sábado, fevereiro 28, 2009

1974 - cães de água e o rabão de rabo baixo

O povo, o povo que lava no rio.
O povo trabalha.
O povo conhece barcos e animais
O povo não gosta de modernices...
O povo conhece os hábitos dos animais, as pessoas do povo têm nome... Horácio Santiago, por exemplo.

fontes & alambiques

1973 - jogo escuro

A ver vamos...
Irá Jesualdo prescindir de: Helton, Bruno Alves, Rolando, Fernando, Hulk, Cissokho, Guarín, e Tarik?

1972 - o quem será que será

(perguntava-me, Mário, há uns dias).
Sei quem será em Março, Mário.
Julgo que todos, também, sabemos o que será, mais para o fim deste ano...

1971 - atitude e acreditar

Com, apenas, um movimento do braço esquerdo trava quase meia equipa do Porto, com a mão direita protege dois meninos.
É esta atitude que queremos mais logo.
Jogar e acreditar.
Acreditar sempre.
É com atitude que se ganham campeonatos.
É com pormenores sublimes que se vencem taças.
post relacionado:

sexta-feira, fevereiro 27, 2009

1970 - aimo-te benfica

No dia 13 de Setembro de 2008 completou 100 anos.
Amanhã completará 105.
Um clube para amar?
Não... o clube que paga para Aimar.

1969 - a pornografia do duplo ku

Duplo Ku, Kuku.
O que fez esta querida criança (tinha, apenas, 14 anos)?
Nada de especial... deslocava-se num carro roubado, pertencia a um gang conhecido pela violência com que efectuava assaltos e apontou uma arma aos polícias, vejamos o que diz um comentário:
Quanto à morte do rapaz na Amadora, não concordo minimamente com o que diz.PRIMEIRO ASPECTO: Já foi descoberta a verdade? Então qual foi a decisão do Tribunal? Não se pode esquecer que ainda nem o inquérito terminou. Quando terminar, e se o Ministério Público o acusar, ainda poderá haver a fase de instrução e se o Juiz de Instrução se decidir pela pronúncia ainda vem a fase de julgamento, e se o Juiz de 1ª Instância o condenar ainda lhe assiste o direito de recurso para a Relação e se este confirmar a decisão da 1ª Instância ainda cabe recurso ao Supremo Tribunal de Justiça e se este tomar uma decisão desfavorável ao Agente e este achar que existiu alguma inconstitucionalidade ainda poderá recorrer ao Tribunal Constitucional. Portanto Fernanda, a procissão ainda vai no adro. SEGUNDO ASPECTO: Você mostrou desconfiança quanto ao facto do indivíduo estar ou não armado Pois bem: Também se conclui da perícia que a arma estaria efectivamente na mão do sujeito, corroborando a tese do polícia (mas isto não convém salientar). As perícias de polícia científica conseguem apurar se, no momento do disparo, uma arma estava na mão ou se foi colocada posteriormente. Quando se é atingido na cabeça, tudo o que tenhamos na mão fica completamente apertado, sendo necessário quebrar os ossos dos dedos para retirar o objecto. Ora se a perícia nada diz a esse respeito é porque a arma estava, efectivamente, na mão. Ou sugere que os jornais (que até são pouco dados ao sensacionalismo e ao escândalo barato) iriam omitir este aspecto? Ou acha que quem veiculou o resultado da perícia (obviamente alguém da PJ, pois mais ninguém tem acesso aos resultados) iria elidir a questão da arma? Quanto ao resultado desta perícia, em si não prova o dolo. Prova (e sem certeza absoluta) que foi disparada a curta distância. Ora se os dois envolvidos rebolaram pela ribanceira e no final empunharam as armas, é óbvio que o cansaço, a adrenalina, a ansiedade e o medo de se ser atingido são razões de sobra que convocam a uma acção mais precipitada, ou pelo menos, menos cuidada. Estas razões são tidas em conta juridicamente. PARA QUE O AGENTE SEJA CONDENADO É NECESSÁRIO QUE FIQUE PROVADO QUE AGIU COM DOLO OU NEGLIGÊNCIA GROSSEIRA, CASO CONTRÁRIO (E DADAS AS CIRCUNSTÂNCIAS) SERÁ ABSOLVIDO.
Confontar com o que escrevi sobre o senhor brasileiro que foi assassinado no assalto ao BES de Campolide ou o menino cigano que foi baleado em Loures esta é, obviamente, uma situação muito diferente.
Uma jornalista digna desse nome não misturaria a morte duma criança com apreensão temporária duns livros em cuja capa se encontra reproduzida uma obra, que o site oficial do Musée d'Orsay define assim: L'Origine du monde échappe cependant au statut d'image pornographique.
Não são os polícias que fazem as leis... dura lex sed lex.
fontes & alambiques

