quarta-feira, abril 29, 2009

1968 - 29 de abril

Obrigado...
(obrigado Miguel [e a todas as pessoas que não esqueceram a data]... os anos passam mas as nossas orelhas continuam grandes, pá)

terça-feira, abril 28, 2009

2054 - quando nos morre a mãe

Todos nós fomos semente lançada pelo prazer masculino, todos nós fomos semente a medrar num aconchego feminino.
Todos medramos.
Todos nascemos.
Tomos fomos corpo preso a outro corpo.
Nunca percebi a teoria do umbiguismo como sinónimo de egoísmo.
O umbigo é um (uno) e é big (grande) é o nosso sinal de humanidade, é uma grande responsabilidade.
A mãe.
A nossa mãe.
Às vezes temos que velá-la.
Acender-lhe velas.
Soprar-lhe as velas que a levarão ao eterno destino de fazer para sempre parte de nós.
Às vezes as palavras soam muito a palavras.
Às vezes as palavras: força e coragem apenas nos fazem pensar em viagem.
A Viagem.
A eterna viagem que aquele corpo ao qual estivemos ligados fará.
Ficar e partir são dois lados da mesma viagem.
A minha mãe partiu mas a minha avó ficou, nem sequer posso estar triste, tenho de ser forte, a minha mãe tinha pouco mais de quarenta anos, a minha avó tem oitenta e sete, tenho de ser forte por ela, tenho de ser forte por elas...
Tens sim.
Os livros, os cursos não nos ensinam a lidar com a dor... a vida/a morte, sim.

segunda-feira, abril 27, 2009

2053 - amália ou deixália

2052 - tão loiro é cavaco como o menino

É pá, p' lo amor da santa...
Sabemos hoje, toda a gente sabe que o sacana do puto a única vez que esteve descalço e sujo foi nesta fotografia.
Este miúdo burguês é uma afronta a todos os putos de povo que viveram e cresceram descalços e que não podiam ostentar uma bela cabeleira loira porque nas escolas do povo existiam piolhos e os meninos do povo eram carecas e tristes.
Nota 1: Obviamente não pretendo desculpar-me por não ter um Partido que dite as minhas opiniões. Obviamente sou contra encenações burguesas. O povo não finge que é. O povo é. Obviamente fico triste com comentários descontextualizados... a falar é que nos entendemos. Obviamente não gosto deste cartaz burguês... nem de Cavaco.
Nota 2: Imagem retirada ao cidadão
Nota 3: Camarada Marques, repare no braço da Marinha é o único a utilizar a mão direita, foi o único que não cumpriu as ordens: USEM TODOS A MÃO ESQUERDA... cada vez gosto mais de Corto Maltese, camarada, o marinheiro com o mundo todo como casa.
Nota 4: Repare camarada como escrevi a palavra: Nietzche, em itálico, propositadamente, incorrecta, obviamente, o homem chamava-se: Nietzsche, pretendi criar uma palavra com duas sílabas fortes/marcadas e não com uma primeira sílaba arrastada, precisamente, para realçar o companheirismo do marinheiro solitário contido em Che (camarada/companheiro).

2051 - o meu abril

Como não pretendo que cansem a vista, o livro é de contos (contos vermelhos) e o disco de intervenção... a revista faz parte dum saco de plástico com papel que em tempos foi um bom jornal.
Constância e Fernando Pessoa no pacote?
Então e Camões?
Ah, isto era um post sobre Abril...
Leiam, oiçam boa música e formem as vossas próprias opiniões.
Não deixem que o Partido (qualquer partido) pense por vós.
A minha lição de Abril foi essa... ler muito, ouvir muito (e com muita atenção) e formar a minha opinião.

domingo, abril 26, 2009

2050 - p'lo amor da santa

Detenhamo-nos na imagem.
Um magnífico painel azulejar de inspiração/construção militar.
Esta instalação (é composta, também, por um carro de combate) está colocada na margem direita da estrada nacional 118, em frente à estação ferroviária de Santa Margarida, no cruzamento semafórico que nos leva a Malpique e depois ao Campo Militar.
Santa Margarida encontra-se representada com os atributos usuais.
São Nuno (ainda não era São Nuno) encontra-se representado como militar.
É uma imagem importante pois mostra-nos Nuno, ainda, sem a auréola de santo.
Nuno tem o nariz partido (tem mesmo) talvez num próximo restauro o aurelem.
São Nuno de Santa Margarida, o mais recente santo português, curiosamente, oriundo da diocese de Portalegre e Castelo Branco.

