quarta-feira, fevereiro 27, 2008

1220 - um preto em terra de pretos

A bola que entra ou não.
A falta que é ou não.
A equipa que joga ou não.
Um marcador improvável, um resultado imerecido.
Um abraço, um grande abraço pra Daúto, não merecia ter saído da Taça da Liga como saiu, não merecia ter sido eliminado hoje como foi, num e noutro jogo os mesmos protagonistas: Augusto Duarte e sus muchachos...
Já ontem Miguel Sousa Tavares (o que saberá ele que nós não sabemos?) tinha desvalorizado o Estrela da Amadora numa enigmática frase: (...) um incipiente Nuremberga e a seguir o Getafe, uma espécie de Estrela da Amadora de Espanha.
Má sorte de Daúto ser preto no racista futebol indígena, fosse ele americano e seria presidente.
Acredito que no futebol, na fotografia (vale a pena espreitar as outras fotografias de Pedro) e na vida a competência será sempre premiada.
(obviamente seria bem-vindo mais um joguito com o Porto sempre é um adversário mais acessível que o Setúbal)

3 Comments:

Blogger pedro oliveira said...

A esperança é o limite
Experiementarei beber meia duzia de cervejas para ver se, dessa maneira, será possivel colocar em palavras uma descrição minimamente aproximada do que é, neste momento, o futebol do Sporting; ou, pelo menos, vamos lá não exigir muito, arranjar um neologismo que substantive a nova modalidade que o Sporting neste momento está a praticar em Alvalade contra o Estrela da Amadora. Tenho já alguns anos disto e vivi conscientemente os anos oitenta, pelo que não posso dizer que não assisti às épicas lutas pelo terceiro lugar com o Guimarães, o Boavista ou o Beleneses, que a maior parte das vezes perdíamos, diga-se. Mas a verdade é que mesmo na estrondosa época de 88/89, que acabámos com 11 derrotas e a quatro pontos do Boavista, o futebol do Sporting era mau porque era individualista e porque a porta 10 A tinha mais movimento que o IC 19 quando as obras de alargamento estiverem completas. Nessa altura não tínhamos, por assim dizer, falta de esperança: o Damas estava no banco, o João Luis era rápido e era quase tão bom como o Leo, o Venancio era um histórico, o Morato fora um futuro histórico, o Fernando Mendes era potencialmente o que veio a ser, o Silas, quando menos se esperava, podia fazer qualquer coisa, o Mário Jorge, quando menos se esperava, podia fazer qualquer coisa, o Carlos Xavier, quando menos se esperava, podia fazer qualquer coisa, o Oceano era uma máquina e já se via o histórico que ali estava, o Douglas andava de meias nas canelas, o Paulinho Cascavel e o Jorge Plácido podiam, quando mais se esperava, fazer um golo e o Carlos Manuel era a única pessoa que levava o cérebro para dentro do campo. Mesmo nessa época agoniante, aos olhos do sportinguista não faltava o futuro, só o presente: aquilo não corria bem porque uns não sofriam (Douglas, Carlos Xavier, Mário Jorge, Fernando Mendes, Silas) e porque outros não sabiam sofrer (Venancio, Carlos Manuel, Morato, Oceano, Litos, os dirigentes e os adeptos). Isto é: entre o Sporting e a glória só havia um obstáculo, e esse obstáculo era um mero truque, um pormenor, um estilo, nada que tivesse a ver com o futebol propriamente dito, ou pelo menos com o futebol como o Sporting e o sportinguista o concebiam. Estamos muito longe desses tempos aúreos. Isto que aqui estou a ver, com 76 minutos da segunda parte, já não é o Sporting da esperança, do Natal, das putas, das noitadas, da loucura dos três treinadores por época. Não, hoje somos obedientes, aprendemos com o Pinto da Costa: temos estabilidade directiva, um treinador que tem a confiança e o respeito de todos e um plantel estável e respeitador dos ordenados que recebem a horas. A razão porque isto, afinal, não funciona, é que a esperança sportinguista nunca foi uma palavra vazia. O que se está a provar de há três anos a esta parte é que essa esperança existia mesmo, independentemente de todos os Natais; que era, por assim dizer, operativa, mas que até ela precisa de qualquer coisa para além do verde das camisolas (como por exemplo, um bom jogador de futebol ou outro). Golo do Sporting.

http://acausafoimodificada.blogs.sapo.pt/95353.html

maradona (com letra pequena)

Copiei para aqui, pois, o gajo tem a mania de apagar os «posts».
Gostei da palavra: Experiementarei.

quinta-feira, fevereiro 28, 2008 1:09:00 da manhã  
Blogger r said...

Isto deve ser muito importante. Leio quando compreender alguma coisa de futebol.

quinta-feira, fevereiro 28, 2008 9:30:00 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Tem sido mau de mais para ser verdade.

quinta-feira, fevereiro 28, 2008 5:12:00 da tarde  

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