328/2010 - o pseudoanonimatonablogosfera

É um tema que me interessa desde que comecei a navegar.

Ser anónimo, inventar uma identidade ou escrever com o próprio nome?

Mal por mal, antes ser anónimo, o anónimo não chateia (às vezes chateia um bocadinho) vai e volta mas nunca sabemos se é a mesma pessoa.

Os que inventam uma identidade, um pseudónimo, são mais perigosos, o político residente, a anocas, o valupi, o miguel abrantes, o chinelo, o cidadão abt, etc, etc, etc, podem ser todos e não são ninguém (são alguém).

São p'rigosos pruqê? (perguntar-me-ão)

São perigosos porque podem ser a pessoa que está ao nosso lado no autocarro, no cinema, no teatro, na festa, no café, no bar... são perigosos, porque quer queiramos, quer não, fazem de nós pessoas desconfiadas, podemos estar, tranquilamente, a tomar um café, uma água (pronto, uma mini) mas não deixamos de pensar: hum, se calhar, és tu o político residente, com essa conversa... (estou a brincar, é, apenas, um exemplo).

A blogosfera, como eu a entendo, é algo onde exerço alguma cidadania mas onde escrevo, também, muito disparate, sou (procuro ser) sério mas não me levo muito a sério, digamos que é uma tasca virtual onde se partilham opiniões.

Imaginemos então essa tasca, dum lado estariam pessoas como eu, Manuel Marques, Pacheco Pereira, Gonçalo, Rui Pires, Francisco José Viegas, Mário Rui Fonseca, João Pico, Samuel, Luís Varino, Tomás, Rodrigo, Telmo, Santana-Maia, António José Carvalho, Miguel Serras Pereira, Abílio Pombinho, etc, etc, etc [faltam muitos e muitas, obviamente] animadamente, a petiscarmos e a bebermos; do outro, ocultos sob pesadas cortinas negras estariam os outros (e as outras) que de vez em quando tentavam importunar/interromper as nossas brilhantes discussões, chegavam-nos umas vozes... às vezes diziam, fui eu, o chinelo ou fui eu, o cidadão abt... [por exemplo, apenas, um exemplo].

Resumindo, os anónimos e os pseudónimos têm um espaço na blogosfera, é, contudo, diferente do que possuem as pessoas que não têm medo de escrever e assumir o que escrevem; dum lado os que confraternizam, livremente, de rosto descoberto... do outro os que, voluntariamente, se ocultam atrás de grossos reposteiros escuros.

Algumas pessoas que tenham lido tudo até aqui e se sintam cansados de blogs, não desanimem; há cura.