2049 - otelo mentiroso do carvalho

"Vou fazer-te a leitura da Ordem de Operações. Tu vais ouvir com atenção, sem tirar notas. No fim, fazes as perguntas que quiseres", diz Otelo ao capitão Salgueiro Maia, que comandará a força da Escola Prática de Santarém.
"Ok. Estou a ouvir-te."
Otelo explica a manobra, a situação, as forças amigas e inimigas, a logística, as transmissões, as rações de combate, tudo.
"Então, Salgueiro? Tens perguntas?"
"Duas. Primeira: temos base de sustentação política, para o caso de sermos bem-sucedidos na operação militar?"
"Temos, sim senhor. O Vítor Alves formou o grupo político e o Melo Antunes deu-nos as bases programáticas."
"Segunda pergunta: temos generais no posto de comando?" Otelo pensou rapidamente: se lhe digo que não, ele, respeitador da hierarquia como é, recusa-se a entrar na operação. Mentiu:
"Temos, sim senhor. É evidente. Generais não faltam."
E Salgueiro Maia só vem a saber que Spínola e Costa Gomes não estão no posto de comando pela boca do próprio Marcelo Caetano, momentos antes de se render.
(...)
Spínola abriu um sorriso que nunca ninguém lhe vira.
"Olha o Otelo!", disse o "Velho". Dê cá um abraço, homem! Isto foi uma coisa extraordinária!"
Logo a seguir, assumia a presidência da Junta de Salvação Nacional, e depois a Presidência da República.
Otelo voltou para casa.
"No dia 28 apresentei-me na Academia Militar, como se nada tivesse acontecido."
Pensou que a sua missão estava concluída. Mas mal tinha começado.
in Público de 2009.04.24
O primeiro dos extractos é inquestionável, Otelo assume que mentiu a Salgueiro Maia.
No segundo diz que se apresentou na Academia Militar (onde era professor) no dia 28 de Abril.
28 de Abril de 1974 foi num domingo.
Como se não nos bastasse um primeiro-ministro licenciado num domingo, temos, também, um revolucionário que faz a Revolução na quinta-feira e no domingo vai leccionar.

sábado, abril 25, 2009

2048 - memórias da liberdade

Eu tinha vinte e dois anos e estava a trabalhar no refeitório da Metalúrgica, lembro-me dum rapazito que trabalhava lá nos escritórios e de vez em quando nos vinha dizer o que se estava a passar em Lisboa (...)
Eu tinha trinta, o meu marido foi trabalhar e levou o carro, só me lembrava se começavam para lá aos tiros e ainda o estragavam (...)
Eu tinha vinte e dois anos estava de turnos na Caima, tinha entrado à meia-noite, íamos ouvindo umas coisitas pela rádio mas não sabíamos o que se estava a passar (...)
Eu tinha vinte anos estava a estudar, andava aqui, na telescola, estava aqui nesta sala, nesse dia não tivemos aulas (...)
Eu tinha cinco e estava em casa a fazer construções com pauzinhos enquanto a mamã passava a roupa a ferro. Chovia o que me impedia de andar na rua a brincar.
Foi numa quinta-feira, na segunda-feira seguinte fiz seis anos, Fernando fez este relatório.

sexta-feira, abril 24, 2009

2047 - atura a malta da borga


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fontes & alambiques


2046 - lembrá-lo

Embora me considere uma pessoa de esquerda, não sou mais um daqueles esquerdistas tontinhos que acreditam em amanhãs que cantam, em (so)cratinices de ensino obrigatório até ao décimo segundo ano (qualquer dia somos um país de engenheiros licenciados ao domingo por decreto governamental) no espírito de Abril... (o espírito de Abril resume-se a um descontentamento salarial duma certa oficialidade... tudo o resto são variações e aproveitamentos à volta do tema).
Nestes dias, em dias como hoje, apetece-me lembrar, recordar nomes que não ficaram na História, Gaspar, por exemplo e apetece-me esquecer, olvidar nomes que nem na história mereceriam constar.

quinta-feira, abril 23, 2009

2045 - dia do livre

terça-feira, abril 21, 2009

2044 - política pop

Um candidato de fundo vermelho com ideias muito próprias sobre privacidade e educação.
Nota: «O cineasta» tal como santamargarida defendeu desde o princípio foi punido com a mesma pena da «artista principal».
Não voto em Abrantes mas interrogo-me (interrogo-vos):
- Alguém que não tem capacidade para avaliar um caso tão simples terá capacidade para presidir a algo tão complexo como uma autarquia com a dimensão de Abrantes?

