008 fez dói-dói no punho) agora é o capitão de Queiroz.

segunda-feira, agosto 18, 2008

1513 - nενικήκαμεν


Há pessoas que têm muitas certezas.
Há gajos (como eu) que têm de ler uns livritos para aprenderem alguma coisa.
Nem todos podemos ser Carlos Lopes.
Nem todos podemos ir aos jogos...

1512 - reviver o passado em pridesland

1511 - vanessa e as canguruas

Duas medalhas para as australianas e uma para a portuguesa parece-me que não é, ainda, desta que o projecto olímpico benfiquista ganha ouro.
Actualizado às 04H59.
Vanessa ensanduichada entre duas meninas da Austrália.
Foi prata.
Em Perosinho (Gaia) vão entrevistando os irmãos, neste momento, uma tia de Vanessa, vai dizendo:
Viva Vanessa, viva os pais, viva a família, viva Portugal.
Pronto, eu não diria melhor (agora vou dormir mais um bocadinho).

domingo, agosto 17, 2008

1510 - discriminação sexual

São cerca de cento e setenta homens vestidos de lycra, com as pernas depiladas, passam horas e horas a roçar-se num selim, digo sentados num selim (de vez em quando levantam-se e abanam-se, nas subidas).
Será que é, completamente, de excluir que um (ou mais) não gostem de beijos femininos?
Será que a volta está preparada para avançarem dois pretos musculados (porquê gajas louras?) e oscularem o vencedor se este revelar outra orientação?
Será que cenas como a da imagem contribuem para a dignidade feminina e para a tal igualdade que as feministas tanto defendem?

1509 - já descobri tudo (mariri e chacrona)

Afinal Sandra não estava a levar porrada, era uma questão de religião.
António é consumidor de ayahuasca e aquilo eram apenas toques rituais...

1508 - oi, balada prós goe

Era alta madrugada,
já cansado da jornada,
eu voltava pro meu lar.
Quando apareceu no escuro,
me encostando contra o muro,
um ladrão pra me assaltar.
Com o revólver no pescoço,
ainda expliquei pro moço,
tenho um filho pra criar.
Sou arrimo de família,
leva tudo me humilha, [leva tudo, me humilha?]
mas não queira me matar.
Ave Maria, aleluia, Ave Maria.
Mas o homem sem piedade
um escravo da maldade,
começou me maltratar. [começou?]
Pra ver se eu tinha medo,
antes de puxar o dedo,
ele me mandou rezar.
Eu nunca tinha rezado,
eu que era só pecado,
implorei por salvação.
Elevei meu pensamento
e descobri nesse momento,
o que é ter religião.
Ave Maria, aleluia, Ave Maria.
Um clarão apareceu
minha vista escureceu
e o bandido desmaiou.
E morreu não teve jeito,
com uma flecha no peito,
sem saber quem a atirou.
Nesta hora a gente grita,
berra, chora e acredita, [nessa hora, qual hora?, estava a ser humilhado e maltratado, não era?]
que um milagre aconteceu.
joelhos na calçada
perguntei com voz cansada,
quem será que me atendeu.
Ave Maria, aleluia, Ave Maria.
Já estava amanhecendo,
a alegria me aquecendo,
quando entrei na catedral.
Cada santo que eu via
eu de novo agradecia
e jurava ser leal,
Veja o santo de passagem,
não me toque nas imagens,
me avisou o sacristão.
Pois lá ninguém explicava
uma flecha que faltava
na imagem de São Sebastião.
Ave Maria, aleluia, Ave Maria.

1507 - what a beautiful game

Por lá...
Por cá, o clube treinado pelo mister special empata (sem golos) com o quarto classificado da Bwin Liga e o avançado sueco já nem de penalty acerta com a baliza.

1506 - privacidade, liberdade

Até que ponto terá um casal, digamos, um homem e uma mulher direito à privacidade?
Serão os homens donos das mulheres?
Uma mulher a quem o «seu homem» (ou o Estado) obriga a vestir burka poder-se-á considerar vítima de violência?
É vítima a pessoa que se considera vítima ou aquela que é assim vista por terceiros?
Deveria Jesús ter interferido?
Deveria ter perguntado à senhora como se sentia e se necessitava de ajuda?
O professor universitário Carlos Abreu Amorim parece partilhar da opinião que as mulheres têm dono: Esta também é uma crónica sobre duas mulheres: a de Jesús e a do criminoso.
Gosto de pensar os seres humanos livres sem coleiras nem açaimos.

sábado, agosto 16, 2008

1505 - a problemática da rebeldia pinguística

Há modos de estar no mundo que admiro e que procuro seguir.
Como diria Miguel Sousa Tavares gosto de cultivar a capacidade de me rir de mim próprio.
Gosto de seguir o conselho que Miguel Torga terá dado a Ramalho Eanes: Seja sério mas não se leve muito a sério.
As pessoas podem ser militantes partidários e terem humor.
Um blog a seguir...
Até que o último pingo caia.

sexta-feira, agosto 15, 2008

1504 - assapando

Cocas, Piggy e o fado do encontrãozinho.

