terça-feira, agosto 26, 2008

1524 - o estranho caso da azeitona assassina




Para o Luís António e para a Helena Maria um grande abraço solidário, como já escrevi várias vezes neste blog, não há dor maior que a provocada por um filho que nos morre...
Partamos, então, para uma possível análise.
O papel dos media (jornais, radio, televisão e meios internéticos) na apresentação do menu.
Ai, ai, ai, a criminalidade.
Ai, ai, ai, os assaltos.
Os media escolhem as notícias, manipulam a informação.
Este Agosto não ocorreram/não estão a ocorrer incêndios?
Este Agosto não assassinaram o coitadinho do touro em Barrancos?
Este Agosto não houve arrastão em Carcavelos?
Este Agosto não houve um gang na CREL?
Os media (alguns) não informam, assustam.
Já tinha falado de jornalismo antes, em Outubro de 2005 [ler o primeiro comentário], em Junho de 2007, num caso, é, provavelmente, inépcia... no outro publicidade disfarçada (pouco disfarçada).
Os media (grupos e jornalistas) deveriam colocar-se esta questão:
- Qual o nosso papel, como podemos ser úteis (como podemos rentabilizar o nosso negócio)?
Noticiar, relatar, assaltos a bombas de gasolina e a bancos, obviamente, potencia novos heróis que amanhã procurarão os seus quinze minutos de fama.
Os media deveriam procurar contribuir para uma sociedade mais justa e fraterna, divulgando notícias positivas, tipo:
O bombeiro que salvou um senhor encarcerado num automóvel e que graças a ele (ao soldado da paz) sobreviveu.
A vizinha que ouviu os gritos da Maria Albertina e que percebeu que Tiago decidira nascer já, ajudou Albertina no parto, Tiago chorou depois sorriu, está vivo... e mama.
O massagista que assistiu a Lúcia no jogo de andebol entre o Vale do Mestre e o Barreira Vermelha, o ombro de Lúcia está, novamente, no lugar e o massagista (o mãozinhas d' ouro) beberica uma mini e diz: ora, 'tou lá p'ra isso...
Gosto de sonhar.
Gosto de pensar notícias positivas.
Muitas pessoas a aprenderem a socorrer...
Reportagens de voluntariado, risos e gargalhadas.
Hoje morreram algumas pessoas.
Nasceram muitas mais.
Gosto de pensar num futuro em que a morte não seja notícia mas a vida sim.
Num futuro em que as Biancas, os negros, os ciganos e os brasileiros vivam e as azeitonas e as balas não atirem a matar.

3 Comments:

Blogger r said...

«Gosto de pensar num futuro em que a morte não seja notícia mas a vida sim.»

Caríssimo, se fosse a si, repensava este pedacinho. Digo eu.
Há vida sem tragédia? Há crise(Krisis) sem tragédia? Como é que quer viver sem a morte...?

quarta-feira, agosto 27, 2008 11:10:00 da tarde  
Blogger pedro oliveira said...

Há vida sem tragédia?
- Pode haver

Há crise(Krisis) sem tragédia?
- Pode haver

Como é que quer viver sem a morte...?
- Forever young, I want to be forever young

Nada no texto conduz às perguntas formuladas, mas enfim.

sábado, agosto 30, 2008 11:24:00 da manhã  
Blogger r said...

«Nada no texto conduz às perguntas formuladas, mas enfim.»

As perguntas devem gerar outras perguntas... não descure que ainda retorna a mosca; pelos vistos, o seu estilo é dar respostas.
Bons sonhos, então.

sábado, agosto 30, 2008 9:40:00 da tarde  

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