segunda-feira, julho 02, 2007

829 - porque sim

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Confesso que me encantei com este post, num dia em que estou escrava dum hábito que consiste na atribuição de números à inteligência fantástica dos meninos todos. Remete para coisas que muito me gostam: educação, currículo, filosofia para crianças e outras, efectivamente, significativas. E Neruda... depois de Neruda, só Neruda, nada mais...

http://www.paixaoeromance.com.br/poetasfamosos/neruda/neruda_vinte_poemas/07/poema07.htm

segunda-feira, julho 02, 2007 12:01:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

O dia não è hora por hora.
É dor por dor,
o tempo não se dobra,
não se gasta
mar,diz mar,
sem trègua
terra ,diz terra
o homem espera.
E só
seu sino
està ali entre os outros
guardando em seu vazio
um silêncio implacàvel
que se repartirà
quando levanta sua lingua de metal
onda após onda.

De tantas coisas que tive,
andando de joelhos pelo mundo,
aqui,despido
não tenho mais que duro meio-dia
do mar,e um sino.

Eles me dão sua voz para sofrer
e sua advertência para deter-me.
Isto acontece para todo o mundo,
continua o espaço.

E vive o mar;

Existem os sinos.

Pablo Neruda.

segunda-feira, julho 02, 2007 4:48:00 da tarde  

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