domingo, setembro 02, 2007

950 - camões a ver estrelas


A homossexualidade de Camões é hoje um tema pacífico e aceite entre os estudiosos da temática.
«Amor é fogo que arde sem se ver» poderia fazer um comentário brejeiro e espirituoso, tipo:
Ai não vês não, estás de costas [obviamente, não o farei]
Muitos versos de Camões apontam nesse sentido, o que seriam «os erros meus» que refere?
«Melhor é exprimentá-lo que julgá-lo
Mas julgue-o quem não pode exprimentá-lo»
Obviamente, não sou juiz e sou acima de tudo um liberal, na política e nos costumes.
A sexualidade de Luiz não me interessa nada, interessa-me sim que esse conhecimento não seja capitalizado para efeitos turísticos.
Aproveitar as infra-estruturas existentes e potenciar a primeira astrofesta gay a nível planetário

8 Comments:

Blogger r said...

Boa noite, caríssimo.
Este post só pode ser outra meditatione profundis sobre a antiga Punhete.
Não basta o homem ser zarolho...
Quanto ao liberalismo na política e costumes , primeiro vou documentar-me(rever a matéria e tal), depois voltarei para a troca de ideias.
Essa coisa do «fogo que arde sem se ver» é que é uma carga de trabalhos. Imagine as queimaduras de primeiro grau, nesta sociedade liberal, onde reina a confusão do que se vê, parece ver e não vê.
Eu já vejo bem. Deixei a Gucci e mudei para Vogue.

domingo, setembro 02, 2007 11:49:00 da tarde  
Blogger pedro oliveira said...

Rosa, o tema da homossexualidade não é aceite, não é bem visto, é escondido entre os comunistas. Júlio Fogaça, por exemplo.
Detenhamo-nos agora no pensamento do camarada Álvaro Cunhal sobre a sexualidade (in A Estrela de Seis Pontas)
«-Se há diferenças entre as mulheres, talvez a maior diferença esteja precisamente no sexo.
- Sexo, sexo, sexo, chama-lhe pelo nome, pá - replicou o moço. E logo despejou três ou quatro sinónimos.
- Diferentes no feitio - continuou o Rolim -, diferentes no tamanho, diferentes na orla dos cabelos, diferentes na prontidão do orgasmo, diferentes porque para umas é prazer e para outras é dor (...)
- Elas dizem não, não, mas é fita (...)
- O não, não de uma mulher (...) pode ser precisamente o contrário: um incitamento, a previsão demasiado entusiasmante de um prazer que ela teme pela intensidade que prevê»
Fim de citação.
Com este entendimento da sexualidade não custa acreditar na marginalização dos homossexuais.

segunda-feira, setembro 03, 2007 12:15:00 da manhã  
Blogger r said...

Bem sei, Pedro.
No seguimento dessa não aceitação e de outras... os papéis tradicionais da mulher e do homem, sempre estiveram bem definidos no Partido. O conceito de mulher-companheira [já o tinha aflorado num outro comentário]sempre me fez alguma «confusão» o que fazia, principalmente, a mulher? Cuidava a casa!...enquanto os homens reunidos discutiam, tomavam decisões.

Nós julgamos saber, não existirem homossexuais comunistas, militares, futebolistas etc.

segunda-feira, setembro 03, 2007 12:26:00 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Se a homossexualidade fosse normal,Deus teria criado Adão e Ivo.

segunda-feira, setembro 03, 2007 6:21:00 da tarde  
Blogger r said...

Só para memória futura, neste espaço de todos e de ninguém [treta, de alguém será]:

E a mulher em Platão, Aristóteles...na Filosofia Moderna, Contemporânea?... Pois é: "cabelos compridos e ideias curtas" diria Schopenhauer, um mal-amado...

