domingo, janeiro 23, 2011

0021/2011 - o trabalho enquanto possibilidade conceptual e formal

o trabalho feminino é zero, vale zero.
foi o que a campanha republicana nos disse.
para os republicanos, a república é uma mulher com as mamas de fora (ver a capa do diário de notícias de hoje) onde os homens chupam.
não gosto de chupistas.
gosto do trabalho de angela.
uma galega (vai trabalhar galega).
trabalhadora.
que nos descontrói as certezas, em sublime arte, sabiamente, (des)construída.
como disse miguel wandschneider: no trabalho de Angela de la Cruz está evidentemente uma posição ideológica que se dirige, não contra a pintura em si, mas contra os valores que ainda hoje lhe outorgam um estatuto priveligiado, contra a autoridade e a solenidade de que ainda hoje ela está investida (...) a artista conseguiu reconciliar um léxico formal herdado da tradição modernista da obra de arte como coisa autónoma, referida a si própria, e a relação heterónoma da obra com a vida real.

9 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Poderá V.Excelência dizer que predominância tiveram as mulheres na monarquia portuguesa, excluindo claro algumas poucas rainhas que tiveram que assumir o trono em momentos específicos (de santas também não tinham nada, mas quem falasse em adultério ficava sen cabeça)? Poderá também dizer que prodominância têm as mulheres na monarquia mundial? Mesmo assim onde as mulheres têm mais direitos e são vistas como mais um elo da cadeia produtiva em igualdade de condições, é nos estados Républicanos e Federalistas, porquê então esse trauma com as Républicas? O blog é seu (já fez questão de o frisar mais que uma vez), mas a diferença entre ser um espaço interessante de discussão e um monólogo de opinião facciosa, cifra-se neste vazio de palavras, nesta ausência pertubadora de opiniões divergentes.
O Camelo que bebe no Açude

domingo, janeiro 23, 2011 8:01:00 da tarde  
Blogger pedro oliveira said...

Caro Camelo,

Começo com um conselho: bebe, pá.
Os camelos conseguem viver cerca de duas a três semanas sem beberem.
Em vez do açude, tens, só na Aldeia, o Jorge [Zangarilho], o Pedro [MJ], o Marco [Paris, ou lá como é que aquilo se chama agora] e o Zé Pássaro.
Bebe, pá, não sejas camelo.
Bem, camelo, respondendo às tuas perguntas, tivemos, em monarquia duas chefes de Estado:
- Dona Maria I
- Dona Maria II
Tivemos, também, muitas mulheres que em monarquia se destacaram pelo seu elavado sentido de pertença a um povo, a uma pátria, a uma certa ideia de felicidade:
- Padeira de Aljubarrota
- Maria da Fonte
Dá-me lá nomes para a troca, pá, camelo, a Júlia Amorim, não?

domingo, janeiro 23, 2011 8:32:00 da tarde  
Blogger pedro oliveira said...

onde se lê: elavado; leia-se: elevado
elavado não estava mal, considerando que dialogava com um camelo.

domingo, janeiro 23, 2011 8:34:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Caríssimo colega, vejo que elevamos a nosso diálogo e por acréscimo, o barómetro das audiências regista um subida acentuada. Mas a troca não é passível de comparações, deste-me dois nomes de sangue azul e dois que não podem contar para essas contas (em termos de honra não encontro diferenças, na defesa da identidade nacional, a balança desiquilibra-se claramente para as segundas)), pois ralé não rima com burguesia e não menciones nomes contemporâneos da nossa praça de forma depreciativa, que por acaso goste-se ou não, até é uma pessoa coerente e muito válida. Deixo mais uma questão: Achas que as ditas Sras. seriam felizes à época, achas que viviam numa luxúria principesca para se considerarem felizes?
Cumprimentos camelídeos
O Camelo do Deserto, primo do anterior

domingo, janeiro 23, 2011 9:13:00 da tarde  
Blogger pedro oliveira said...

«e não menciones nomes contemporâneos da nossa praça de forma depreciativa, que por acaso goste-se ou não, até é uma pessoa coerente e muito válida»

Se procurares no arquivo deste «blog» encontras uma atitude coerente, válida mas não digna da referida senhora, procura em: caracóis.
Quanto à tua camilídea questão, o que é a felicidade?
Para mim a felicididade é acordar de manhã e saber que o meu carro está pago, a minha casa está paga, todas as mariquices que me rodeiam (telemóveis, computadores, televisões, máquinas fotográficas, livros, etc e tal) estão pagas, para mim, felicidade é acordar num novo dia sem dívidas e para ti?

domingo, janeiro 23, 2011 9:49:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Já não posso dizer o mesmo, sou pois mais um infeliz português. Dirás por certo para ser mais poupado, mais rigoroso nas minhas contas e investimentos. Fazes ideia de quantos portugueses podem gabar-se dessa privilegiada posição? Acredito que se o meu mister fosse mais compensador monetáriamente e fosse merecedor de outras mordomías, ombrearia contigo e se calhar, terias na minha pessoa um acérrimo defensor das cores azul e branco (nada de futebóis). Nem todos podem ser doutores, professores, engenheiros, arquitectos, politicos, a mim calhou-me a pá e pica (também é preciso), é a vida.
Camelo da Antártida

domingo, janeiro 23, 2011 10:11:00 da tarde  
Blogger pedro oliveira said...

