sexta-feira, agosto 24, 2007

936 - carta aberta



Caro amigo e colega, António Pratas

Como dizia uma canção que citei no post 923: pelos campos, pelos montes, pelos largos horizontes.
Os meus horizontes são largos, mas tratei de afunilá-los a princípio, dizer ao que vinha.
Lendo os dez primeiros
posts percebe-se toda a essência deste blog.
Acusar-me de gostar pouco de Constância ou de só falar das coisas negativas, faz-me sorrir ... poderá uma câmara perfeita, mandada por autarcas perfeitos ter algo de negativo?
No totalitarismo não há imperfeições, amigo, com os inimigos do totalitarismo não se dialoga, fazem-se desaparecer e apagam-se das fotografias.
Talvez, isto seja um começo... reconhecer as nossas imperfeições torna-nos melhores.
Eu, por exemplo, sou um gajo cheio de defeitos, procuro melhorar, aprender cada dia, tornar-me mais tolerante, mais doce [detesto açucar, provo-me e saibo-me a sal...]
Vamos a factos ... por diversas vezes citei, referi acontecimentos organizados pelo actual executivo camarário, fotografias da vila, etc e tal.

Para finalizar, há bem pouco tempo escrevi que não tinha paciência para politiquices, quando escrevo que não entendo isto ou aquilo ou que na minha opinião ficaria melhor desta ou daquela maneira, não é por não gostar, é por gostar muito. Como quando estamos de mão dada com alguém e lhe dizemos que gostamos mais dela sem pinturas, quando dizemos que aquele verniz não fica bem ... pensando bem gosto das câmaras e das pessoas sem verniz e sem pinturas, com as mãos calejadas, apenas.

Com os meus sinceros cumprimentos

José Pedro Oliveira S.

a propósito de um comentário: aqui

2 Comments:

Blogger r said...

O post tem destinatário, mas sabes que tirei um curso de comentadora na farinha amparo e não resisto.
As fotografias da vila são fabulosas. Já as tinha observado muito bem.
O totalitarismo é verdade única, óbvio, por isso não se lhe coloca qualquer diálogo e há vernizes que ficam bem (discordamos, portanto), ainda que possam representar somente uma pequena vitória face à capacidade desenvolvida para não roer as unhas.
Tal como a falta de diálogo (de ideias construtivas) num concelho, roer unhas faz mal.

domingo, agosto 26, 2007 1:36:00 da tarde  
Blogger r said...

Regresso aqui por causa dessa coisa da tolerância.
A tolerância é algo que penso vezes sem conta...já pensaste que, se fores tolerante, tens de tolerar os intolerantes?
Penso nisto milhões de vezes.

quarta-feira, agosto 29, 2007 7:21:00 da tarde  

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