1968 - mil novecentos e sessenta e oito

ganda ano

1967 - um dólar

Não é a origem do mundo.
É a origem do homem, melhor do super-homem.
Pode ser seu, por, apenas, um dólar.

quinta-feira, fevereiro 26, 2009

1966 - a república de angola e o reino de portugal

Visita de Estado a(o Reino de) Portugal do Presidente da República de Angola, Eng.º José Eduardo dos S.
Dos ésses?
José Eduardo dos Ésses?
Perdão, Eng. º José Eduardo dos Ésses...

1965 - a península ibéu-béurica

quarta-feira, fevereiro 25, 2009

1964 - colaboracionistas, resquícios da segunda guerra mundial

Ver para além das aparências.
Dois franceses (Bertrand Layec e Ribéry) um polaco (Klose) e um da pátria de Mussolini (Luca Toni) bombardearam o sonho de glória dum clube alicerçado no esforço, na devoção e na dedicação.
O Eixo alemão contra os Aliados de Portugal.
Um nome a destacar... Layec, Bertrand Layec, o expoente máximo do colaboracionismo.
Dum lado, uma equipa portuguesa (todos os jogadores se exprimem, correctamente, em português) do outro uma amálgama de genes... de teutónicos a otomanos e os colaboracionistas, principalmente, os colaboracionistas.
Que fazer?
Nada a fazer...
Resta-nos a consolação que sem o colaboracionismo francês, italiano e polaco, o jogo quedaria empatado.
Não existiram golos portugueses.
Não aconteceram golos alemães.

terça-feira, fevereiro 24, 2009

1963 - o povo e a salma

fontes & alambiques

1962 - santana-maia, o terrível

Li.
Reli.
Parece-me que o senhor está mesmo a apelar à desobediência civil, não está?
Como pode uma pessoa que não acredita no Estado, nem no papel do Estado, candidatar-se a eleições para se tornar representante desse Estado no qual não acredita?
Julgo que é a primeira vez que um candidato à presidência dum município apela, conscientemente, à fuga generalizada ao pagamento de impostos.
Imaginemos que o Sr. Dr. Santana-Maia (eu sei que é preciso muita imaginação pois o Sr. João Pico já tem aquilo no papo... se a Céu não lhes cair na cabeça, claro) é eleito presidente... vai cobrar ou não os impostos (taxas, derramas e tal) municipais?

segunda-feira, fevereiro 23, 2009

1961 - fruto da videira e do trabalho do homem

Olhemos o geral, uma videira e uma enxada.
Uma terra cuidada, amanhada.
Vejamos...
Uma simbologia fálica cimentada.
Atrás, desfocados, o poder, a sabedoria... a lei.
A minha enxada, a minha terra, a minha videira, a minha casa.
Não gosto de pronomes possessivos, nada é meu, tudo é nosso, neste caso específico, meu, de meus pais e de meus irmãos.
O meu, o nosso quintal.
Atrás a escola, a nossa escola.
A escola que deixará de ser escola como há muito tempo deixou de ser conservatória de registo civil.
A escola que deixará de ser escola, depois de ter deixado de ser morada (o primeiro andar) do Sr. António Mendes, actual presidente da Câmara Municipal de Constância.
A escola onde parti um vidro da janela com uma pedrada certeira [ah, falhaste (dir-me-ão)] .
Ia certeira, ia... o mano desviou-se, o pobre e inocente vidro é que sofreu os danos colaterais.
A escola que deixará de o ser.

