Ariane è um navio. Tem mastros,velas e bandeiras à proa. E chegou num dia branco,frio, A este rio Tejo de Lisboa.
Carregado de sonho, fundeou Dentro da claridade destas grades... Cisne de todos,que se foi,voltou, Só para os olhos de quem tem saudades...
Foram duas fragatas ver quem era Um tal milagre assim:era um navio Que se balança ali à minha espera Entre gaivotas que se dão no rio.
Mas eu é que não pude ainda por meus passos, Sair desta prisão em corpo inteiro, E levantar âncora e cair nos braços, De Ariane, o veleiro.
Miguel Torga (prisão do Aljubre)-Lisboa,1 jan 1940
"O homem è,por desgraça uma solidão: Nascemos sós,vivemos sós e morremos sós."
Miguel Torga.
O mar è um tranquilizante natural.Hà alguns anos atràs quando saía para o mar,com malagueiro ou sem ele, era evadido por uma paz e uma leveza interior que em terra nunca consegui sentir. Tenho saudades do mar.(navegar)
como a liberdade está a passar por aqui (li mais abaixo) e o google é fantástico, permita(to)-me deixar o poema inteiro.
Quando chegar a hora
Quando chegar a hora decisiva, Procurem-me nas dunas, dividido Entre o mar e a terra. Marujo e cavador, tanto me quer a espuma Como a folhagem.
Mas se a grande aventura que se espera Tiver no mesmo fruto sal e seiva, Venham roubar-me às ondas que namoro E à sombra das montanhas que me cobre Com ternuras de amante. Levem-me nu à festa do combate Que vai unir os mares e os continentes. Marujo e cavador, terei o mar inteiro Das esperanças humanas, E a terra universal Da redonda e alada perfeição.
Os poemas são como os dias iniciais, inteiros e limpos parecem sempre melhores: «Esta é a madrugada que eu esperava O dia inicial inteiro e limpo Onde emergimos da noite e do silêncio E livres habitamos a substância do tempo» Sophia
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Ariane è um navio.
Tem mastros,velas e bandeiras à proa.
E chegou num dia branco,frio,
A este rio Tejo de Lisboa.
Carregado de sonho, fundeou
Dentro da claridade destas grades...
Cisne de todos,que se foi,voltou,
Só para os olhos de quem tem saudades...
Foram duas fragatas ver quem era
Um tal milagre assim:era um navio
Que se balança ali à minha espera
Entre gaivotas que se dão no rio.
Mas eu é que não pude ainda por meus passos,
Sair desta prisão em corpo inteiro,
E levantar âncora e cair nos braços,
De Ariane, o veleiro.
Miguel Torga (prisão do Aljubre)-Lisboa,1 jan 1940
"O homem è,por desgraça uma solidão:
Nascemos sós,vivemos sós e morremos sós."
Miguel Torga.
O mar è um tranquilizante natural.Hà alguns anos atràs quando saía para o mar,com malagueiro ou sem ele, era evadido por uma paz e uma leveza interior que em terra nunca consegui sentir.
Tenho saudades do mar.(navegar)
como a liberdade está a passar por aqui (li mais abaixo) e o google é fantástico, permita(to)-me deixar o poema inteiro.
Quando chegar a hora
Quando chegar a hora decisiva,
Procurem-me nas dunas, dividido
Entre o mar e a terra.
Marujo e cavador, tanto me quer a espuma
Como a folhagem.
Mas se a grande aventura que se espera
Tiver no mesmo fruto sal e seiva,
Venham roubar-me às ondas que namoro
E à sombra das montanhas que me cobre
Com ternuras de amante.
Levem-me nu à festa do combate
Que vai unir os mares e os continentes.
Marujo e cavador, terei o mar inteiro
Das esperanças humanas,
E a terra universal
Da redonda e alada perfeição.
Miguel Torga
Inteiro, parece-me melhor.
Os poemas são como os dias iniciais, inteiros e limpos parecem sempre melhores:
«Esta é a madrugada que eu esperava
O dia inicial inteiro e limpo
Onde emergimos da noite e do silêncio
E livres habitamos a substância do tempo»
Sophia
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