quarta-feira, junho 10, 2009

2109 - prefiro o trabalho


Camarada Marques quem me dera estar no seu lugar, a trabalhar.
A república obriga-me a descansar, hoje.
De todos os feriados que a república nos obriga a comemorar este é o que faz menos sentido ser comemorado em democracia (sim, ainda, é pior que o 5 de Outubro).
A 12 de Outubro de 1910 um decreto permite que os concelhos elegessem um dia do ano que representasse as suas festas tradicionais (os feriados municipais).
Em Lisboa escolheu-se o 10 de Junho, dia da morte de Camões, evocando as comemorações camonianas/republicanas de 1880.
É Salazar que transforma o feriado municipal de Lisboa em feriado nacional, chama-lhe: «Dia de Portugal e da Raça».
O regime que resultou do golpe de estado de 25 de Abril de 1974 ao invés de terminar com aquela ignóbil data de má memória, transforma-a no poético: «Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas».
As comunidades portuguesas forjam-se no trabalho (que o diga o camarada Marques) não se constroem na lanzeirice.
Hoje em Santarém comemora-se esta trapalhada... um algarvio presta homenagem a um alentejano, na capital do Ribatejo, junto de uma escola prática que, entretanto, foi deslocalizada para Abrantes.
Enfim... nestas altas cavalarias, o difícil é distinguir os cavalos dos cavaleiros.

1 Comments:

Blogger Unknown said...

Camarada no dia 10 de junho de 1973 desfilei incorporada numa companhia da Marinha de Guerra nas comemorações deste dia na Praça do Comércio em Lisboa.Era aí que condecoravam os militares que passavam anos no ar condicionado nos territórios ultramarinos,as viúvas e outros afins.Un ano depois pensei que esta palhaçada acabasse, mas pelos vistos vai de vento em popa, o cheiro é que é diferente.

Abraço.

quarta-feira, junho 10, 2009 9:00:00 da tarde  

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