domingo, fevereiro 22, 2009

1960 - o mestre esculpidor

Muitos falarão da estátua de Pessoa no Chiado, outros, poucos, de uma estátua de Camões em Constância (não interessa muito falar nesta estátua pois é anterior ao actual regime autárquico).
Ilustro este post com uma estátua de Alves Redol... escritor do povo.
Que a terra te seja leve, mestre.
retocado em 2009.02.24 pelas 08H40

1959 - provavelmente a melhor capa de sempre

O jornal oficioso do clube de Benfica (cujo estádio fica na freguesia de Carnide) tem hoje uma capa muito bem conseguida.
Coloca os dois clubes que ontem se defrontaram na sua verdadeira dimensão.
O Sporting de Portugal (reparem não é da república portuguesa, nem poderia ser, foi fundado em 1906) e o Benfica, clube fundido em 1908, pós assassinato do Rei e o do Príncipe.
Um, um clube de bairro, outro o baluarte duma nação.
Essa representatividade nacional, também, foi patente em campo, o Sporting utilizou oito jogadores com nacionalidade portuguesa, o Benfica três... tantos como os tentos que sofreu.

sábado, fevereiro 21, 2009

1958 - o padrinho e a blogosfera


João Pico é um blogger que foi sempre acarinhado por este blog, referi-o assim que começou a escrever na blogosfera, fomos trocando comentários e estabelecemos uma saudável divergência/convergência de opiniões.
João foi sempre duma educação extraordinária comigo embora nunca abdicasse de defender as suas (dele) opiniões.
Com o mesmo carinho que sempre lhe dediquei lhe digo que a blogosfera não decide presidentes de câmara - ver post - se não a minha eleição estaria assegurada.
Quanto ao resto da reportagem de Mário Rui Fonseca no Primeira Linha, vá, toca a comprar o jornal (uns míseros 0.65 €) que a imprensa local/regional necessita de receitas.

1957 - cogito ego sum


1956 - o primeiro dos campeões

O Sporting será, provavelmente, a única equipa do mundo a defrontar em três jornadas conseguidas (mistura de consecutivas com seguidas) três campeões.
Vamos ver como será com o campeão da Alemanha (onde joga o fantástico Ribéry) e com o campeão da república portuguesa.

quinta-feira, fevereiro 19, 2009

1955 - o fim da macacada

Lê-se e não acreditamos.
Será o fim ou o princípio da macacada?

1954 - na minha barriga mando eu

A verdade.
... e a mentira.

1953 - o estranho caso

A teoria da evolução via arrastão.

quarta-feira, fevereiro 18, 2009

1952 - miguel a dar-nos música, às vezes acerta

Miguel Sousa Tavares é um razoável analista futeboleiro... já quando fala de História não é rigoroso. Em boa verdade, o Titanic não se afundou, foi afundado.
A orquestra que toca, é um exemplo, um grande exemplo, de amor pela profissão.
Cada um daqueles músicos terá pensado: já que vou morrer, morro a fazer aquilo que gosto , provavelmente, cada um deles procurou tocar o melhor possível, morrendo a sorrir.