1503 - ricardo coração de leão e carlos sem terra

A vingança serve-se fria.
O treinador-adjunto que nasceu em Moçambique, contratado em Inglaterra mostra-nos que tem boa memória.
Foi Ricardo com as suas excelentes exibições que o impediram de vir varrer a porcaria da Federação mais cedo.
Ricardo voltará... Carlos, também, para adjunto.

quinta-feira, agosto 14, 2008

1502 - radicalmente estranho à sua cultura

Simão, irmão.
Podia ser meu irmão mais novo ou meu sobrinho.
Gosto-o, gosto das pessoas que lutam, que têm objectivos, que lutam por objectivos.
Vinte e nove anos, muitos cigarros que não se fumaram, muitos copos que não se beberam, muitas namoradas que não se beijaram, cursos universitários para acabar...
Sacrifício.
Levantarmo-nos diariamente, às seis ou sete da manhã, passarmos um terço do dia com o corpo dentro de água...
Três jogos olímpicos, fracasso, fracasso?
Há quem goste de descarregar frustações nos que lutam, nos recordistas.
Para mim Simão é um vencedor, nada uma décima e tal de segundo mais vagarosamente que Michael Phelps... é muito? é pouco?
Salte para uma piscina... tente fazer melhor.
Bibliografia:
- candeia às avessas («clique» na imagem e reduza para 75% o tamanho da pág.)

1501 - à pesca

Porque se a Senhora Professora Doutora tivesse escolhido em primeiro lugar um orador, o orador teria podido dizer: “Fui escolhido pela minha eloquência”. Se ela tivesse escolhido um senador, o senador teria podido dizer: “Fui escolhido por causa do meu cargo”. Enfim, se tivesse escolhido um imperador, o imperador teria podido dizer: “Fui escolhido devido ao meu poder”. Que essas pessoas esperem um pouco, que se mantenham tranquilas.
Não serão esquecidas nem rejeitadas; que esperem um pouco, porque elas se podem glorificar do que são por si próprias.
“Dá-me, disse a Senhora Professora Doutora , este blogger, dá-me este homem simples e com instrução, dá-me aquele com o qual o senador não se digna falar, mesmo quando lhe lê um post. Sim, dá-me este homem. Assim que eu o tiver preenchido, ver-se-á claramente que sou apenas eu que ajo.
É verdade, concluirei também a minha obra no senador, no orador e no imperador…, mas a minha acção será mais evidente no blogger.
O senador, o orador e o imperador podem gloriar-se daquilo que são: o blogger não.
Que o blogger venha ensinar-lhes a humildade que procura a salvação.
Assim seja (amén).

1500 - maria e samuel

Outra unhada na alma.
Leio e não quero acreditar, faço birra, beicinho e bato com o pé no chão (enquanto enrolo um caracol loiro de cabelo imaginário atrás da minha direita orelha de abano).
PQP.
Umas de brancos cabelos tratados, tratam da vidinha em directo.
Outras de brancos cabelos sofridos, sofrem com dignidade, lembradas, amadas, por bloggers como:

1499 - se faz favor

fim-de-semana
Parece-me claro que o elemento dissuasor está a funcionar.
Avém, aleluia, amén.
Porque não alargar o conceito de segurança?
Provavelmente em 15, 16 e 17 de Agosto morrerão mais cidadãos em acidentes de viação que as vítimas do bancário sequestrão.
Vamos actuar, então?
É fácil...
Em vez desses anjos da guarda modernos (goe) andarem a gastar munições despropositadamente, posicionem-se, cuidadosamente, nos viadutos, todos os cidadãos que seguirem em excesso de velocidade deverão ser alvejados.
Ah e tal mas um cidadão em excesso de velocidade, ainda, não provocou nenhum acidente...
Não provocou mas pode provocar...
Uma pistola apontada não mata ninguém, mas pode matar...
Há muito mais mortos na estrada por excesso de velocidade que reféns mortos nos Bancos (nunca morreu nenhum).
Prevenção Rodoviária com efeito dissuasor, boa?
Massa encefálica, espalhada pela estrada, uma perna aqui, um braço ali, corpos desmembrados...
Não vi na altura a Senhora Professora Doutora Teresa Paiva a falar de traumas.
Nunca fui refém num Banco.
Já vi corpos desmembrados, já vi uns miolos e um pedaço de crânio colados num carril (não é bonito) já vi muitos corpos ensanguentados nas estradas e na beira delas.
Provavelmente é maior a dor duma Senhora Professora Doutora sequestrada que a dor de duas pretas atropeladas.
Provavelmente.
Provalmente a condutora não era brasileira, nem cigana, nem preta.
Provavelmente se o GOE tivesse agido como preconizo ali em cima teríamos poupado duas vidas e abatido uma criminosa.
Ou então não...

