sexta-feira, setembro 29, 2006

482 - almirante reis

«Ponho-me a olhar a Avenida cá de cima, da minha água-furtada e meu refúgio, e digo-lhe, seu Apolinário: tudo isto levou uma grande volta(...)»
«A Avenida ia para a cama, tranquila e distante, dormir, amar, sonhar talvez, confiada no dia seguinte, no amanhã. Havia amanhã todos os dias, seu Apolinário!»
As palavras são de José Rodrigues Miguéis em Léah, a Avenida é esta...
Enfim, deixou de ter nome nome de Rainha para tomar o nome dum republicano que teve a atitude mais digna que um republicano poderia ter tomado.
Bem-haja, Cândido dos Reis, pena que o seu exemplo não tenha sido seguido, contudo, foi muito apreciado, sendo testemunho desse apreço o nome nas ruas, em muitas ruas, largos, praças e avenidas.

5 Comments:

Anonymous Anónimo said...

por aqui deixaram o nome de batismo e deixaram o oficial de marinha de lado.
o homem é o mesmo. mas muitos o ignoram

sábado, setembro 30, 2006 12:42:00 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

E não só; o seu nome tambèm foi perpetuado no mar.

Ás 11 da manhã,Josè Relvas proclama a repùblica,da varanda da câmar municipal.A revolução solda-se com 76 mortos e cerca de 300 feridos.Ao rol dos caídos ,acrescenta-se o nome do Almirante Cândido dos Reis: na noite de 4 ,com a revolução na rua,mas quando ainda reinava a incerteza sobre a sua morte,è conhecia a mesma por suicidio.O seu nome de marinheiro e republicano ilustre,serà, perpetuado no CRUZADOR ,a partir do dia 1 de Dezembro,em substituição do soberano morto 2 anos antes.

Manuel Marques.

sábado, setembro 30, 2006 12:26:00 da tarde  
Blogger pedro oliveira said...

Nem sempre é fácil distinguir quando estou a falar a sério a brincar ou simplesmente a ser irónico.
Julgo que a monarquia seria o regime adequado a um país como Portugal [reparem (reino de) Portugal] digo à república portuguesa embora nunca a tratemos assim, envergonhados por vivermos num país «gaja», nunca falamos na república, falamos sempre em Portugal, a selecção de Portugal, o primeiro-ministro de Portugal e tal.
Monarquia, sim, como a Bélgica, a Holanda, a Dinamarca, a Espanha, porque não?
Para se ser monárquico não é necessário ter-se sangue azul e ser-se de direita. O meu sangue é verde e branco e sou de esquerda.

Nota final: Fui um bocadinho irónico no «post» nem sempre um republicano morto é um republicano bom. Na guerra civil de Espanha teria combatido pela República contra o franquismo.
Mais que monárquico sou democrata, contra todo o tipo de «homens providenciais», ditadores, portanto.

sábado, setembro 30, 2006 1:06:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Sobre o Cruzador (Navio de guerra) D. Carlos I , rebaptizado Almirante Reis.

O rei seu patrono de guerra original,foi assassinado em Dezembro de 1910.O cruzador Almirante Reis teve uma vida ùtil curta e sempre acompanhada de polèmicas.esteve sempre do lado errado das situações ,que marcaram o país,fruto da situação politica e social ,que caracterizou o inicio do sèculo,foi palco de actos de indisciplina.

Manuel Marques.

sábado, setembro 30, 2006 1:18:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Segundo crónicas da època,factores sociais,como a reforma religiosa,as limitações ao poder feudal da Nobreza e a emergência de uma classe proletària,bem comos reflexos do ambiente internacional,principalmente substanciado, na crise do ultimato(1890-91) contribuiram para a convicção do que a sobrevivência do País ,dependia de uma mudança de regime.

Manuel Marques.

sábado, setembro 30, 2006 1:39:00 da tarde  

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