domingo, maio 15, 2011

0091/2011 - as pintelhecices de catroga, um gajo de são meguél do rio torto

às vezes seria bom que nos conseguíssemos reduzir à nossa insignificância.
os catroga são de são miguel do rio torto, uma pequena, grande aldeia, dum grande, pequeno concelho... abrantes.
eduardo, o mais velho (e cito) Fez os estudos primários na Escola Primária de S. Miguel do Rio Torto, tendo sido aluno da Professora Maria Virgínia. Posteriormente, frequentou a então Escola Industrial e Comercial de Abrantes (EICA). Terminados os estudos na referida escola rumou a Lisboa para estudar Economia no Instituto Superior de Economia e Finanças, tendo terminado o Curso em 1966 com a classificação mais elevada, obtendo o Prémio Alfredo da Silva de melhor aluno nesse ano. 
foi um aluno, digamos, razoável, para quem era proveniente duma aldeia atrás do sol posto, onde burros, carroças puxadas por mulas e crianças com os pés descalços, disputavam nas ruas de terra batida e nalgumas (poucas) calcetadas com seixos rolados, bolas de trapos e bonicos, que serviam para jogar e para atazanar os outros cachopos.
fernando, três anos mais novo, cresceu na mesma aldeia (cito) Estudou na Escola Primária de S. Miguel do Rio Torto, onde foi aluno da Professora Maria Virgínia e do Professor João Alves. Posteriormente estudou na Escola Industrial e Comercial de Abrantes (EICA) antes de rumar a Lisboa para estudar Economia no então ISEF, no entanto, decidiu mudar de Curso e regressou a Abrantes para tirar Latim e ingressar no Curso de Filosofia na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, tendo-se Licenciado em Filosofia.
Após concluir Filosofia, ficou a dar aulas na Faculdade de Letras de Coimbra, no entanto, na década de 80 do século passado as suas atenções inclinaram-se mais para o campo da História, nomeadamente para o estudo da História da morte, Republicanismo, Memória, Filosofias da História, Positivismo, entre outras coisas, tendo-se doutorado em 1988 com a tese intitulada "A Militância Laica e a Descristianização da Morte em Portugal" com nota máxima por unanimidade, com Louvor e Distinção.
os filhos do e da jaquina de são miguel do rio torto, abrantes, não me parecem pessoas, completamente, estúpidas, por serem o que são, por aquilo que tiveram de lutar, para o conseguirem ser.
um abraço para os que lutam, para os que dão murros na mesa, para os que pretendem resolver os verdadeiros problemas; um encolher de ombros e um esgar de escarniciosa comiseração para todos aqueles (e são muitos) que, apenas, se preocupam com pintelhices.
[um aparte, a mulher de eduardo catroga terá, certamente, nome e nesse particular, liliana valente (que assina a peça no jornal i) esteve mal, não se fazem títulos com: a minha mulher (...)]
as mulheres (como eu as entendo) são seres humanos, lindos, únicos, irrepetíveis, não são objectos pessoais dos seus (delas) homens.
fontes & alambiques

2 Comments:

Blogger Unknown said...

Pintelhices camarada.

Abraço.

domingo, maio 15, 2011 9:31:00 da tarde  
Blogger pedro oliveira said...

O problema, camarada, é que enquanto discutimos os assuntos de cacaracá, esquecemos o importante.

Um grande abraço.

domingo, maio 15, 2011 10:06:00 da tarde  

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