quarta-feira, agosto 20, 2008

1514 - (maus) sinais

1. o seleccionador/treinador do conjunto de bico calado enquanto os jogadores cantavam a canção anti-ultimatum
2. o seleccionador/treinador do conjunto vestido de preto (como se fosse para um velório)
3. por falar em velório... poder-se-ia ter esperado um minuto em silêncio (
ou não?)
4. o primeiro golo marcado por um defesa da
ilha das ovelhas...
5. o critério para a atribuição da braçadeira. a braçadeira no braço de
J'aquim Silva (em 2002 andava na «passa», em 2008 fez dói-dói no punho) agora é o capitão de Queiroz.

8 Comments:

Anonymous Anónimo said...

maus sinais?
de careca lesionado a ouro olimpíco...
bandeira içada e hino cantando...

«Eu não pertenço a nenhuma das gerações revolucionárias. Eu pertenço a uma geração
construtiva.

Eu sou um poeta português que ama a sua pátria. Eu tenho a idolatria da minha
profissão e peso-a. Eu resolvo com a minha existência o significado actual da palavra
poeta com toda a intensidade do privilégio.
Eu tenho vinte e dois anos fortes de saúde e de inteligência.

Eu sou o resultado consciente da minha própria experiência: a experiência do que
nasceu completo e aproveitou todas as vantagens dos atavismos. A experiência e a
precocidade do meu organismo transbordante. A experiência daquele que tem vivido toda a intensidade de todos os instantes da sua própria viva. A experiência daquele que
assistindo ao desenrolar sensacional da própria personalidade deduz a apoteose do
homem completo.

Eu sou aquele que se espanta da própria personalidade e creio-me portanto, como
português, com o direito de exigir uma pátria que me mereça. Isto quer dizer: eu sou
português e quero portanto que Portugal seja a minha pátria.

Eu não tenho culpa nenhuma de ser português, mas sinto a força para não ter, como vós
outros, a cobardia de deixar apodrecer a pátria.

Nós vivemos numa pátria onde a tentativa democrática se compromete quotidianamente. A missão da República portuguesa já estava cumprida desde antes de 5 de Outubro: mostrar a decadência da raça. Foi sem dúvida a República portuguesa que provou conscientemente a todos os cérebros a ruína da nossa raça, mas o dever revolucionário da República portuguesa teve o seu limite na impotência da criação.

Hoje é a geração portuguesa do século XX quem dispõe de toda a força criadora e
construtiva para o nascimento de uma nova pátria inteiramente portuguesa e
inteiramente actual prescindindo em absoluto de todas as épocas precedentes.

Vós, oh portugueses da minha geração, nascidos como eu no ventre da sensibilidade
européia do século XX criai a pátria portuguesa do século XX.

Resolvei em pátria portuguesa o genial optimismo das vossas juventudes. Dispensai os velhos que vos aconselham para o vosso bem e atirai-vos independentes prà sublime brutalidade da vida. Criai a vossa experiência e sereis os maiores.

Ide buscar na guerra da Europa toda a força da nossa nova pátria. No front está
concentrada toda a Europa, portanto a Civilização actual.

A guerra serve para mostrar os fortes mas salva os fracos.

A guerra não é apenas a data histórica de uma nacionalidade; a guerra resolve
plenamente toda a expressão da vida. A guerra é a grande experiência.

A guerra intensifica os instintos e as vontades e faz o Génio plo contraste dos
incompletos.

É na guerra que se acordam as qualidades e que os privilegiados se ultrapassam. E na
violência das batalhas da vida e das batalhas das nações que se perde o medo do perigo e o medo da morte em que fomos erradamente iniciados. A vida pessoal, mesmo até a própria vida do Génio, não tem a importância que lhe dão os velhos; são instantes mais ou menos luminosos da vida da humanidade. Todo aquele que conhece o momento
sublime do perigo tem a concepção exacta do ser completo e colabora na emancipação
universal porque intensifica todas as suas mais robustas qualidades na iminência da
explosão. E na nossa sensibilidade actual tudo o que não for explosão não existe. É
mesmo absolutamente necessário prolongar esse momento de perigo até durar
intensamente a própria vida. Todo aquele que se isolar desta noção não pode logicamente viver a sua época: é um resto de séculos apagados, atavismo inútil, e no seu máximo de interesse representa quando muito, a memória de uma necessidade animal de dois indivíduos e ... basta.

A guerra é o ultra-realismo positivo. É a guerra que destrói todas as fórmulas das velhas civilizações cantando a vitória do cérebro sobre todas as nuances sentimentais do coração.

