quinta-feira, setembro 18, 2008

1666 - dislexia correctiva

Imagine que tem uma filha disléxica, imagine que a sua filha devido a esse problema não consegue responder, correctamente, às perguntas, imagine que a sua filha obteve nos exames a classificação de 9,8 e de 11,6.
Imagine que é professora na escola onde a sua filha obteve aquelas classificações, imagine que pede recurso, imagine que depois do recurso as notas passaram para: 18,9 e 19.
Pode parar de imaginar.

5 Comments:

Blogger r said...

para muitas pessoas é chique ser disléxico.
muitas pessoas,falam sobre a dislexia como se fosse uma banalidade.
muitas pessoas, não sabem o que é a dislexia.
há quem considere as dislexias uma espécie de genialidade, acontece que, todo o sistema educativo está concebido para cérebros não dislexicos.
sobre o tema do post, talvez opine mais logo.

quinta-feira, setembro 18, 2008 11:17:00 da manhã  
Blogger Unknown said...

Muitos gênios da humanidade são tidos como disléxicos: Agatha Christie, Albert Einstein, Auguste Rodin, Charles Darwin, Hans Christian Anderson, Leonardo da Vinci, Lewis Carroll, Mark Twain, Michelangelo, Picasso, Rafael, Francis Bacon, Thomas A. Edison, Vincent Van Gogh, Walt Disney, William Butler Yeats. Não há provas, ninguém pôde estudá-los cientificamente. Mas é um belo consolo, diria mesmo que é um formidável estímulo.

quinta-feira, setembro 18, 2008 7:15:00 da tarde  
Blogger pedro oliveira said...

1. Aguardemos então...

2. «A desconfiança dos pais é ainda reforçada pelo facto de a mãe da aluna em causa ser docente naquele estabelecimento de ensino e, segundo alegam, "há cerca de três anos" ter acontecido "o mesmo com outro filho que agora até está na universidade a cursar Medicina".

Ao que o JN apurou, em causa não está apenas uma simples reavaliação dos exames mas também um hipotético atestado médico que indica que a jovem poderá sofrer de dislexia e que a leva a não responder acertadamente às questões que na sua maioria são de escolha múltipla.»

A notícia não é esclarecedora.
Os exames obedecem a critérios de correcção muito rigorosos.
É impossível que um 9.8 dê origem a um 18.9 e que um 11.6 dê origem a um 19.
Alguém corrigiu mal os testes de acordo com os rigorosos critérios de correcção.
Escolha múltipla, ok.
A miúda tem quatro hipóteses e «engana-se» sabe a resposta mas marca incorrectamente no exame.
Eis uma situação que deveria ter sido salvaguardada antes, esta situação não se resolve com o recurso, resolver-se-ia com um outro exame que não contemplasse perguntas de escolha múltipla.
E o irmão?
O que se passou com o irmão?
Testes normais e que depois de recurso (com oportuno atestado médico) tiveram mais 9 valores?
Neste «post» não pretendo estigmatizar as pessoas que possuem dislexia, provavelmente, os verdadeiros disléxicos não batotizam.

quinta-feira, setembro 18, 2008 7:35:00 da tarde  
Blogger r said...

Pedro, disse tudo (forma de expressão) o que havia a dizer, principalmente: «a notícia não é esclarecedora». A maioria das not+icias, desta natureza, nunca são esclarecedoras.

Gostaria apenas de sugerir uma reflexão sobre as questões de escolha múltipla. Sendo que, já leccionei Psicologia no 12º ano e, essas questões, surgem no exame nacional, fiz testes escritos usando o exame como modelo de questionamento. São muito complexas de se construírem. Bastante, acredite. Basta consultar no GAVE os exames. Quer dizer, um grupo de perguntas de escolha múltipla bem feito, dá muito trabalho a construir(fazer, pensar) e, outro tanto, a responder.

Em Filosofia, por mais estranho que lhe possa parecer, também se podem fazer perguntas dessa natureza. Pessoalmente, tenho grande dificuldade em fazê-las bem feitas, para não induzir em erro.

Em suma: A escolha múltipla é uma possibilidade, um modelo de questionar, bem mais complexo do que, à primeira vista, possa parecer.

Não avalio a notícia, por ser, como disse, pouco esclarecedora, mas uma alteração daquelas na classificação, só a aceito por dislexia do Professor Corrector (ou será corretor?) ou engano a transcrever a classificação - inaceitável, óbvio-. Já fui correctora de exames nacionais e, também, já o fui de Provas de Exame nacional em revisão. Para não haver dúvidas, o processo é sempre anónimo. Anonimato do estudante e do primeiro corrector, no caso das Provas irem a revisão.

Há muitos meninos e meninas com dislexia no sistema educativo. A muitos, esse mesmo sistema, destrói-lhes a auto-estima, o amor próprio. A outros não...

quinta-feira, setembro 18, 2008 9:48:00 da tarde  
Blogger r said...

«indica que a jovem poderá sofrer de dislexia»

Os jornalistas que nós temos, deviam informar-se, estudar os assuntos, antes de os abordarem. A dislexia não é uma doença! Ninguém sofre e/ou padece de dislexia. É-se disléxico.

sexta-feira, setembro 19, 2008 7:38:00 da tarde  

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