terça-feira, janeiro 06, 2009

1877 - monstruosidade à gomes de pá, é uma monstruosidade, pá... o sequestro

O sargento Luís Gomes, que tem a guarda da menor Esmeralda Porto desde os três meses, classificou de "monstruosidade" a decisão desta segunda-feira do tribunal de Torres Novas em manter a criança com o pai.
Tem a guarda atribuída por quem?
"Ela está bem connosco", afirmou Luís Gomes, comentando a decisão do tribunal de prolongar durante mais uma semana a permanência da menor com o pai, Baltazar Nunes.
Está bem connosco, na opinião de quem?
O tribunal veio "transformar uma visita de natal numa entrega definitiva (...), não tenhamos dúvidas em relação a isto", disse o sargento, que hoje esperava ir buscar a menor à escola.
"Não vi a menina hoje de manhã porque chegou atrasada à escola", acrescentou.
Não acrescentou que não pode esperar mais tempo pois teve de ir para o tribunal onde a esposa estava/está a ser julgada por um crime de sequestro [crime pelo qual o senhor que acusa a justiça de monstruosidade já foi condenado] no qual ele é testemunha (testemunha?).
A menor atrasou-se porque, por ordem do tribunal, foi sujeita a uma avaliação de técnicos da direcção-geral de reinserção social, que confirmaram o bom relacionamento da criança com o pai, sustentando assim a decisão agora tomada pelo tribunal.
Por seu turno, Adelina Lagarto, mulher do sargento Luís Gomes que está a ser julgada por sequestro e subtracção de menor no Tribunal de Torres Novas, disse que as decisões judiciais "não conseguem fazer 'reset' na memória da menina".
Portanto no entender desta senhora não deveria existir adopção.
Existindo uma impossibilidade de 'reset' na memória das crianças não faz sentido a existência de pais adoptivos nem de crianças que esperam para ser adoptadas.
Há muitas crianças adoptadas com 5/6/7 anos não o deveriam ser? [perguntem à Dona Adelina Lagarto]
"Para ela nós somos o pai e a mãe", disse, acrescentando que o casal está sempre disponível para continuar a lutar pela guarda da menor.
Afirmando-se de "consciência tranquila" em todo o processo, Adelina Lagarto reconheceu que esta decisão judicial, hoje divulgada à hora do almoço, constituiu uma "surpresa muito negativa".
Quanto ao futuro, Luís Gomes não esclarece que medidas judiciais irá tomar, mas mostra-se preocupado com o bem-estar da menor porque "nada contempla o contacto entre o casal e a criança".
A menor, actualmente com seis anos, foi entregue pela mãe, Aidida Porto, ao casal Luís Gomes e Adelina Lagarto quando tinha três meses de idade, num momento em que o pai não tinha ainda assumido a paternidade, algo que fez quando a criança tinha um ano.
O "caso Esmeralda" decorre nos tribunais desde há vários anos, depois de o progenitor ter perfilhado a filha e pedido o poder paternal, o que lhe foi conferido em 2004.
No entanto, a menor continua à guarda do casal e estão decorrer contactos regulares para promover a aproximação entre o pai e a criança, que está a ter acompanhamento de pedopsiquiatras nomeados pelo tribunal.
Os bolds correspondem a frases minhas, o resto é do JN
não é o fim, nem o princípio do fim, é o fim do princípio