Confesso que me encantei com este post, num dia em que estou escrava dum hábito que consiste na atribuição de números à inteligência fantástica dos meninos todos. Remete para coisas que muito me gostam: educação, currículo, filosofia para crianças e outras, efectivamente, significativas. E Neruda... depois de Neruda, só Neruda, nada mais...
O dia não è hora por hora. É dor por dor, o tempo não se dobra, não se gasta mar,diz mar, sem trègua terra ,diz terra o homem espera. E só seu sino està ali entre os outros guardando em seu vazio um silêncio implacàvel que se repartirà quando levanta sua lingua de metal onda após onda.
De tantas coisas que tive, andando de joelhos pelo mundo, aqui,despido não tenho mais que duro meio-dia do mar,e um sino.
Eles me dão sua voz para sofrer e sua advertência para deter-me. Isto acontece para todo o mundo, continua o espaço.
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Confesso que me encantei com este post, num dia em que estou escrava dum hábito que consiste na atribuição de números à inteligência fantástica dos meninos todos. Remete para coisas que muito me gostam: educação, currículo, filosofia para crianças e outras, efectivamente, significativas. E Neruda... depois de Neruda, só Neruda, nada mais...
http://www.paixaoeromance.com.br/poetasfamosos/neruda/neruda_vinte_poemas/07/poema07.htm
O dia não è hora por hora.
É dor por dor,
o tempo não se dobra,
não se gasta
mar,diz mar,
sem trègua
terra ,diz terra
o homem espera.
E só
seu sino
està ali entre os outros
guardando em seu vazio
um silêncio implacàvel
que se repartirà
quando levanta sua lingua de metal
onda após onda.
De tantas coisas que tive,
andando de joelhos pelo mundo,
aqui,despido
não tenho mais que duro meio-dia
do mar,e um sino.
Eles me dão sua voz para sofrer
e sua advertência para deter-me.
Isto acontece para todo o mundo,
continua o espaço.
E vive o mar;
Existem os sinos.
Pablo Neruda.
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