sexta-feira, janeiro 30, 2009

1923 - assassinaram-no há 435 anos

Homem do Renascimento, rigoroso na análise, embora habituado ao convívio hipócrita com os grandes, o historiador escolheu o caminho da verdade e da justiça. Não bajulou ninguém, não fez elogios por cálculo, não se amedrontou ao escrever os factos (alguns consideram Damião de Góis o primeiro repórter da nossa historiografia). Foi avaro a encomiar o Cardeal D. Henrique - e como este gostava de ser incensado! Atreveu-se a criticar a poderosa Casa de Bragança não dando relevo aos seus membros, ousou voltar à tolerância para com os cristãos etíopes. O que lhe interessava era a verdade, doesse a quem doesse. Mesmo que fosse a sua verdade. E se, quanto a estilo e emoção, fica muito longe de Fernão Lopes, a postura moral é idêntica e daí a sua importância.
O título do post diz: assassinaram-no, recordemos:
Quando, em 1941, se fez a trasladação dos seus restos mortais para a Igreja de S. Pedro, em Alenquer, Mário de Sampaio Ribeiro, estudioso musical (Damião de Góis foi compositor), viu-lhe o crânio. Notava-se uma violenta pancada arredondada, improvável que fosse provocada por qualquer aresta, ao cair sobre a lareira.
Conheçamos melhor o mestre detective, Mário de Sampayo Ribeiro.

1 Comments:

Blogger Unknown said...

Os erros passam, a verdade fica .

sexta-feira, janeiro 30, 2009 6:12:00 da tarde  

Enviar um comentário

<< Home

não é o fim, nem o princípio do fim, é o fim do princípio