1951 - bad posts existem

terça-feira, fevereiro 17, 2009

1950 - o paraíso de marco fortes

Entre no Jardim Horto de Camões... mas atenção, no fim-de-semana lembre-se das palavras Fortes: de manhã é bom é na caminha.
O Jardim abre às 14H00, o Posto de Turismo às 14H30 e o Ciência-Viva às 15H00, ah e se gosta de ler jornais procure-os noutro lado, na Vila Poema não se vendem mundanices.

segunda-feira, fevereiro 16, 2009

1949 - egoísmo ou altruísmo

Nos cerca de 2000 posts que até agora foram publicados neste blog encontrar-se-ão palavras ou imagens que poderão levar os mais desatentos a pensar: o sacana do pedro oliveira é homofóbico, o velhaco.
Nada mais incorrecto, sou democrata e sou pela não discriminação, de acordo com a declaração universal dos direitos do homo, do homem, perdão (eh, eh, eh) (ver art. 16.º)
Não concordo que um dos papéis do Estado seja legislar sobre sentimentos, afectos e restrições morais, nesse sentido acho que o Estado não devia promover/fomentar/permitir o casamento entre pessoas do mesmo sexo ou entre pessoas de sexo diferente.
Os casamentos baseados em sentimentos, afectos e restrições morais estariam reservados às convicções religiosas e seriam problema interno de cada uma das diferentes religiões.
Então e as pessoas que não praticam/professam nenhuma religião?
Essas pessoas fariam/assumiriam a relação num ritual escolhido, livremente, pelas pessoas envolvidas, um ritual que só a essas pessoas diria respeito.
Então e os aspectos legais?
Os aspectos legais seriam assegurados pelo Estado com contratos específicos para cada uma das realidades apresentadas... deixaria era de se chamar casamento, chamar-se-ia contrato de união, por exemplo.
Uma das questões que mais logo se levantará será esta: porque não podem duas pessoas adultas que vivem em liberdade e democracia casar entre si mesmo que sejam do mesmo sexo?
Não podem porque o Estado impõe restrições morais aos seus cidadãos.
A liberdade sem limites levanta outra questão:
Porque não permitir o casamento entre pais e filhos desde que adultos?
A premissa é a mesma com uma pequena ressalva... um pai de 40 anos que casasse com uma filha de 20 teria, teriam uma probabilidade maior que a normal de gerarem filhos com problemas, mas num casamento incestuoso e homossexual (mãe/filha; pai/filho) a questão já não se coloca.
Como fazer então?
Permitir o casamento incestuoso homossexual e impedir o casamento incestuoso heterossexual?
As questões que coloco são implicações óbvias da liberalização do casamento.
Para terminar, acho esta questão do casamento gay uma mariquice mal amanhada e pior explicada, sou a favor da liberdade de escolha/opção sexual (e não orientação, ver comentários) de cada pessoa, da não discriminação de ninguém devido a essa opção, de deveres e direitos (incluindo o direito à adopção, claro) iguais para todos.
fontes & alambiques

1948 - contra tudo e contra todos

Em Janeiro começaram a preparar a coisa...
Contrataram campeãs e tudo...
Enfim...
Um grande abraço, professor...

domingo, fevereiro 15, 2009

1947 - procura-se voluntário

Para explicar a cada uma das cinco mil e quinhentas meninas e mulheres violadas a sorte que têm por viverem numa moderna república democrática e não num arcaico reino, assim tipo a Dinamarca, a Suécia, o Reino Unido ou a Espanha... qual quê, república é que é bom.

sábado, fevereiro 14, 2009

1946 - montanhas de namorados

A maior montanha de Portugal é a do Pico.
Este é um post sobre o dia dos namorados.
Associo-me à feliz ideia do Público para o vídeo que se adecuava mais a este dia.
Reparem que o dia que hoje se comemora não é o dia do namorado e da namorada, é o dia dos namorados, mesmo.