2043 - boa malha


Shim!
Chinquilho...
Atirar a malhar, malhar o ferro.
Dir-me-ão:
- Pedro, estiveste sem escrever durante tanto tempo e depois escreves banalidades...
Dir-vos-ei:
- Não são banalidades.
O facto de hoje estar aqui a escrever estas palavras deve-se, também, a jogos de chinquilho na longa noite.
Rememorando, há muito, muito tempo, o quarto de seis filhos casava com uma menina orfã de pai, moldada com a tenacidade da mãe e com o apoio dos dois irmãos mais velhos... morrera-lhe o irmão do meio...
Naquele dia, vestida de branco, aquela menina, tinha um irmão (que perderia poucos anos depois) e um marido que partiria para a guerra daí a quinze dias.
Queria casar, ela.
Ele, provavelmente, encolhia os ombros, tenho vinte anos (mais ou menos) vou morrer, se calhar, vou morrer...
Tenho vinte anos (mais ou menos) e poucas oportunidades para ser feliz...
Podia ficar no casamento (no meu casamento) a fingir-me confortável no fato, na gravata e nos sorrisos forçados.
Prefiro estar aqui, na Sociedade Recreativa Portelense a atirar com o meu destino, um roda de ferro arremetida contra um pino vertical, um homem, uma malha, um destino.
O destino deles (de meus pais).
O meu destino.
Sexta-feira dir-lhe-ei:
- Papá, vamos jogar à malha para Abrantes?
- Jogar à malha em Abrantes?
- Sim, o Benfica em Abrantes organiza um torneio...
- O Benfica?
(talvez o consiga convencer a ir... falarei nos prémios, no presunto e no bacalhau mas temo que o meu papá fique condicionado pela palavra: Benfica... a ver vamos)

quinta-feira, abril 16, 2009

2042 - quando o sol se põe na aldeia do sobreiro

O Sol nunca se põe... esconde-se e renasce, nasce em cada dia num pedaço de terra vermelha amassada, num olhar

2041 - jesus nasceu no mês da liberdade

Um menino nascia.
Nasceu.
Cresceu.
Vamos encontrá-lo cinco anos mais tarde na companhia de José, José não era pai de Jesus, José era um trabalhador que com o suor do rosto, um sorriso nos lábios e paciência, ensinou Jesus a ler e a escrever.
Jesus era um menino diferente dos outros.
Contar-vos-ei um dos sonhos de Jesus, melhor, uma das convicções de Jesus:
Encarando agora as sociedades organizadas, tal como actualmente se encontram, pergunta-se: quem deve ser o detentor da cultura?, a massa geral da humanidade, ou uma parte dela? à pergunta feita deve responder-se condenando a detenção da cultura como monopólio de uma elite, deve promover-se a cultura de todos e isso é possível porque ela não é inacessível à massa; o ser humano é indefinidamente aperfeiçoável e a cultura é exactamente a condição indispensável desse aperfeiçoamento progressivo e constante.
Eduquemos e cultivemos a consciência humana, acordemo-la quando estiver adormecida, demos a cada um a consciência completa de todos os seus direitos e de todos os seus deveres, da sua dignidade, da sua liberdade. Sejamos homens livres, dentro do mais belo e nobre conceito de liberdade - o reconhecimento a todos do direito ao completo e amplo desenvolvimento das suas capacidades intelectuais, artísticas e materiais.
Chamava-se Jesus.
Completaria no último dia desta semana 108 anos, Bento de Jesus Caraça.

segunda-feira, abril 13, 2009

2040 - o zé (postiga) faz falta

Prodígio?
Ora...
Prodigiosa é a formação do senhor Aurélio... e de outros, de muitos outros.
O Zé é, apenas, mais um...