Essa coisa da sexualidade, agora, já se ensina nas escolas. Chamam-lhe, o projecto que conheço, Educação para a Sexualidade e os Afectos. Eu, estou seriamente, pensando, exigir, como Encarregada de Educação, algumas explicações acerca dos supostos conteúdos sobre os quais versa esse Projecto. Temo pela educação do meu filho, claro. A Educação para os Afectos faz-se, não se teoriza...e ultrapassa, em larga medida, uma abordagem estritamente biológica...blá... blá...

Ainda em relação ao ser-mulher e ser-homem, tenho uma opinião muito particular da coisa. Já a tentei debater duas ou três vezes, em caixas de comentários, sendo sempre mal interpretada. Careco, certamente, de competência expressiva e argumentativa por essa via. Resolvi que não a abordarei, por esse meio, outras vezes. Deixo somente uma achega: mulher e homem, não são, por natureza, iguais. O seu crescimento, desenvolvimento afectivo-emocional-perceptivo/pensativo não é, de forma alguma, igual.Graças às deusas e deuses que assim é.
Do ponto de vista da vida-na-cidade que colocas num outro post, a minha abordagem será outra. Obviamente. Refiro-me à essência feminina e masculina...blá...blá... e tenho qu'ir fazer o jantar. Uma chatice.

Ah!... também não existem sacerdotes homossexuais. É tudo invenção de mentes perversas ou frustradas, tipo a de Sigmund, aquele tipo que tinha, com toda a certeza, uma péssima relação com o paizinho (dele).

Quanto ao que é ou não normal do ponto de vista psicológico e psiquiátrico, é a Sociedade Cientifíca Americana que o define. Cuidado, como diz o outro, com as imitações.

segunda-feira, setembro 03, 2007 6:46:00 da tarde  
Blogger r said...

Deus criou um jardim para culmatar a solidão. Não lhe bastou, ou melhor, não o sabia cuidar sózinho. Então, criou um ser à sua imagem e semelhança.Deu-lhe o nome, porque as coisas que existem têm nome, de Homem. Vê-se logo que deus, era um tipo que desconhecia a Pedagogia do erro.
Deus e Homem passavam os dias a cuidar do jardim, mas as sementes não germinavam. E os anos foram passando... Deus, sabe-se lá por que razão, ainda tinha um rasgo de inteligência; com ela, criou outro ser, mostrando, claramente que a idade tráz sabedoria. A esse ser chamou Mulher. E, pela primeira vez, em toda a sua semi-vida de criador de seres, deus aprendeu a fazer as sementes germinarem. Aprendeu com a mulher.
Esta estórinha mostra, evidentemente, a razão que levou Deus a não criar Ivo.
Moral da história:
a norma é, tão-só ,um mero dado estatístico que mata os sujeitos, porque os normaliza;
os velhos conhecem/sabem cuidar jardins.

Acho que já li isto algures.

segunda-feira, setembro 03, 2007 7:04:00 da tarde  
Blogger pedro oliveira said...

Camarada, o conceito de comunismo «versus» normalidade é muito interessante.
Diria que não é normal a liberdade em Cuba, na Coreia do Norte e tal, como não o foi na ex-União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, na Roménia ou na Alemanha Democrática.
Partindo do geral para o local, fará sentido um comunista ter uma casa rodeada de muros? Um verdadeiro comunista despreza a propriedade privada, é tudo do «povo».
Nesse sentido Cristiano Ronaldo é mais comunista que outros que conheço, partilha a sua casa com conhecidos e com desconhecidas, uma irmandade, uma festa, uma verdadeira comunhão, a essência do comunismo utópico, julgo.

segunda-feira, setembro 03, 2007 9:30:00 da tarde  
Blogger r said...

Pois eu acho que o jovem-rico é um altruísta. Preencheu o imaginário pobrezinho de muitos e muitas e «patrocinou» uma verdadeira corrida às bancas. Amanhã deve haver mais pormenores. Aguardem, consumidores de imaginários alheios, por défice próprio.

segunda-feira, setembro 03, 2007 11:10:00 da tarde  

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