segunda-feira, junho 27, 2005

5 - os velhos

Lembro-me de ter pensado: quando isso acontecer já estou velho, já tenho 32 anos, que se lixe, já vivi o que tinha a viver. O que era o "isso"? O isso era o ano 2000.
"Se aos 1000 chegarás, dos 2000 não passarás" dizia a minha avó.
Aquilo para mim era certo e sabido, da mesma maneira que depois do Sol vinha a Lua e depois desta, aquele.
O tempo, naquele tempo, não durava o mesmo que o tempo deste tempo.
A frase anterior (se não tivesse sido eu a escrevê-la) é daquelas que criticaria...blá, blá, blá, aparentemente, não tem conteúdo.
Olhando para além das aparências constatamos que o tempo não é sempre igual.
O tempo (uma hora) para quem espera é sempre muito mais longo(a) que o mesmo tempo (a mesma hora) para quem está atrasado.
Todos caminhamos para a velhice, que saibamos construir/proporcionar uma velhice digna, activa, útil e necessária às pessoas que nos deram tanto.
Os velhos de hoje são as crianças de ontem.
Nós somos os velhos de amanhã.
Procuremos, pois, proporcionar aos nossos velhos uma velhice confortável para que não se sintam um fardo mas sim transmissores de cultura.
Um velho, cada velho é muito mais importante que um quilómetro de estrada alcatroada.

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

é um bom sonho, essa questão dos velhos, seria uma radical mudança cultural, posto que, no mundo em que vivemos os velhos são dispensáveis.

domingo, junho 03, 2007 1:25:00 da tarde  

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