domingo, dezembro 04, 2011

0138/2011 - maçã sã


8 Comments:

Blogger MM said...

Pedro, as fotografias não mostram a realidade toda da heroína (maçã), já que são naturalmente limitadas por 4 paredes das quais para fora (delas) não se vê. Mas quem vê o que as fotografias mostram, vê isto:

Existe sedução e charme na solidão, por vezes. Quando existe, ou sempre que existe, essa solidão transforma-se em singularidade. E daí o termo heroína. O herói é muitas vezes 1 (um, uma), contra muitos (ou todos, ou tudo). Há qualquer coisa de muito bonito num objecto que parece completamente sozinho. Este é o 1º conceito que a foto sugere.

O 2º, segurança, por serem 4 fotos e todas elas nos mostrarem o objecto a diferentes distâncias. Ao serem 4 (fotos), de 4 momentos diferentes, é sugerido que ela está ali há prolongado tempo. Uma só foto não o falaria, mesmo que nos deixasse sabe-lo. 4 fotos falam, sensação muito real de tempo. Segurança, porque está parada. Sozinha, a ser observada, mas parada, segura de si.
Este é o 2º conceito que a foto sugere.

Há outros (como a sensação pacífica oferecida, pouca luz, pouca gente, tranquilidade), mas os 2 que falei interessam-me mais.

Não sei já quem disse que um herói é aquele que fica 1 minuto mais. Muita verdade na afirmação. (Fica) sozinha 1 minuto mais (tempo), e daí ser heroína, novamente. As 2 condições da sentença cumpridas.

Mas Pedro, a parte interessante está longe de ser só essa: não é a maçã, só. Mas quem olha a maçã, também. Não duvido que centenas de pessoas passaram por ela. Tu passaste, mas ficaste. Não só ficaste, como olhaste. Não só olhaste, como admiraste. Com uma fotografia. Não 1, mas pelo menos 4. Mais uma vez, 4 = Tempo. O teu, no caso.

Temos então 1 heroína e 1 herói. Não é exagero, mas a verdade. Pessoas especiais (heróis) vêem coisas especiais, vêem o que poucos ou mais ninguém vê. Foi o que fizeste, dada a certeza ninguém mais andar por ali a fotografar uma maçã no chão.

És uma pessoa muito especial Pedro.
Diferente. Um forte abraço.

domingo, dezembro 04, 2011 7:33:00 da tarde  
Blogger pedro oliveira said...

MM,

É uma fotografia.
Eu sou um gajo e um olhar.
A máquina fotográfica é, também, uma, digital, permite diversas ampliações, há coisas que só vejo quando ampliadas, noutras é o contrário, só quando lhes diminuo o tamanho, lhes apreendo a essência.
É assim com a fotografia, talvez seja assim com a vida.
A fotografia é uma banalidade, uma maçã meia comida (as trincadelas estão do outro lado) atirada por um maratonista menos ecológico.
Não vi quem a atirou mas vi muitos homens e (poucas) mulheres que desceram hoje a (avenida da) Liberdade.
Estava sentado no monumento (na base do obelisco) dos Restauradores e aquela maçã, abandonada e só como que me disse: "dá-me importância".
A importância, o importante, MM, não está nas coisas grandes, está nos detalhes, nos pormenores.
São os detalhes, os pormenores, as coisa, aparentemente, pequenas que fazem de nós o que somos... um grande clube, uma grande família.
Fora de contexto (ou não): Tive o prazer e o gosto de conhecer João Moutinho, na apresentação dum livro/entrevista com Sérgio Godinho (na FNAC do Colombo em Lisboa) tive o prazer e o gosto de estar ao lado do Zé Pedro dos Xutos (que já conhecia) e de estarmos a trocar observações avulsas [era suposto ter saído um livro semelhante com o Zé Pedro e Rui Costa, não faço ideia a razão de não ter sido publicado]; isto para dizer; nem todos os benfiquistas são péssimos (sempre estimarei o Zé Pedro, por tudo o que passou, pelo grande homem que é); nem todas as maçãs são podres, para mim, João, jamais o será, cobntinuarei a respeitá-lo como atleta e como homem e, obviamente, que perca sempre que jogar contra o Sporting; "no hard feelings"

domingo, dezembro 04, 2011 7:57:00 da tarde  
Blogger MM said...

