sexta-feira, julho 18, 2008

1443 - undingi mbangu

Porreiro, pá! *
Desde o intelectual de mais alto gabarito, seja Doutor Juiz, Doutor Advogado, Professor Catedratico, o mais importante empresário, músico, artista, compositor, ou o simples cidadão Bakongo, para além de falar a sua língua, apresenta traços indicáveis da sua cultura. Uma identificação impar, única e exclusiva diferente do resto dos Angolanos.
Um certo amigo, disse-me que preferia identificar-se como Mukongo do que como angolano. Edificando-se como angolano, talvez suscitasse duvidas, mas como Mukongo, ninguém teria a capacidade moral de duvidar da sua identidade, seja do Zaire ou de Angola, sentia-se orgulhoso de ter uma identificação própria, sua original, não igualada nem imitada de alguém, apenas deixada pelos seus antepassados.
ver: http://www.pdp-ana.org/ , artigo: Crivação histórico-política 1975/1993 na sexta-feira sangrenta
Por: José Luquissa
José Sócrates Pinto de Sousa não é Mukongo.
José Sócrates Pinto de Sousa renega antepassados e família.
José Sócrates Pinto de Sousa matou, assassinou o Pinto, o de e o Sousa.
José Sócrates. [ponto final].
Um homem que assassina o (seu) passado, dar-se-á bem com assassinos, será submisso e simpático com eles:
* o título foi uma inspiração de Pedro Oliveira (eu) a partir deste dicionário.
A imagem foi uma inspiração de Pedro Oliveira (eu) de um quadro executado por um artista de origem africana [somos todos originários de África, mas 'tá bem, abelha] ou se preferirem duma pintura feita por um preto que linkei ali em cima.

2 Comments:

Blogger Unknown said...

O poeta não faz o poema
O poeta escreve a poesia

As massas
fazem o poema de ouro que não podem escrever
o povo
compõe belos versos que não pode desenhar.

Nos charcos
se faz poema de guerra
nos campos arrasados pelas bombas de fogo
o povo canta um poema
na travessia de um rio
que devora os que não sabem nem podem nadar
os mortos nos legam versos que não podem ler.

O meu poema
não sei escrevê-lo também
não posso escrever o poema que sinto no peito
por serem vários os versos.
São tantos os autores do meu poema
e versos assim
trazem rima doutra inspiração.

Rimam em cada metralha que dispara
rimam no chorar do órfão
rimam nas grutas protectoras do guerrilheiro.

Não sei escrever este poema.

Gostaria de cantar o poema que me bate no coração
mas não posso
porque este é o próprio Povo em armas
e só ele deve continuar
a fazer o poema que eu não posso redigir
nem ele pode ler também!

Os que fazem a História
Nem sempre podem escrevê-la.



Nito Alves (1945-1977) - Angola

sábado, julho 19, 2008 5:10:00 da tarde  
Blogger r said...

anda muito inspirado, Pedro Oliveira (o seu nome artístico).

sábado, julho 19, 2008 7:49:00 da tarde  

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