quinta-feira, dezembro 04, 2008

1814 - para bem de portugal, assassinaram-no, há 28 anos


Para bem de Portugal, assim termina o discurso, o primeiro discurso político de Francisco Sá Carneiro proferido em Matosinhos em 12 de Dezembro de 1969.
Noutra parte do discurso diz-nos:
Porque somos homens, seres inteligentes e livres chamados a lutar pela realização desses dons na vida, formamos a nossa opinião e exprimimos as nossas ideias, pelo menos no círculo de pessoas que nos cercam.
Mas se nos limitarmos a isso, se nos dimitimos da intervenção activa, não passaremos de desportistas de bancada, ou melhor, de políticos de café.
A intervenção activa é a única possibilidade que temos de tentar passar do isolamento das nossas ideias e das teorias das nossas palavras à realidade da actuação prática, sem a qual as ideias definham e as palavras se tornam ocas.
Nesses anos, antes de Abril de 1974, políticos como Sá Carneiro ou Francisco Louçã (preso na capela do Rato em Dezembro de 1972) procuravam em Portugal, um Portugal melhor.
Outros como Mário Soares ou Álvaro Cunhal faziam turismo no estrangeiro.

6 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Viva.
Como quase não conheço o blog (e a sua maneira de interpretar as coisas), não chego a perceber se este post é 'apolítico', 'contra a política', 'contra alguns políticos', 'extremamente político'...

Parece realmente um elogio ao Sá Carneiro, mas só porque fazia a sua actividade cá? ( e apesar do título, que só pode ser irónico).
O Mário Soares e o Álvaro Cunhal estavam fora EM CONSEQUÊNCIA da sua actividade no país. Tiveram que fugir, por causa da sua luta, independentemente de se concordar com ela ou não.
Ou o que se pretende é elogiar (através da ironia) os riscos que correram quem, como esses dois, levantou ondas e foi mais inconformado?
Haverá alguma coisa que me está a escapar?
Todos os que refere terão lutado, à sua maneira, para que as coisas mudassem.
Podemos concordar mais com umas lutas do que com outras, mas só o critério de 'estar ou não estar cá', sem mais nenhuma causa, consequência, explicação, conclusão, um esboço de tese, etc., pouco ou nada adiantam, na minha opinião.
Mas eu, se calhar, apanhei o filme a meio.
De resto, gostei do que vi (embora discorde de parte).
Voltarei.
Até lá!

quinta-feira, dezembro 04, 2008 2:16:00 da tarde  
Blogger pedro oliveira said...

Caro info-excluído,

O título é irónico.
Quanto ao resto cada um é livre para interpretar.
Quanto ao meu posicionamento político, considero-me um monárquico de esquerda.
Defendo a restauração da monarquia por razões económicas e um governo de esquerda, com preocupações sociais e com apetência para pensar a economia localmente e potenciá-la num mundo globalizado.
Volte sempre.

quinta-feira, dezembro 04, 2008 9:33:00 da tarde  
Blogger João Baptista Pico said...

Uma amiga de uma amiga minha há uns anos atrás não se calava desde que havia perguntado à "rainha" a espanhola Herédia pelos seus meninos, "como vão as criancinhas" terá mesmo perguntado com sotaque (e a educação) de Cascais.
Ao que a "rainha" espanhola terá respondido com indisfarçada indignação:
- "Criancinhas?!" Os " Infantes", minha senhoira, Os Infantes estão muito bem de saúde, graças a Deus!

Depois dos gastos sumptuosos de certas Casas Reais da Europa, com o Reino Unido à cabeça, as razões económicas talvez fosse de pôr de lado: nacionalizá-las como ao BPN ou na variante BPP!
Governo de Esquerda com preocupações sociais estamos conversados. Basta de BPN e BPP e de saque fiscal, PEC, IMI ( depois do preço das habitações já lçevarem a carga fiscal de 45 % sobre o preço final e a burocracia de 6 a 8 anos sobrecarregar e fazer elevar o preço dos terrenos desde o 25 de Abril para cá em 250 vezes mais, enquanto os andares apenas subiram 100 vezes mais ( um T2 em 1974 custava 300 contos e até há pouco tempo custava 30.000 contos e o custo de construção também não subiram mais de 100 vezes ( 100 contos em 1974 contra os 10.000 contos no virar do milénio),o resto são encargos fiscais de 45 % e juros pesados sobre o capital empregue nos custos de terreno e da construção e do adiantamento para os impostos...

Claro que nos manuais e na blogosfera, os culpados foram os construtores... Que compravam ao preço que o mercado os obrigava...

Aliás, os "novos banqueiros" também acusavam os construtores até acabarem com eles. Agora já não há construtores, patos-bravos que horror!
Agora existem Promotores Imobiliários com experiência ou Know How em coisas dessas como o BPN e o BPP e quejandos...
Ou há ex-ministros tipo Jorge Coelho e Dias Loureiro, dois sócios numa sociedade de lobbies com o sugestivo nome de " VALOR ALTERNATIVO", como referia ontem a Visão...
Está-se a ver que o Valor Alternativo variava apenas de "chefe de fila", conforme o governo era PS ou PSD...

sexta-feira, dezembro 05, 2008 5:19:00 da manhã  
Blogger João Baptista Pico said...

Agora imagine o Governo a pedir aos donos dos andares para se fazerem inquilinos e pagarem uma renda 20% a 40 % mais baixa, do que a prestação bancária. Isto há dois meses atrás, quando de então para cá os juros já baixaram muito mais do que essa redução...

Preconceito contra a propriedade proivada e outra coisa que ninguém fala: reforço de bens patrimoniais ( andares) na posse da Caixa Geral de Depósitos para esta os dar de garantia nos empréstimos aos bancos estrangeiros onde terá que se ir "abastecer"...
"Abastecer" para pagar ao BPN e ao BPP, etc,etc...

Preocupações sociais dirá o Pedro Oliveira!
E a propósito, como vão os seus antigos companheiros da bata cinzenta na Mitsubishi?!

sexta-feira, dezembro 05, 2008 5:26:00 da manhã  
Blogger info-excluído@pessoa said...

Ok, obrigado.

sábado, dezembro 06, 2008 7:45:00 da tarde  
Blogger pedro oliveira said...

«E a propósito, como vão os seus antigos companheiros da bata cinzenta na Mitsubishi?!»

Vão bem, obrigado.
No passado fim de semana tive o prazer de estar com um deles - Tóino Fernando - um dos poucos portistas santamargaridense; peito feito, sorriso nos lábios (o Porto tinha massacrado os lampiões num jogo em Aveiro).
Falámos daquilo que os homens falam de futebol, da vida, dos amigos, peerguntei-lhe pelo lamacheirense João Brunheta, nosso colega, «aquele que era árbitro» perguntou, sim esse, «é chefe no armazém»; «chefe?» disse eu, «e o Tó-Zé?» «é chefe, também».
Fiquei mais descansado, Tó-Zé apesar de tramagalense (eh, eh, eh) é uma pessoa fantástica; levo quase 30 anos de vida profissional se tivesse de eleger uma pessoa com quem gostei de trabalhar elegeria o Tó-Zé.
O João Brunheta era outro estilo, sério, altivo, compenetrado, entendia-me com ele porque sempre gostei de esmiuçar, sabia-o árbitro. Passámos muitas segundas-feiras a discutir arbitragem, aprendi muito com ele, o posicionamento do árbitro, a diagonal, a relação com os bandeirinhas (agora árbitros-assistentes), bons tempos, bons camaradas.

sexta-feira, agosto 13, 2010 8:27:00 da tarde  

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