segunda-feira, julho 13, 2009

2153 - endireitar o engenho, endireitar a espada, endireitar o pau





Não menos nos engenhos que na espada
Dia da unidade, 13 de Julho, hoje, portanto.
Nem tudo o que parece, é.
Endireitar o pau, às vezes é, apenas um soldado que ergue um verdadeiro poste de telecomunicações.
Uns teclam palavras, outros estendem fios, abrem estradas, constroem pontes.
Da guerra se fez paz, da paz se fez convívio, amizade e saudade dos camaradas mortos.
Gosto de aprender com aqueles homens que em 1961 foram arrebanhados para lutarem numa guerra que não era deles.
Estudantes universitários, operários, camponeses, aviadores de copos...
Fardas caqui, calções, aventura.
Viver e morrer sob um calor húmido.
Lutar pelo camarada morto.
Lutar pela terra dos antepassados, lutar pela fértil terra africana usurpada pelos demónios brancos e louros que navegavam em fortalezas de madeira.
As imagens não são ilustração de palavras sem sentido.
São sonho nascido do sentimento.
Aquele recebedor de soldo, construído de sucata unida com solda, é um soldado, duplamente, soldado.
Soldado de engenharia, com um castelo tatuado no braço esquerdo (1.ª imagem).
Alexandrino Moreira dos Santos.
Escultor?
Artista...
Trabalha, colabora com A Barca, ninguém o conhece, ninguém o entrevista, ninguém lhe dá valor.
Estou a exagerar, de fato claro, cabelo branco e sorriso contagiante, Alexandrino foi medalhado na EPE na última sexta-feira.
(vou estar atento à imprensa local e, provavelmente, voltarei a este tema)

2 Comments:

Blogger Rui Silva Pires said...

Cá está um post que demonstra o valor das pessoas. Das pessoas que estão perto de nós, com todo o sentido.
Obrigado Pedro!

quarta-feira, julho 15, 2009 9:58:00 da tarde  
Blogger pedro oliveira said...

Sabes, Rui.
Cada vez as pessoas são menos pessoas.
Somos:
O Eng. Rui da Pereira
O Dr. Zé Pedro da Portela
O «blogger» Pedro Oliveira
Somos coisas que existem como se não fossem importantes.
Gajos como tu (que foste para Coimbra estudar) gajos como eu, a quem o exército da república portuguesa arrancou do colo da minha mamã, com 18 anos, obrigando-me a ir aprender a matar, gajos como nós (mais tarde trabalhando nas obras consegui obter uma sofrida licenciatura numa universidade pública) são desvalorizados.
Doutores e engenheiros, bah...
Astrólogos e fé na «foisse» e no marcelo é que está a dar....

quarta-feira, julho 15, 2009 11:16:00 da tarde  

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