É a guerra que acorda todo o espírito de criação e de construção assassinando todo o
sentimentalismo saudosista e regressivo.
É a guerra que apaga todos os ideais românticos e outras fórmulas literárias ensinando que a única alegria é a vida.

É a guerra que restitui às raças toda a virilidade apagada pelas masturbações raffinées das velhas civilizações.
É a guerra que liquida a diplomacia e arruína todas as proporções do valor académico, todas as convenções de arte e de sociedade explicando toda a miséria que havia por debaixo.

É a guerra que desclassifica os direitos e os códigos ensinado que a única justiça é a
Força, é a Inteligência, e a Sorte dos arrojados.

É a guerra que desloca o cérebro do limite doméstico prà concepção do Mundo, portanto da Humanidade.

A guerra cobre de ridículo a palavra sacrifício transformando o dever em instinto.

É a guerra que proclama a pátria como a maior ambição do homem. É a guerra que faz
ouvir ao mundo inteiro plo aço dos canhões o nosso orgulho de Europeus.

Enfim: a guerra é a grande experiência. Contra o que toda a gente pensa a guerra é a
melhor das selecções porque os mortos são suprimidos plo destino, aqueles a quem a
sorte não elegeu, enquanto que os que voltam têm a grandeza dos vencedores e a
contemplação da sorte que é a maior das forças e o mais belo dos optimismos. Voltar da guerra, ainda que a própria pátria seja vencida, é a Grande Vitória que há-de salvar a Humanidade.

A guerra por razões de número e de tempo, acaba com todo o sentimento de saudade
para com os mortos fazendo em troca o elogio dos vivos e condecorando-lhes a Sorte.

A guerra serve para mostrar os fortes e salvar os fracos. Na guerra os fortes progridem e os fracos alcançam os fortes.
Portugal é um país de fracos. Portugal é um país decadente:

1 – Porque a indiferença absorveu o patriotismo.

2 – Porque aos não indiferentes interessa mais a política dos partidos do que a própria
expressão da pátria, e sucede sempre que a expressão da pátria é explorada em favor da
opinião pública. Não é o sentimentalismo desta exploração o que eu quero evidenciar.
Eu quero muito simplesmente dizer que os interesses dos partidos prejudicam sempre o
interesse comum da pátria. Ainda por outras palavras: a condição menos necessária para
a força de uma nação é o ideal político.

3 – Porque os poetas portugueses só cantam a tradição histórica e não a sabem distinguir
da tradição-pátria. Isto é: os poetas portugueses têm a inspiração na história e são portanto absolutamente insensíveis às expressões do heroísmo moderno. Donde resulta
toda a impotência prà criação do novo sentido da pátria.

4 – Porque o sentimento-síntese do povo português é a saudade e a saudade é uma
nostalgia mórbida dos temperamentos esgotados e doentes. O fado, manifestação
popular da arte nacional, traduz apenas esse sentimento-síntese. A saudade prejudica a
raça tanto no seu sentido atávico porque é decadência, como pelo seu sentido adquirido
definha e estiola.

5 – Porque Portugal não tem ódios, e uma raça sem ódios é uma raça desvirilizada
porque sendo o ódio o mais humano dos sentimentos é ao mesmo tempo uma
consequência do domínio da vontade, portanto uma virtude consciente. O ódio é um resultado da fé e sem fé não há força. A fé, no seu grande significado, é o limite
consciente e premeditado daquele que dispõe duma razão. Fora desse limite existe o
inimigo, isto é, aquele que dispõe de outra razão.

6 – Porque a constituição da família portuguesa não obedecendo, unânime ou
separadamente a nenhum princípio de fé é o nosso descrédito de nação da Europa.
Desde a educação familiar até depois da educação oficial inclusive o casamento a
desordem faz-se progressivamente até à putrefacção nacional. E tudo tem origem na
inconsciência com que cada um existe: em Portugal toda a gente é pai pela mesma razão
porque falta à repartição. Do estado de solteiro para o estado de casado dá-se
exclusivamente, na nossa terra, uma mudança de hábitos.

Em Portugal educar tem um sentido diferente; em Portugal educar significa burocratizar. Exemplo: Coimbra. Mas na maioria o português é analfabeto e em geral é ignorante; na unanimidade o português é impostor, prova evidente de deficientíssimo.

7 – Porque a desnacionalização entre nós é uma verdade, e pior ainda, sem energias que
a inutilizem nem tentativas que a detenham:
a) O português com todas as suas qualidades de poliglota desnacionaliza-se imediatamente fora da pátria, e até na própria pátria, porque (com o nosso desastre do analfabetismo) a nossa literatura resume-se em meia dúzia de bem intencionados académicos cuja obra, não satisfazendo ambições mais arrojadas, obriga a recorrer às literaturas estrangeiras.

