48 - (...) que tem de ser que te vais

Quem vem e atravessa o rio, junto à serra do Pilar vê um velho casario que se estende até ao mar. Quem te vê ao vir da ponte és cascata, são-joanina erigida sobre um monte no meio da neblina. Por ruelas e calçadas da Ribeira até à Foz por pedras sujas e gastas e lampiões tristes e sós. E esse teu ar grave e sério dum rosto e cantaria que nos oculta o mistério dessa luz bela e sombria. Ver-te assim abandonada nesse timbre pardacento nesse teu jeito fechado de quem mói um sentimento. E é sempre a primeira vez em cada regresso a casa rever-te nessa altivez de milhafre ferido na asa.
2 Comments:
dois...
pois...
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