444 - misturar (hellboy)

«Não basta reproduzir o passado. Em vez disso, é preciso misturá-lo engenhosamente com a nossa visão do presente e as nossas visões do futuro»

Alan Moore

O passado, o presente e o futuro.

Estive a reler Quino (Toda a Mafalda) num dos quadradinhos Gui tenta chegar com o pé à boca e comenta «já não sou o mesmo» [citado de memória] é esta consciência do nosso passado, do nosso corpo [nós e as nossas circunstâncias] que me interessam.

Gosto de Banda Desenhada [bd] e de «cartoons», gosto de ser surpreendido, deslumbrado (não espantado [ espantar, é o que os espantalhos fazem aos pássaros]) ... a bd tem essa capacidade.

Confesso que não conhecia Mike Mignola (usamos o mesmo corte de cabelo) nem Hellboy.

O facto de ser uma publicação da devir funcionou como selo de qualidade, gosto do cuidado que colocam no grafismo, embora, isso se reflicta no preço.

Resumindo e baralhando, um óptimo livro por 1.20 euros.

A última frase (estou a inaugurar uma nova modalidade «blogosférica» [auto-comentar no próprio «post»]) remete-me para uma questão recorrente: vale a pena?

Tudo vale a pena (não se a alma não é pequena) depende é do preço que estamos dispostos a pagar.

1.2o euros por um livro em segunda mão ou nada por um pôr-do-sol e umas gaivotas que esvoaçam...