Caro Camelo da Antártida,

Camelo da Antártida e não na «Antártida» se não estavas fod***, caro camelo, apesar de tudo.
Quase tudo nesta vida resulta das escolhas que fazemos.
Tenho quarenta e dois anos, quase quarenta e três.
O dia em que fiz dezanove anos, foi dos dias mais fod**** da minha vida, passei-o em Mafra, com botas calçadas, com uma G3 às costas, sem sorrisos, sem mensagens (não existiam telemóveis) sem paneleirices.
Eu e a minha circunstância.
Eu e o seviço militar obrigatório.
Eu e a antecipação do serviço militar obrigatório.
Não me fo**m com teorias manhosas.
Completei o 12.º ano sem chumbar, sem ficar retido, nenhum ano.
Completei um curso universitário, uma licenciatura, de quatro anos, numa universidade estatal, sem abracinhos, nem beijinhos, da senhora câmara municipal de constância, portanto, não me fo***.
Tu, o teu rabo de camelo e alguns dos teus familiares, talvez, estejam presos nessa teia... tem atenção.
Caro Camelo, vai até ao «Sobe e Desce» em Constância Sul, pergunta pelo Tó-Zé, fala-lhe no Zé Pedro que trabalhou com ele em Tramagal,a carregar peças para montar carrinhas e camiões; atravessa o Tejo e vai à câmara de Constância, pergunta pelo desenhador Zé Manel, fala-lhe do Zé Pedro que no tempo do vereador Carlos Manique traçou (ajudou a traçar) com lápis e tenacidade o retrato sócio-económico do concelho de Constância (infelizmente esse trabalho sério e profundo, mais tarde seria usado para se perpetuarem no poder).
Pergunta...
Informa-te sobre pessoas que fazem um trabalho sério e não remunerado...
Talvez um dia, caias em ti e digas o óbvio:
- Perdão, Pedro.
(estás perdoado, filho; vai... e não tornes a pecar)

domingo, janeiro 23, 2011 10:46:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Oh prezado colega, não individualizes e não tentes sequer colocar-te no papel de «adivinhador» ou caçador de bruxas (o camelo orginal é teu amigo, da tua estirpe, da tua igualha, eu sou só um reles abusador de pseudónimos) e muito menos no papel de vítima. Apesar de todas as tropelias por que tenhas passado (acredito que muitas), foste um privilegiado da sociedade da altura (não o digo desdenhosamente, sorte a tua), porque já nessa época muitos tiveram que deixar de estudar para ajudar ao sustento da família. Mais, o concelho de Constância não é assim tão grande que permita e premeie muitos bolsistas, mesmo que «afilhados» do partido, coisa que infelizmente todos os quadrantes politicos incorrem desde que estejam no poleiro. Repara que eu não te tiro o mérito por aquilo que alcançaste, pena é que nem todos pudessem pelas mais variadas razões, atingir os mesmos intentos. A nossa sociedade era mais justa se todos fossem felizes (não tivessem dividas como tu e pudessem usufruir da vida), mas essa não é a realidade e nunca será, pois a vida é madrasta a muito boa gente. A sorte procura-se sem duvida, mas isso só por si não é sinónimo que a encontremos, certo?
Já notaste para onde descambou a conversa? Eu simplesmente respondi ao que ostensivamente apresentaste como óbvio e aqui estou a ser agredido verbalmente sem dó nem piedade, mas tal como tu, eu perdoo-te, pois no fundo não és mau rapaz (não te tenho como tal).

segunda-feira, janeiro 24, 2011 12:36:00 da manhã  
Blogger pedro oliveira said...

Caros Camelos,

Reconheço que ontem me excedi nos comentários, peço desculpa, a minha disposição não era (nem podia ser) a melhor, após ter constatado que o candidato de Boliqueime foi o mais votado no concelho de Constância e que o Coelho madeirense obteve no nosso concelho a mais alta percentagem de votação no distrito de Santarém.
Desculpem qualquer coisinha, portanto.

segunda-feira, janeiro 24, 2011 6:12:00 da tarde  

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