Resultado: ainda nenhum português
realizou o verdadeiro valor da língua portuguesa.

b) O português educado sem o sentimento da pátria e acostumado à desordem dos
governos criou por si a compensação inútil de dizer mal dos governos e nem poupou a pátria. Estabeleceu-se até, elegantemente, como prova de inteligência ou de ter viajado dizer mal da pátria. Isto deixa de ser decadência para ser impotência física e sexual.

c) O português assimila de preferência todas as variedades de importação e em descrédito das próprias maravilhas regionalistas; o comércio e a indústria têm quase sempre de se mascararem de estrangeiros para serem eficazmente rendosos. É porque todas essas variedades da importação cumprem mais
exactamente as exigências dos mercados do que os nossos comércios e indústrias regionalistas. Estas não satisfazem nem as necessidades nem as transformações sucessivas das sociedades, enquanto que a importação aparece sempre como uma surpresa e, sobretudo, obedecendo a todas as condições do que é útil, prático, actual e necessário. De modo que nem chega a haver luta – a importação entra logo com o rótulo de vitória.

8 – Porque Portugal quando não é um país de vadios é um país de amadores. A fé da
profissão, isto é, o segredo do triunfo dos povos, é absolutamente alheio ao organismo
português do que resulta esta contínua atmosfera de tédio que transborda de qualquer
resignação. Também o português não sente a necessidade da arte como não sente a
necessidade de lavar os pés.

E a Literatura com todo o seu gramatical piegas e salista, diverte mais as visitas do que a necessidade de não ser ignorante. Daqui a miséria moral que transparece em todas as manifestações da vida nacional e em todos os aspectos da vida particular.

9 – Porque Portugal a dormir desde Camões ainda não sabe o novo significado das
palavras. Exemplo: pátria hoje em dia quer dizer o equilíbrio dos interesses comerciais,
industriais e artísticos. Em Portugal este equilíbrio não existe porque o comércio, a
indústria e a arte não só não se relacionam como até se isolam por completo receosos da
desordem dos governos. A palavra aventura perdeu todo o seu sentido romântico, e
ganhou em valor afectivo. Aventura hoje em dia, quer dizer: O Mérito de tentativa
industrial, comercial ou artística.

10 – Porque o aspecto geral dos tipos exala um extertor a podre. Portugal, uma resultante de todas as raças do mundo, nunca conseguiu a vantagem de um cruzamento útil porque as raças belas isolaram-se por completo. Exemplo: as varinas.

O português, como os decadentes, só conhece os sentimentos passivos: a resignação, o
fatalismo, a indolência, o medo do perigo, o servilismo, a timidez, e até a inversão.
Quando é viril manifesta-se instintivamente animal a par do seu analfabetismo
primitivamente anti-higiénico.

É preciso criar a adoração dos músculos contra o desfilar faminto e debilitado das
instruções militares preparatórias números 1 a 50.

É preciso criar o espírito da aventura contra o sentimentalismo literário dos passadistas.

É preciso criar as aptidões pró heroísmo moderno: o heroísmo quotidiano.

É preciso destruir este nosso atavismo alcoólico e sebastianista de beira-mar.

É preciso destruir sistematicamente todo o espírito pessimista proveniente das
inevitáveis desilusões das velhas civilizações do sentimentalismo.

É preciso educar a mulher portuguesa na sua verdadeira missão de fêmea para fazer
homens.

É preciso saber que sois Europeus e Europeus do século XX.

É preciso criar e desenvolver a actividade cosmopolita das nossas cidades e dos nossos
portos.

É absolutamente necessário resolver o maravilhoso citadino da nossa capital até ser a maior ambição dos nossos dialectos e das nossas províncias.

É preciso explicar à nossa gente o que é democracia para que não torne a cair em
tentação.

É preciso violentar todo o sentimento de igualdade que sob o aspecto de justiça ideal
tem paralisado tantas vontades e tantos génios, e que aparentando salvaguardar a
liberdade, é a maior das injustiças e a pior das tiranias.

É preciso ter a consciência exacta da Actualidade.

É preciso substituir na admiração e no exemplo os velhos nomes de Camões, de Vítor
Hugo, e de Dante pelos Génios de Invenção: Edison, Marinetti, Pasteur, Elchriet,
Marconi, Picasso, e o padre português, Gomes de Himalaia.

FINALMENTE: é preciso criar a pátria portuguesa do século XX.