1945 - não me obriguem a vir para a rua gritar

Ora aqui está.
Como cumprimentar a república.
Dar-lhe a mão sem nenhuma convicção, virar a cara para o lado e gritar... ontem, no Tramagal.

quinta-feira, fevereiro 12, 2009

1944 - faz-me espécie

fontes & alambiques

1943 - osaltaan, o assalto ao bom finlandês

O que seura, que seura?
A Finlândia reage com muito humor na página oficial.
Fala de assalto (osaltaan)... e vinho tinto (viestintä).
Estará a chamar bêbado ao pedro proença suiço que apitou um penalty mais falso que o do dragão?

quarta-feira, fevereiro 11, 2009

1942 - por portugal, claro

fontes & alambiques
a (minha) bandeira

1941 - vinte e dois, quatro vezes

- Mário, fazes hoje oitenta e oito anos...
- Vinte e dois, Fernando, vinte e dois... quatro vezes.
(Mário Moniz Pereira e Fernando Correia no RCP [citado de cor])
fontes & alambiques
Sporting de Portugal
federação de atletismo da república portuguesa (ah, esqueceram-se)

1940 - raios partam a vaca

Há vacas e vacas.
Há as que morrem, aparentemente, sem explicação.
Há as que sobrevivem.
Há as que são assassinadas.
Há a vaca, vaca...
Que vaca pastará no Algarve?

segunda-feira, fevereiro 09, 2009

1939 - dürer, manara, as linhas e as curvas

fontes & alambiques:
jugular (comentários)
manara
digitalização a partir de Dürer [a menina desenhada por Dürer (em Antwerp no ano de 1521) chamava-se Katharina e trabalhava para o comerciante português João Brandão]

domingo, fevereiro 08, 2009

1938 - palha, um blog que pega de frente

Bem-vindo (bem regressado) que te não doa a voz...

1937 - o dia em que moiree morreu

Moiree morreu.
Brian morreu.
Morreram outras cento e seis pessoas.
José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa está preocupado com o casamento entre homossexuais e com a regionalização.
O povo está preocupado com o futebol e as arbitragens.
Que farei quando tudo arde?
Bibliografia:
adelaide
sidney
notícia no público
o primeiro-ministro

1936 - mfa, movimento das fuças amadas

Foi para isto que fizemos o 25 de Abril?
Imaginemos um comandante de unidade homossexual e um ministro da Defesa homossexual (hum, ex-ministro da Defesa homossexual nem precisaremos de muita imaginação) os dois de mão dada a passarem revista às tropas perfiladas...
O actual primeiro-ministro julga que os homossexuais não podem casar, está enganado.
Um senhor homossexual pode, perfeitamente, casar com uma senhora homossexual.
Julgo não estar enganado ao afirmar que existem muitos/muitas homossexuais casados/casadas.
Quanto ao retalhamento do país é mais poeira atirada para os nossos olhos.
Não precisamos de regionalização, nem de casamentos regulados/legislados pelo Estado.
Precisamos de três coisas: a paz, o pão, a educação (...) só há liberdade a sério quando pertencer ao povo o que o povo produzir

sábado, fevereiro 07, 2009

1935 - madrid me mata, a rir

Só perdemos 4-1 e ainda vamos melhorar, no próximo jogo com o Sporting vamos procurar perder só 3-1 ou se nos esforçarmos muito e o árbitro ajudar talvez consigamos perder só 2-1.
imagem

sexta-feira, fevereiro 06, 2009

1934 - a vida privada de azar

Primeiro mataram o Rei.
Obrigaram-nos a ir para França morrer nas trincheiras.
Inventaram um obscuro professor de finanças para presidente* (onde é que eu já vi isto?) que nos mandou para África matar e morrer.
Agora temos que acreditar que aquele que pensávamos ditador era afinal um ditamor.
Nasci antes de 1974, peço, apenas, que não branqueiem a História, em nome de todos os que morreram por acreditarem na liberdade, em nome dos que não tiveram sorte nenhuma, em nome dos que não tiveram a vida privada de azar.
Que mais inventarão os republicanos?
Comemorar em grande o centenário da implantação da república?
*presidente do conselho de ministros corresponde ao actual primeiro-ministro

1933 - coleccionador de amizade

O primeiro texto de Silvino n' A Barca... tinha trinta e três anos quando o escreveu.

