domingo, maio 25, 2008

1345 - a essência da portugalidade, serafim saudade

Serafim, Serafim Saudade
Aqui estou e na verdade sei que sou o que sonhei
Serafim, Serafim sou eu
Trago comigo o que é meu, este nome que criei
Serafim, Serafim aos molhos
A saudade nos meus olhos em milagres de prata
Serafim, Serafim artista
De rádio, de tv-disco e de cassete pirata (refrão)

Serafim é o meu nome
Já passei fome, já passei fome
Suportei tacos ofensas
Tive doenças, tive doenças
Dava um livro a minha história
Mais inglória, mais inglória
Numa estrada de amargura
Minha vida é uma aventura, tão honesta e meritória

O meu pai fugiu de casa
Com grão na asa. Com grão na asa
Minha mãe ficou demente
Foi de aguardente, foi de aguardente
Fui viver com uma tia
Que me batia, que me batia
Ainda novo andei nas obras
Entre lagartos e cobras, trabalhando como um cão
Nos momentos de cansaço
Afinava no bagaço e cantava esta canção

Refrão

Vivi num país distante
Fui emigrante, fui emigrante
E lá longe no estrangeiro
Ganhei dinheiro, ganhei dinheiro
Trouxe mais de dois mil contos
Fora os descontos, fora os descontos
E abri um restaurante
Jeitosinho e cativante, onde canto pra vocês
E a Teresa de Bragança
Companheira de confiança, fez de mim mais português

Refrão

Carlos Paião escreveu-o em 1985.
Vinte e três anos depois o que mudou?

8 Comments:

Blogger João Baptista Pico said...

Já não temos o Paião e nenhum emigrante iria agora abrir um negócio qualquer e "investir" e muito menos abrir um restaurante para logo no dia da inauguração aparecerem os ASAE`s e nunca mais lá parar um cliente...
Tornou-se tudo uma terra de definhamento...
Até MFL defende como meta prioritária o "investimento estrangeiro"...
Pena não ter dito quanto nos custará em "ajudas fiscais", porque com o "sistema" igual aos dos portugueses só loucos é que alinhavam.j

domingo, maio 25, 2008 8:55:00 da manhã  
Blogger r said...

Este comentário foi removido pelo autor.

domingo, maio 25, 2008 1:28:00 da tarde  
Blogger r said...

Este comentário foi removido pelo autor.

domingo, maio 25, 2008 1:30:00 da tarde  
Blogger João Baptista Pico said...

Restaurantes com fumadoras - mulheres fumadoras - sempre foi o que mais me divertiu apreciar.
Sentam-se com os respectivos acompanhantes e pegam na ementa e escolhem enquanto apressadamente deitam a mão ao maço de tabaco e já não chegam a acabar de procurar o isqueiro, porque há sempre um acompanhante solícito ou até o empregado de mesa que se apressa em puxar do isqueiro e chegá-lo junto aos lábios da senhora, o que dá sempre azo a trocarem olhares de notória cumplicidade ou ao invés, de inquietante indiferença e sobranceria.
E lá está a mesa feita uma chaminé ainda antes de chegar a sopa ou outra comida quente.
Cigarros fumados à pressa e eis que o empregado começa a servir a sopa, enquanto todos já levam os cigarros a mais de meio.
Há ainda quem procure a desculpa de provar a sopa e aproveitar para a derradeira fumaça com a desculpa da sopa demasiado quente.
Nas mesas ao lado já todos fumaram daquelas mesmas marcas, mesmo sem ninguém lhes acender o isqueiro.

Terminada a sopa e o ritual de nova rodada de cigarros recomeçou.

Servido o prato principal e nova rodada de cigarros. Vem o doce interromper o fumo.
Aproveitam os vizinhos das mesas em redor para respirarem fundo.

Depois o café e nova rodada de tabaco. E há alguém que pergunta pelo sabor das refeições e todos dizem ter estado deliciosas no paladar.
Acredito que sim!
Há gostos para tudo.

E se é ao balcão a melhor situação vivida foi com uma jovem exuberante a estender o braço esquerdo com o cigarro a arder debaixo do nariz do vizinho do lado.
Esse vizinho ao lado pede um copo de água e segurou-o o tempo suficiente até a jovem conseguir enfiar-lhe o cigarro no copo que segurou cheio de água.
- Perdão, queira desculpar sim?!
Oh que disparate! Estava distraída que nem reparei onde leveia a mão com o cigarro. Queira desculpar, mais uma vez, peço desculpa!

Com a atrapalhação a jovem nem percebeu se foi ou não, tudo fruto do seu descuido...
Por isso agora já perdi muito desse encanto de gente a fumar...

domingo, maio 25, 2008 6:08:00 da tarde  
Blogger Unknown said...

Os pessimistas queixam-se do vento,os optimistas esperam que o vento mude e os realistas ajustam as velas...

domingo, maio 25, 2008 7:06:00 da tarde  
Blogger r said...

Este comentário foi removido pelo autor.

domingo, maio 25, 2008 7:35:00 da tarde  
Blogger r said...

Este comentário foi removido pelo autor.

domingo, maio 25, 2008 7:59:00 da tarde  
Blogger João Baptista Pico said...

Ah pois o Grant do Chelsea é que era e tal e couves...
O Mourinho era um emigrante capitalista monopolista o "estupor" e o russo um gajo porreiro e vai daí lá vai o Grant de charola, porque não ganhou nada de nada...
Ao menos o Paulo Bento lá ganhou ao Sporting e ao Porto e foi bi-campeão da Taça...

domingo, maio 25, 2008 8:45:00 da tarde  

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