786 - rogério azedo

Quando escrevi este post previa que algum comentador jornalístico viesse verter indignação para as páginas dos jornais. Aquilo que não tinha previsto é que fosse um «jornalista» a escrevê-lo com o destaque que podemos verificar.

Já que estamos a falar de jornais e de jornalistas qual o critério editorial que justifica o destaque dado à pseudo-contratação dum jogador suplente dum clube que ficou em quarto no campeonato alemão, jogador esse que viria (a ver vamos) jogar para o terceiro classificado do campeonato português?

Voltando à questão de Deco, a acreditar neste site, é tão português como Daniel Fernandes ou como D.João IV, o tal que nos libertou do jugo estrangeiro.

Seja lá como for, como ribatejano, (época 1999/2000) sinto-me representado naquele miúdo que o Benfica desprezou.

Deco para além de saber dar pontapés na borracha, sabe usar as palavras, sabe atingir gajos a quem o talento incomoda.

Oiçamos:

Deco «justifica» opção por Portugal:

«Decisão do coração, não oportunismo». (2004-12-16)

O «internacional» português Deco, em foco no Barcelona, declarou hoje em Espanha que a decisão de jogar por Portugal em detrimento do Brasil foi uma questão de coração, não de oportunismo, como tem sido acusado em certos meios.

«A decisão de jogar por Portugal foi uma decisão do coração.

Não escolhi Portugal pelo facto de não ter sido chamado a representar o meu país de origem», garante Deco.

O médio do Barcelona reafirma que o seu maior desgosto como futebolista foi a inesperada derrota sofrida por Portugal na final do Euro2004 diante da Grécia.

«Sofremos todos uma tremenda desilusão, jogadores, técnicos e adeptos», salienta.

Falando sobre o futuro da selecção portuguesa no Mundial, Deco escusa-se a comentar o facto de Figo, apesar de ter decidido afastar-se da selecção lusa poder ser chamado na fase final da prova caso se confirme o apuramento de Portugal.

«Não comento isso. Dou-me bem com o Figo, temos opiniões diferentes mas trata-se de um assunto que diz respeito a Felipão, um grande técnico que sabe o que faz», sustenta.
daqui