domingo, agosto 23, 2009

2194 - abrantes, constância, a dor não tem terra, enterra-se

Preferia morrer com um tiro, entre homens, adultos, às sete e tal da manhã, com umas botas calçadas que, preguiçosamente, em cuecas, à sombra duma arriba assassina que me soterrasse vivo.
A minha solidariedade para o adulto com dezasseis anos que morreu como um homem, um grande abraço para o pai.
Nestas alturas as palavras são dispensáveis, a dor de perder um filho, é uma dor (e um sentimento de culpa) que nos acompanha para sempre.
Adeus, filho...
Nota final: O primeiro parágrafo refere-se aquilo que eu preferia. Se pudesse escolher.
Não alinho nas críticas fáceis que fazem ao pobre pai (a dor que sente deverá ser suficiente).
O post não é uma crítica a quem trabalha no duro e poupa o suficiente para passar uns dias de férias numa praia algarvia sob umas arribas em perigo de derrocada, devidamente, assinaladas.
não é o fim, nem o princípio do fim, é o fim do princípio