terça-feira, julho 11, 2006

411 - onze de julho, 1940

Como era o mundo em 1940?
na república portuguesa...
Não era do mundo, do país ou de cerveja que queria falar, aliás nem queria falar... queria sentir, abraçar, a Maria, à minha Maria... Maria Odette.
A mamã não sabia, mas, aquele duplo T são duas cruzes, dois irmãos que perdeu, dois pais, dois sogros... como se a tristeza andasse aos pares.
A felicidade é única, momento, momentos, abraços, beijos, sorrisos, crianças com joelhos esfolados, cabeças partidas...
A mamã (não) sabe, mas, para ela sou, eternamente, menino... Peter Pan, vestido de verde.
A mamã (não) sabe, mas, apesar da distância, de não lhe telefonar, penso-a muito, admiro-lhe a coragem, a força feita vontade, o olhar determinado, os olhares cúmplices.
Hoje (há 66 anos) nascia de outra Maria, mamã... Maria, a mãe de Jesus.

11 Comments:

Blogger crt said...

Muito linda esta prova de veneração que manifestas pela tua mãe.
Parabéns aos dois.

terça-feira, julho 11, 2006 12:46:00 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

"O Menino de sua mãe" F.P

terça-feira, julho 11, 2006 10:56:00 da manhã  
Blogger pedro oliveira said...

«apesar da distância, de não lhe telefonar»

O não lhe telefonar aqui era no sentido «melgativo», o nhã, nhã, nhã, nem ela nem eu temos feitio para melguices.
Vou e tal, temos isto para tratar, então vá... e estão os assuntos tratados e o telefonema acabado.

Ontem telefonei-lhe, claro... beijei-a através dos fios.

Anonymous,

Esse menino da sua mãe «jaz morto e arrefece», eu não... tenho andado encalorado (é do tempo). Quente e suado.

quarta-feira, julho 12, 2006 7:00:00 da manhã  
Blogger bomdebola said...

Pedro,
A sua mãe só pode sentir um orgulho daqueles - de encher o peito de ar - por ter um filho com todas estas qualidades que pouco a pouco nos vem dando a conhecer.

Excelente texto... muita inteligência... muita humanidade... muito carinho... A sua mãe só pode estar feliz com o filho que tem.

Um abraço

quarta-feira, julho 12, 2006 11:23:00 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Credo! Quente e suado?! Espero que não seja sempre! Deve ser um grande transtorno!!! (Cascão era para a turminha!!!)

quarta-feira, julho 12, 2006 2:40:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

boas continuações... sr. Pedro prometo não voltar! Julgo que até deve ser boa pessoa... gosta de História!
Depois ainda responde às minhas interpretações/comentários sob forma de justificações!

quarta-feira, julho 12, 2006 2:49:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

P.s saúde para a sua mãe (as mães são mulheres cheias de coragem... ter filhos é qualquer coisa de muito... vitalício (todo sempre)!! Saúde a todas mulheres-coragem!!)

quarta-feira, julho 12, 2006 3:06:00 da tarde  
Blogger Maçã de Junho said...

Maria é de facto o nome de muitas mamãs! E devem ser das boas!

Querida Maria Odete:
Espero que o seus 66 anos a tenham enchido de fortes emoções, vivências inesqueciveis e expressões de felicidade! Muitos Parabêns!

Querido Pedro:
Falar de quem gostamos como tu falas é a prova que nunca nos esquecemos... Parabêns também para ti!

quarta-feira, julho 12, 2006 9:39:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Há para aí uns “anónimos” (raça de gente; será que têm mãe?) que surgem, sabe-se lá de onde, para chatear a malta que gosta de blogar (existirá este termo?)… Concluo: os tipos (ou tipas) não têm mesmo mãe. Nas nossas terras (e em muitas outras) conhecem-nos como os filhos da Odete, da Maria Luísa etc. O nosso nome é o nome da nossa mãe. Logo quem não tem nome não tem mãe. Brilhante. Um abraço do teu amigo, filho da Maria Luísa.

quinta-feira, julho 13, 2006 2:29:00 da manhã  
Blogger pedro oliveira said...

Outro... USA-o bem.
Tudo a correr bem, amigo.

quinta-feira, julho 13, 2006 2:38:00 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Minha mãe é pobrezinha/Não tem nada para me dar/ dá-me beijos, coitadinha/ e,depois, "pranta-se" a chorar...

Uma cantiguinha popular!

P.s. Na realidade há gente que não tem mãe...
um abraço anónimo

quinta-feira, julho 13, 2006 4:31:00 da tarde  

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