sábado, maio 16, 2009

2072 - os zés, os fidalgos e a subserviência salivante


A vida é muito aquilo que fazemos dela.
Inclusão e exclusão.
Podemos ficar ou sair.
Podemos ser agradecidos ou podemos ter mau carácter, ser egoístas, cultivarmos um ego muito maior que nós, podemos ser arrogantes, podemos ser estúpidos, podemos usar sobretudo e sobretudo podemos usar um deslumbramento medíocre e um salivar deslumbrado, reverencial para alguém que, supostamente, é muito melhor que nós.
Não o faço.
Mourinho não é nenhum «deus» na terra, é alguém que não sabe dar um abraço a um amigo, agradecer a quem o ajuda/o ajudou.
Encontramos e damos encontrões em pessoas assim, bajuladoras, subservientes, engordando de benesses, de manigâncias, de culto pelos chicos espertos, na política, no desporto... na vida.
Pensemos...
Um clube de futebol com alguma grandeza disputa, anualmente, cinco competições oficiais:
1. Campeonato
2. Super Taça
3. Taça do País
4. Taça da Liga
5. Competição Internacional
Nove anos vezes cinco competições, quarenta e cinco títulos possíveis.
Ganhou catorze, ok.
14:45 = 0.31
Trinta e um em cem.
No meu trabalho se em cada 100 clientes que que atendo, 69 escrevessem no livro de reclamações a queixar-se do meu atendimento ou se em cada 100 aulas que, voluntariamente, dou, apenas, 31 se aproveitassem tenho a certeza que num lado teria sido despedido e no outro teria sido convidado a sair.
Não sou uma mente brilhante (apesar de ter um cabelo branco) mas o mediocridade arrogante não me satisfaz.
não é o fim, nem o princípio do fim, é o fim do princípio