2039 - procurar não ofende

Já sei o que vão pensar:
Olhó gajo, não escreveu nada no sábado nem no domingo (para muitos leitores dois dias sem novidades no santamargarida é uma eternidade) e agora aparece com esta pantomimice.
Não é nenhuma pantominice.
É um foco apontado ao blog do Ricardo... que conheci aqui.
É um pretexto para aplicar um regionalismo/localismo que se verifica em santamargarida... a confusão entre o verbo procurar e o verbo perguntar.
É comum escutarmos frases tipo:
- ´tás bom? olha lá, sabes como se chama aquela miúda ali?
- sei lá, caral**, procura-lhe
ou então:
- ouve lá, viste as minhas sapatilhas da naique?
- estavam no armário... pergunta aí na segunda prateleira.

sexta-feira, abril 10, 2009

2038 - um toque de calcanhar

Eu também.
Sou modesto e humilde.
Com toda a humildade e modéstia que me caracteriza comunico que os meus brilhantes textos podem ser lidos no Futebolartte (há que melhorar o grafismo e tal mas foi o primeiro jogo e ainda estamos a limar algumas arestas, o entrosamento nesta altura do campeonato não é o melhor mas com muito trabalho conseguiremos alcançar os nossos objectivos).

2037 - pensamento pascal

2036 - sexta-feira proparoxítona

Dia de não comer carne.
Comi peixe.
Comi feijão com arroz.
Comi jaquinzinhos com arroz de feijão, comida de cristão.
Diligentemente cumprindo as regras.
Espadeirando as cabeças dos jaquinzinhos fritos como se da cabeça de Baptista (não, não é esse Baptista que estão a pensar) se tratasse.
Catolicamente cortando-lhes a cabeça, conscienciosamente separando-lhes o rabo.
Deliciando-me.
Sexta-feira santa usando palavras esdrúxulas como num poema de Buarque, Chico.

quinta-feira, abril 09, 2009

2035 - arte, parte

Fotomontagem efectuada em paint a partir duma fotografia obtida em 2009.04.07 por tz
Isto é arte.
(não me refiro à fotomontagem, obviamente, falo da fotografia)

2034 - ainda bem que andei na catequese (icar)


Ora bem...
Deus não pode «estar a ter» sexo alegre por uma razão muito simples, Deus é único... logo ter sexo consigo próprio não é sexo gay (alegre se preferirem) esse tipo de sexo é shungozo, tefnutozo se preferirem.

2033 - pintelhado de vermelho


(tentativa de post humorístico, brevemente, postarei sobre as cidades imaginárias, a arte pública e a arte privada, isto é, eu, pedro oliveira, posso comprar com o meu dinheiro para colocar na minha parede um quadro com dois riscos efectuados por sarles calmeida porque acho fantástica a pintura de sarles calmeida, poderei enquanto gestor de dinheiros públicos gastar/desperdiçar milhões para pendurar na parede pública uma pintura banal e descontextualizada?)

2032 - maria keil do tramagal

Bela...
Artigos relacionados:
1788
1790

quarta-feira, abril 08, 2009

2031 - chamaram-lhe mikołaj kopernik

fontes & alambiques
isto é o máximo
isto também

isto é o crato
isto é ptolomeu
este é um gajo que dá título ao post, confrontem com a suposta data em que o poeta  morreu, 1580, acreditando que o Sol orbitava a Terra

segunda-feira, abril 06, 2009

2030 - um violino no relvado

Uns têm um treinador que veio de España.
A outros são os elogios que lhes chegam do outro lado da fronteira.
Quando o futebol é arte ninguém chega aos calcanhares do Sporting.

