sábado, agosto 29, 2009

2206 - ai cais, cais

A primeira cena de Real Violência Doméstica que deu origem ao nome de uma cidade portuguesa aconteceu em 1147 já Dom Afonso Henriques tinha dado uns açoites na mãe, e acabado de conquistar Lisboa aos mouros com aquela cena marada do Martim Moniz se espalmar no portão do castelo de São Jorge impedindo o seu fecho, em troca da própria vida!
Postos os Mouros a milhas, Dom Afonso Henriques resolveu passar umas mini férias do género “lua-de-mel” atrasada, com a sua amada Dona Mafalda, filha do Conde Amadeu II de Sabóia, com a qual tinha contraído matrimónio um ano antes, em 1146.
Passeavam então tranquilamente, Rei e Rainha pelas areias desertas de uma praia perto de Lisboa, vigiados por escudeiros e outros leais cavaleiros, quando de súbito, uma onda mais atrevida molhou os calcantes à Rainha Dona Mafalda...
Esta, instintivamente arregaçou ao de leve o seu longo vestido para não o molhar... deixando desnudados e expostos os seus reais artelhos...
O Rei, desagradado ao assistir a tão ousada cena, levantou sua pesada mão, desferindo-lhe tamanho estaladão, exclamando:
"-Tomai lá que já almoçastes!"
A Rainha indignada com tanta incompreensão e tão poderoso sentimento de posse do seu Real esposo, questionou-o:
"-Senhor, meu Rei, porque meCascais??"
Agora a verdadeira história:
O nome da vila de Cascais resulta não dum acto de violência doméstica mas sim dum acto de amor.
Estamos em 1147, D. Afonso Henriques já resolvera as suas divergências com a mãe, Lisboa fora conquistada aos cidadãos do lado de lá do Mediterrâneo, destacara-se Martim.
Afonso contornou o Terreiro do Paço (que estava em obras) e cavalgou com a sua amada Mafalda em direcção a uma baía frequentada por delfins.
Chegaram, finalmente, cansados mas felizes.
Amarraram as montadas a uns salgueiros que então ali existiam.
Afonso com armadura, abraçou-a.
Mafalda sorriu e disse baixinho: que inferno!
Afonso continuava a conquista... estavam quase na boca do inferno.
Ouviam-se risos, suspiros e um forte guincho.
Mafalda, de repente (não mais que de repente) levanta-se.
Mafalda erguida, Afonso deitado, olhavam-se nos olhos e sorriam.
Cai, pediu-lhe Afonso, segurando-lhe nas delicadas mãos.
Não caio, diz ela, com ar arisco.
Ai cais, cais...
El-Rei suspira, a conquistada deixara-se conquistar...
Nota: Ainda hoje em memória deste episódio existe a vila de Cascais, a Boca do Inferno e o Guincho.
A primeira parte do texto é o extracto dum comentário aqui; a imagem é um pormenor duma fotografia publicada aqui.

5 Comments:

Blogger Unknown said...

boa noite camarada,estou de volta .

Abraço

sábado, agosto 29, 2009 10:05:00 da tarde  
Blogger pedro oliveira said...

Um grande abraço, camarada.
Espero que as férias tenham sido boas.
Por cá... vamos andando, com um pé à frente do outro e a cabeça entre as orelhas.

sábado, agosto 29, 2009 10:33:00 da tarde  
Blogger O Cidadão abt said...

Pois é, caro Santamargarida, pelos vistos já o nosso primeiro Rei do Condado Portucalense era um ganda maluco!
Então veja só as promiscuidades a que se propunha com a nossa Rainha Dona Mafalda, em pleno areal da via pública!

O depravado!

Castanhada na mãe D. Teresa de Leão??? e depois isto!

Ainda dizem que os jovens de hoje é que praticam poucas-vergonhas!!!

Como o elmo provávelmente se encontrava esquartejado pelas espadeiradas da moirama, ao caso em nada protegeu Dona Mafalda e...

Tumba!

Passados nove meses lá deu à luz Dom Henrique Afonso de Portugal, mas como a saúde do rapazola era pouca, faleceu ainda criança, seguisse a Dona Mafalda de Portugal, D. Urraca Afonso de Portugal, D. Sancha de Portugal, e como as meninas daqueles tempos pelos vistos só tinham as funções de amar e procriar, a pasta do Condado foi entregue ao mano Dom Sancho I de cognome "o povoador" pois arranjou bué de descendência... Da esposa Dulce de Barcelona, onze descendentes; De Maria Aires de Fornelos, dois rebentos; De Maria Pais Ribeiro, seis exemplares...
Também o elmo deixou que Dom Afonso Henriques não se protegesse, concebendo D. João de Portugal e D. Teresa de Portugal que foi entreter-se para Ourém!
Com elmo ou sem ele, meteu-se com a Elvira Gálter de quem arrebatou a D. Urraca Afonso que foi tomar conta dos moliceiros.
Durante as suas cavalgadas ainda desencantou um D. Fernando Afonso, um D. Pedro Afonso e uma D. Teresa Afonso não se sabe bem de que mãe!

Era praticar o amor por todo o lado!
Quem disse que o nosso primeiro Rei era um beligerante?

Nem por sombras!

É que caíam mesmo todas!

Eram os então "Afonsinhos do Condado"!

Ainda falam do rei da pop... o tal de Michael Jackson!!!
Bad! Bad! Bad!

domingo, agosto 30, 2009 6:53:00 da tarde  
Blogger RL said...

Cada vez está mais na moda, reemistura-se imortais e pimba, êxito garantido. A Amália, o Zeca, Fausto, Sérgio, eu sei lá,... até as Doce não escaparam.
Na Aula Magna ao celebrar Zeca os Afonsinhos cantaram (muito a propósito), "O que faz falta".
Também o seu comentário é uma 'ganda malha!', oh cidadão.
Até o Gimba agarraria a ideia; aposto!
RL

domingo, agosto 30, 2009 11:05:00 da tarde  
Anonymous José Afonso Sócrates said...

Ena tanto bebé!
‘Tou lixado.
A 40 contos cada um…
…é só fazer as contas.

segunda-feira, agosto 31, 2009 12:20:00 da manhã  

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