1498 - simão molgado

Força, Simão.
Deixa-os a nadar em play-back, mostra-lhes que as banhocas no almegue serviram para alguma coisa...

1497 - às vezes, justifica-se, atirar a, matar

Quando o suspeito morto ainda tem as mãos sujas de sangue.
Não foi assim em Campolide, nem em Loures mas há pessoas que teimam em não perceber as diferenças...

1496 - o monstro vermelho e o periscópio dourado


Neste blog procuramos ver para lá das aparências.
Aparentemente, os russos são uns monstros vermelhos.
Já Portugal (curiosamente não aparece: páginas da república portuguesa) é representado por um ginasta, especialmente, dotado.

1495 - não defendo delinquentes nem presidentes da república

Gosto de me pensar como um gajo respeitável e respeitador.
Não tenho medo de escrever o que penso.
Há limites.
Não me f**** ***** *.
Não façam de mim um protector de assaltantes baleados.
Não devemos desautorizar a polícia, cf. com os meus comentários aqui, há diferenças, no entanto, entre uma galheta nas trombas e um tiro nos cornos (para usar uma linguagem perceptível).
Sobre a desculpabilização de delinquentes, também, já escrevi: aqui.
* façam falar

quarta-feira, agosto 13, 2008

1494 - o puto e as senhoras que fazem tudo por dinheiro

Julgava, na minha inocência, que os médicos estivessem obrigados a sigilo.
Na minha profissão existe um tipo de sigilo que fazemos questão de respeitar, a privacidade das pessoas que necessitam dos nossos serviços, os comportamentos, totalmente, inadequados, que muitos deles evidenciam, a protecção com que pretendemos salvaguardar «todas as movimentações».
Hoje assisti a uma Senhora Professora Doutora que dizia a uma jornalista*:
- Não tenho crises de choro não é o meu estilo, percebe?
- Um amigo meu que é muito meu amigo e estava em Veneza, imagine, tá a perceber?
Notas finais:
A palavra crise pode ser entendida, também como uma oportunidade de negócio, vejamos:
a crise é vista, de igual modo, como uma ocasião de crescimento. A evolução favorável de uma crise, conduz a um crescimento, à criação de novos equilíbrios, ao reforço da pessoa e da sua capacidade de reacção a situações menos agradáveis.
Assim, a crise evolui no sentido da regressão, quando a pessoa não a consegue ultrapassar, ou no sentido do desenvolvimento, quando a crise é favoravelmente vivida. (in
wikipédia).
Que jornais como o Correio da Manhã se prestem a publicitar negociatas privadas (respeitáveis clínicas de medicina alternativa à pública) é problema deles, que os canais públicos de televisão o façam é problema de todos nós... enquanto contribuintes.
Nascemos no mesmo ano, os nossos pais (o dela e o meu) partiram no Vera Cruz para Angola no início dos anos 60 (do séc. passado).
Foram camaradas de armas viram matar e morrer.
Stress pós-traumático?
Stress agudo?
Haja respeito pela memória dos mortos, respeitem-se as pessoas que tiveram de pegar em armas para lutar pela vida, que tiveram de desminar picadas.
Senhora Professora Doutora, poupe-nos, sim?

terça-feira, agosto 12, 2008

1493 - a última palavra

O desafio que lanço é o seguinte comentem, pois cada comentário terá uma resposta.
Reformulando: Cada comentador terá, em princípio, uma resposta por post, a direcção deste blog não pretende cansar quem lê.
Há caixas de comentários que tendem a tornar-se ilegíveis, principalmente, porque reconheço a minha incapacidade para responder a todos os brilhantes comentários.
Há outras pessoas que fazem comentários sentidos e importantes.
Agradeço todas as informações que possam transmitir.
Obrigado.