quinta-feira, fevereiro 05, 2009

1932 - e voz, tágide minha

Apesar «dos pontapés na gramática» e do recorrente há 14 meses meses atrás [ainda bem que não aconteceu há 14 meses à frente] este texto do Pedro, este da Fernanda são excepções na blogosfera a referirem, provavelmente, um dos maiores dinamizadores dos media locais/regionais, precocemente, ausente das lides terrenas.
A acreditar no semanário Primeira Linha (2009.01.29; p.14) Silvino Nunes [24.12.1958 - 23.01.2009] «faleceu na madrugada do dia 23 de Janeiro no Hospital de Tomar, aos 51 anos, vítima de doença prolongada»... escrevi lá atrás «a acreditar», eu não acredito.
Silvino tinha cinquenta anos quando morreu (é só fazer as contas).
Doença prolongada?
- Mamã, dizem aqui no jornal que o sr. Silvino morreu de doença prolongada?
- O Silvino morreu com um cancro no cérebro e não foi nada prolongado, cerca de um ano...
Acredito mais na minha mãe que num certo jornalismo.
Um cancro é um cancro.
Uma doença prolongada é a vida, acaba sempre por nos matar.
A minha mãe perdeu o pai antes de atingir a meia dúzia de anos, os dois irmãos antes dos trinta anos, tem uma filha por afinidade a quem já retiraram os dois peitos...
Doença prolongada?
A minha mãe não tem medo das palavras, eu, também, não.
O título remete-nos para inspiração.
Inspirarmo-nos.
A vida/a morte de Silvino poder-nos-ia servir de inspiração.
A voz.
A nós.
A voz de Silvino, palavras gravadas/sentidas na Rádio Tramagalense/Tágide, a nós, a nós que o ouvíamos e que podemos dar testemunho...
Um cd... uma homenagem.
(fica a ideia e a disponibilidade para a concretizar)


quarta-feira, fevereiro 04, 2009

1931 - sou estúpido, mesmo estúpido

Até hoje julgava que eu... era eu e a minha circunstância.
Eu, um gajo gordo, careca, peludo, com orelhas grandes e tal...
A minha circunstância, as pessoas que me rodearam, que me viram crescer, que me sorriram/que me sorriem, na escola primária, na telescola, na secundária no Tramagal, no «terciário» em Abrantes, na tropa em Mafra/Abrantes, na universidade/trabalho em Lisboa.
Eu e as minhas circunstâncias.
Pensei nisto tudo...
Há pessoas que não estudaram no concelho onde nasceram, que têm poucas ou nenhumas ligações à sociedade, aos eleitores que pretendem representar, ainda assim, opinam, criticam, apregoam superioridade e autodidactismo.
Eu jamais seria candidato a alguma coisa num concelho onde não tivesse brincado, onde não tivesse aprendido.
Sorrio e puxo o autoclismo.

segunda-feira, fevereiro 02, 2009

1930 - quando a vida nos abarca a morte não nos embarca

1929 - meia dúzia de milhões, enganados

(seis milhões,bah...)

1928 - seriedade

Seriedade.
Série.
Fora de série.
Ordinário.
Extraordinário.
Ser sério, levar a sério, brincadeiras, às vezes significa sermos fora de série... extraordinários.

1927 - a serenidade de penélope

A beleza de ser serena.
A serenidade de (não) ser bela.

1926 - mil e quatrocentas ciclovias para a pereira

A cultura é a cultura e a sua bicicleta

domingo, fevereiro 01, 2009

1925 - se o lado lunar fosse fácil

era para os outros.

Se eu não fosse um gajo muito gajo, que come caracóis, bebe cerveja pela garrafa, discute, acaloradamente, «penaltys», existentes ou não.

Se eu não fosse um gajo, completamente, insensível... diria que esta (ver p.39) é a mais bela crónica de amor que li.

não é o fim, nem o princípio do fim, é o fim do princípio