2029 - união de facto ou casamento alegre

2028 - os monstros de torres novas

Leio o título, olho a imagem e enojo-me, enoja-me a justiça.
Sinto nojo duma sociedade que despreza as mulheres, mulher, pensam os tribunais (alguns tribunais) é para ser atada, roubada e ameaçada com armas de fogo.
Mulher não é um ser humano.
Será que não passou pela cabeça de ninguém naquele tribunal que aquelas senhoras, também, choraram em bebés, cairam e esfolaram os joelhos, levantaram-se e sorriram.
Ninguém é prostituta, está-se prostituta.
Ninguém é presidente da câmara, da república ou primeiro ministro, está-se presidente da câmara, da república e primeiro-ministro.
Digamos que as actividades dos segundos prejudicam-nos muito mais que as actividades das primeiras.
Os tribunais deveriam julgar os criminosos e não as vítimas.
Brasileiras, dizem...
Como se as brasileiras não fossem dignas, como se a minha tia Leonor que viveu num bidonville em França fosse menos digna por ser portuguesa.
O que é a dignidade?
A dignidade revela-se em pequenos gestos, há um senhor na Áustria a quem chamam - monstro - que fez ruir todo um mundo de fantasia que tinha construído para que um dos habitantes desse mundo tivesse assistência médica.
Os monstros de Torres Novas, ataram, ameaçaram, roubaram... foram condenados a pagar 1500 euros (só em levantamentos tinham roubado 1220 euros, mais todo o dinheiro que as senhoras possuíam e ainda objectos valiosos) aos bombeiros, repito aos bombeiros.
Recapitulando o produto de roubo foi superior à multa, os bens das senhoras foram transferidos para os bombeiros e os monstros ficaram todos em liberdade porque se mostraram arrependidos.
Perguntava ali atrás o que é a dignidade, dignidade seria tratar todos os seres humanos de igual modo, o menino brasileiro que assaltou o BES, provavelmente, também, se iria arrepender, não teve foi tempo, uma bala assassina espalhou-lhe as ideias e as palavras que nunca chegou a pronunciar.
Não pode existir uma justiça para homens outra para mulheres, não pode existir uma justiça para portugueses e outra para brasileiros.
Esta justiça não é digna.
Algures no Brasil, há uma criança que nasce, há uma criança que chora, há uma criança que daqui a alguns anos poderá estar a ser roubada, espancada e violada sob o encolher de ombros do Tribunal de Torres Novas.
Nota: Este post foi elaborado tendo como único suporte este artigo do jornalista Pepino, não li o acordão. A imagem foi retirada daqui.

sábado, abril 04, 2009

2027 - o velho, a criança e os burros




Aqui os burros somos nós.
Nós os que nos enredamos em problemas e não procuramos a felicidade nas coisas simples, no cheiro a bebé, nas rugas dum velho, numa garrafa.
Coca-cola, claro.

quinta-feira, abril 02, 2009

2026 - dia infantil de ler em paz

Escolhi a bruaá, pois, dedica-se, exclusivamente, à edição de livros infantis.

2025 - a guerra em la paz

quarta-feira, abril 01, 2009

2024 - heróis no mar, os músicos

Uma morte heróica...
Fez, na versão mais completa que colocou hoje no Abrupto do seu último artigo do jornal Público, uma referência à orquestra do Titanic, que continuava a tocar enquanto o navio se afundava. É bastante corrente usar-se esta imagem como um paradigma de comportamento fútil e superficial no meio de uma catástrofe. Mas é um erro, pois é uma caricatura extremamente injusta de um dos maiores exemplos de coragem e de altruísmo de que tenho conhecimento.Começo por corrigir um erro: não havia qualquer orquestra a bordo do Titanic. Havia, isso sim, dois agrupamentos musicais: o quinteto de Wallace Hartley e um trio de cordas. Nunca tocaram juntos a não ser na noite do desastre. E o que os levou a tocarem nessa ocasião, por sua própria iniciativa, foi o desejo de tentarem acalmar os passageiros enquanto estes tentavam arranjar lugar nos salva-vidas. Ao fazê-lo, perderam a possibilidade de eles próprios se salvarem. Com efeito, nenhum sobreviveu ao desastre. Um jornalista da época, ao descrever o naufrágio, escreveu que «o papel desempenhado pela orquestra a bordo do Titanic nos seus últimos e tenebrosos momentos ficará registado entre os maiores actos de heroísmo no mar».O corpo de Wallace Hartley viria a ser encontrado mais tarde. Mais de trinta mil pessoas prestaram-lhe as últimas homenagens pelo seu acto heróico e, mais tarde, este monumento foi erigido em memória do que fizeram aqueles músicos.(José Carlos Santos)
Este é um blog que não embarca em lugares comuns... o barco afunda-se e a orquestra toca, sim?

2023 - em último recurso gama

Quando precisares, desesperadamente, de ganhar contrata Gama.
Gama de gamar?
Não.
Gama de manejar o acontecimento (management & events em estrangeiro).
Gama gama?
Gama não gama.
Gama faz um preço para as coisas.
Factos:
1. O jogo foi organizado por uma empresa chamada: Gama sport management & events, S.A.
2. A imprensa portuguesa vai ignorar este facto
não é o fim, nem o princípio do fim, é o fim do princípio