1492 - vítima da «circunstânsia»

Todos os homens têm um nome e uma idade.
Chamar-se-á João, Pedro, Paulo ou outra coisa qualquer.
Terá 22, 27, 34 ou outra idade qualquer.
Tem a vida destruída.
Hoje quando olhou para o espelho viu reflectida a imagem dum homem que matou uma criança com onze anos.
Amanhã olhará, novamente, para o espelho, depois de amanhã, também e depois e depois e depois...
Estou solidário com o João (Pedro, Paulo ou outra coisa qualquer).
Fomos nós, pessoas como Cristina, como alguns comentadores, como alguns bloggers, que ajudaram a premir aquele gatilho.
Olho por olho e dente por dente e acabaremos cegos (cidadãos portadores de não suficiência visual) e desdentados (cidadãos portadores de não suficiência dental).
Fomos nós, com as nossas teorias de mer** que matámos aquele menino, efeito dissuasor, não era? afinal um dia (útil) depois da operação 100% eficaz, há mais famílias que choram...
Fomos nós, caro leitor, cara leitora, que encolhemos os ombros e achámos que era legítimo a polícia atirar, desajeitadamente, a matar.
Fomos nós... (não vale a pena inventar desculpas... a culpa foi do pai) que contribuímos para que aqueles olhos negros não mais se abram.
Amanhã, João (Pedro, Paulo ou outra coisa qualquer), ver-se-á reflectido, pensará no menino que para sempre impediu de ver nascer o Sol.
Pessoas como Cristina, como alguns comentadores, como alguns bloggers, continuarão a pensar que a culpa é dos brasileiros, é dos ciganos, é das companhias, é dos outros (é sempre dos outros).
Pessoas como eu e como o João (Pedro, Paulo ou outra coisa qualquer), continuaremos com uma culpa imensa, com uma pergunta que não nos abandona?
- Hoje fiz alguém sorrir ou limito-me a culpar os outros por todos os males do mundo?
Estou solidário contigo, pá... (soldado desconhecido)

1491 - 'tou rouco

Para além de ser um excelente blogger (eh, eh, eh) tento ser um profissional responsável que procura resolver os problemas que a minha (exigente) actividade profissional me coloca.
(normalmente não vos incomodo com estes desabafos)
Fui sempre assim e agora estou demasiado velho para mudar...
Pois bem, falta uma licença de construção, uma divergência entre um documento e outro (seria santamargarida [ilustrativo] ou rua de santamargarida?) mais uns pormenores e tal...
Fax's, telefonemas e profissionalismo.
Obrigado, câmara municipal de Tarouca, parabéns para os excelentes (pelo menos aqueles com quem tive oportunidade de contactar) profissionais que possui.
Tudo tratado, tudo resolvido.
Sorrisos...

1490 - paixão e morte

Há pais que podem levar os filhos a ver coluna, martelo, pregos, cruz... outros podem, apenas, levá-los a ver estaleiros de obras, mostram-lhes os instrumentos do trabalho e o valor que o trabalho tem.
Um morreu para nos salvar.
O outro morreu para nos mostrar valores como o perdão e a tolerância:
12.08.2008 - 00h01 - António Oliveira, Porto
Quem devia ter levado com o balázio era o pai do miúdo. Se restasse o mínimo de dignidade ao pai, devia era usar o seu cinto e pendurar-se na cela onde está neste momento. Gente desta devia ser castrada e executada a seguir!
11.08.2008 - 23h40 - Manel João Cardoso, Seia, Guarda
Mas o problema aqui era ter 11 anos. Se tivesse 14 ou 15 já era considerado um criminoso a sério! Por favor. Hipocrisia a esta hora não. Quem devia ter morrido era o pai, mas epah. Pode ser que assim ele pare para ver o que anda a fazer...duvido que consiga viver bem com a morte do filho na sua consciência. Quanto à vida do puto em si....menos um que daqui a uns anos estava a ensinar o filho a roubar. É tão simples quanto isso.
11.08.2008 - 23h08 - francisco castro, aveiro
Nada se perde a nao ser um futuro criminoso
comentários retirados do público

segunda-feira, agosto 11, 2008

1489 - à atenção da d. rosa e do sr. pico

1488 - 1988

O nacionalismo contemporâneo contabiliza as medalhas com um zelo nojento, como se o seu número medisse a grandeza e a civilização de um país.
O desporto olímpico é um sacrifício humano aos valores mais sórdidos e perversos do mundo contemporâneo. É uma demonstração ritual de que a barbárie existe.

domingo, agosto 10, 2008

1487 - ribeira da foz

Eu ao contrário de outros nem sempre tenho razão.
Não vou culpar a arbitragem, não culparei a fugitiva...
Gosto de assumir o que digo e faço.
As minhas desculpas aos leitores que terei, involuntariamente, induzido em erro... o meu obrigado ao Cidadão e ao Eng. Tiago com quem tive oportunidade de esclarecer a questão.