DIGO SEGUNDA VEZ: é preciso criar a pátria portuguesa do século XX.

DIGO TERCEIRA VEZ: é preciso criar a pátria portuguesa do século XX.

Para criar a pátria portuguesa do século XX não são necessárias fórmulas nem teorias; existe apenas uma imposição urgente: Se sois homens sede Homens, se sois mulheres sede Mulheres da vossa época.

Vós, ó portugueses da minha geração, que, como eu, não tendes culpa nenhuma de
serdes portugueses.

Insultai o perigo.

Atirai-vos prà glória da aventura.

Desejai o record.

Dispensai as pacíficas e coxas recompensas da longevidade.

Divinizai o Orgulho.

Rezai a Luxúria.

Fazei predominar os sentimentos fortes sobre os agradáveis.

Tende a arrogância dos sãos e dos completos.
Fazei a apologia da Força e da Inteligência.
Fazei despertar o cérebro espontaneamente genial da Raça Latina.

Tentai vós mesmos o Homem Definitivo.

Abandonai os políticos de todas as opiniões: o patriotismo condicional degenera e suja; o patriotismo desinteressado glorifica e lava.
Fazei a apoteose dos Vencedores, seja qual for o sentido, basta que sejam Vencedores. Ajudai a morrer os vencidos.

Gritai nas razões das vossas existências que tendes direito a uma pátria civilizada.
Aproveitai sobretudo este momento único em que a guerra da Europa vos convida a entrardes prà Civilização.

O povo completo será aquele que tiver reunido no seu máximo todas as qualidades
e todos os defeitos. Coragem, Portugueses, só vos faltam as qualidades.

Lisboa, Dezembro de 1917.»

http://www.compromissoportugal.pt/?id_categoria=56&id_item=749

quinta-feira, agosto 21, 2008 4:20:00 da tarde  
Blogger pedro oliveira said...

Anónimo, que rico exemplo...
Esse tal Almada Negreiros não era um gajo que queria assassinar um intelectual porque não gostava da forma e do conteúdo?
Morra o Dantas, pim...

quinta-feira, agosto 21, 2008 5:57:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

«...
Portugal que com todos estes senhores conseguiu a classificação do país mas atrasado da Europa e de todo o Mundo! O país mais selvagem de todas as Áfricas! O exílio dos degredados e dos indiferentes! A África reclusa dos europeus! O entulho das desvantagens e dos sobejos!
Portugal inteiro há-de abrir os olhos um dia - se é que a sua cegueira não é incurável e então gritará comigo, a meu lado, a necessidade que Portugal tem de ser qualquer coisa de asseado!

Morra o Dantas, morra! Pim!»

http://www.triplov.com/almada_negreiros/anti_dantas.htm

Pim! Morra!

quinta-feira, agosto 21, 2008 7:20:00 da tarde  
Blogger pedro oliveira said...

Pim Pam Pum, cada bala mata um
Lá em cima do Huambo
Tem um copo com veneno
Quem bebeu morreu
Quiribi, Quiribi macaco
Macaco quer é boa

Ei cota Silva o rapaz
Até nem tem a culpa
Tem pai que é retornado
Tem pai que é refugiado

Ilegal disfarçadamente ilegal
Ilegal disfarçadamente ilegal

Fazem reuniões
Fazem debates

Adis-Abeba
Lusaka, Lusaka
Cambas da luz e do dia
Não pertencemos nem à noite
Nem à escuridão

Póu, Póu, Póu
Póu, Póu, Póu

Dançam no Huambo
Andanças de guerra
Bombardeiam sem parar
Sou um escravo fugitivo
A minha alma está no meio
O filho do homem negativo
Ei cota Silva legaliza
A situação do rapaz
Filho do homem negativo

http://cotonete.clix.pt/quiosque/artistas/song_home.aspx?id=7084

quinta-feira, agosto 21, 2008 7:25:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

legalizou.
Pum...
http://mary90.com.sapo.pt/brinde.gif

quinta-feira, agosto 21, 2008 8:36:00 da tarde  
Blogger r said...

Ui!
metidos em drogas legais

sexta-feira, agosto 22, 2008 5:04:00 da tarde  
Blogger pedro oliveira said...

... e em comentários ilegais.
Porque será que «anónimo» umas vezes assina outras não?

sexta-feira, agosto 22, 2008 10:59:00 da tarde  
Blogger r said...

Boa noite
meu caro amigo
sobre o anonimato nada sei, ainda assim, creia:
para um bom entendedor, meia palavra basta.
Pum!

sexta-feira, agosto 22, 2008 11:26:00 da tarde  

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