1486 - georgia (on my mind)


Há quem adore guerras, há quem goste de tiros certeiros, há pessoas que dividem a realidade em bons e maus.
Há pretos.
Há cegos.
Há pretos cegos.
Há pessoas talentosas que gosto de ouvir cantar e tocar (sem as etiquetar).

1485 - o orgulho goe

tirinhos nas nádegas

1484 - a culpa foi da arbitragem

Projecto olímpico benfiquista começa a dar frutos...
Palavras da projectista, a única que queria projectar...

1483 - ciganices

sábado, agosto 09, 2008

1482 - praia da memória

Quem passou por aqui nestes últimos dias, interrogar-se-á... será que o Pedro está a defender os brasucas, a insinuar que foram assassinados?
Não.
Primeiro não existem brasucas existem pessoas que comem, bebem, riem e choram.
Segundo a criminalidade deverá ser julgada, repito julgada e dever-lhe-á ser aplicada uma pena que corresponda ao crime cometido e não ao crime presumido.
O que fizeram aqueles miúdos?
Assaltaram um banco sem violência nenhuma, não consta que tenham agredido ninguém, mostraram-se colaborantes, foram libertando reféns...
Não existem antecedentes de assaltos a bancos na república portuguesa com morte de reféns, portanto, nada fazia prever que ocorresse desta vez.
Ah... e os bancários?
Os bancários são pela própria especificidade da sua profissão pessoas que estão preparadas para estas situações, estão treinados para lidar com elas (como se provou, aliás).
Este caso poderia e deveria ter sido resolvido de outro modo ou então assuma-se de uma vez por todas que a polícia serve para matar pessoas e vamos a isso... talvez começando pelos bancários.
Pelos bancários?
O crime mais hediondo nos últimos anos foi cometido, precisamente, por um bancário.
Nunca se soube se as vítimas da chacina morreram em consequência dos tiros: o médico legista não conseguiu determinar as verdadeiras causas da morte. Vítor Jorge encontrou um pau na praia e bateu furiosamente nos corpos. A seguir, esfaqueou-os a todos.
Na mesma noite Vítor, assassinou a mulher, a filha mais velha, Leonor (com quem mantinha uma relação) e outras quatro pessoas.
Esteve catorze anos preso, dois anos por cada uma das pessoas que abateu a tiro e depois esfacelou, deixando os pedaços dos cadáveres espalhados pela praia.
Pela mesma lógica os cidadãos brasileiros mesmo que tivessem assassinado os reféns apanhariam quatro anos de prisão (eram só dois reféns) e tinham uma vida pela frente.
Não os deixaram viver.
Há uma justiça para brasileiros e outra para bancários.
Bibliografia:

sexta-feira, agosto 08, 2008

1481 - pedro oliveira, apresenta-se...

Bem sei, olham para isto e dizem:
- Já estás apresentado...
Gostei de trocar breves palavras com Lauro (e com Camacho Costa)... gosto de brincar com palavras e conceitos.
Gosto de pessoas sérias.
Gosto de pessoas que não são sisudas.

1480 - cem por cento eficaz

1479 - res(caldo) 2008.08.08, 08H08

Este post dever-se-ia chamar:
- Em nome do filho
Dois meses...
Vaclav Sverkos, o homem que marcou o primeiro golo do Europeu.
Vaclav convive com uma perda, perdeu o que nunca chegou a ter.
Um filho que se chamaria Maxim.
Tinha 22 anos, era um promissor avançado do Borussia Moenchengladbach, o menino que crescia no ventre amado não chegou a nascer...
Vaclav, um menino que queria ser pai, desmotivou, foi emprestado para Berlim, dez jogos, zero golos, emprestado para Viena, seis meses, zero golos.
Morto, com pouco mais de 22 anos.
Renasceu no minuto 71, do Suiça-República Checa.
Dois meses depois.
Jogos Olímpicos.
Pessoas.
Como tu e como eu.
Com angústias, tristezas e alegrias... sem arrogância.
Outros (res)caldos... sempre a mesma imagem, o braço de Sverkos, a tatuagem de Maxim

1478 - o sequestro

Há outros sequestros...
não é o fim, nem o princípio do fim, é o fim do princípio