Pedro, tudo se torna banal quando completamente descoberto. Por isso os magicos fazem truques no palco, ao inves de explicarem como os fazem.

A fotografia nao e uma banalidade: mostra uma coisa pequena perfeitamente isolada. Esta ao pe de nada. Poderia estar ao pe de outras coisas pequenas, como sei la, uma beata, ou um papel. Nao esta. A fotografia nao e por isso banal.

"aquela maçã, abandonada e só como que me disse: "dá-me importância".
A importância, o importante, MM, não está nas coisas grandes, está nos detalhes, nos pormenores." Dai ser uma heroina. Estara para todo o sempre (a importancia), e para compreendermos as coisas grandes precisamos (apenas) de compreender as pequenas.
Compreender e, e sera sempre, sentir.

Ze Pedro, nao conheco. Nem a sua musica conheco bem. Conheco apenas a sua historia. E uma historia como muitas, infelizmente, onde muitas nao tem o final 'feliz' da dele, infelizmente tambem.

Nem todos o benfiquistas sao pessimos, claro. Muitos sao apenas maus. Alguns sao inclusivamente bons. Muito poucos, excepcionais.

Joao Moutinho, e uma mentira em que tantos acreditaram. Uma historia muito mal vendida e que muitos (sem espanto) compraram. Vendida pelo presidente do Sporting de entao, pessoa remunerada para defender os seus interesses. Nao os defendeu, comprometeu-os, em muitas ocasioes. Nao e uma maca podre, obvio que nao (Moutinho), mas Pedro ... tambem nao e heroi. Nao ficou mais 1 minuto, quando podia (e devia, talvez) ter ficado.

Ate ha bem pouco tempo, e ao contrario de clubes que semeiam poucas referencias, todos os capitaes do Sporting eram herois. O Joao Moutinho era capitao do Sporting, mas nao e nenhum heroi.

domingo, dezembro 04, 2011 9:04:00 da tarde  
Blogger pedro oliveira said...

MM,

Para mim, João é um herói, há uma frase nesse livro que o define, como homem e como Sportinguista, qualquer coisa como: o Benfica era o clube dos trafulhas, das trafulhices, dizia a mãe dele a propósito dos jogoos com o Olhanense, no Algarve, Benfica mimado, acarinhado, beijado e jogo perdido (para os outros).
Tivemos um exemplo na Madeira, recentemente, colinho ao Benfica (é anedótica, aquela queda de Nolito, por alguma razão não ficou no Barcelona, na Catalunha não queremos "Di Marias" queremos dignidade, «fair-play»; queremos, exigimos, jogadores de futebol.
(não por acaso, Jeffren é do Sporting e Nolito atira-se para o chão pelo Benfica)

domingo, dezembro 04, 2011 9:31:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Ainda conseguimos encontrar declarações de amor interessantes, daquelas que se reportam de algum romantismo (bacoco). Depois voltamos ao fanatismo primário, medíocre, estupido. Faz um pavor a ti próprio. Não fales de futebol, realmente não percebes e não consegues ver o futebol de frente. Agora apaga isto como é hábito. Não deixas que mais ninguém veja, mas não evitas ter que ler e engolir silenciosamente a tua arrogância. Já agora dá um tau-tau ao teu MM por só dizer baboseiras em público.

domingo, dezembro 04, 2011 10:27:00 da tarde  
Blogger pedro oliveira said...

"Faz um pavor a ti próprio"

Fiz um «pavor» [cf. com a distância entre a letra "p" e "f" no teclado.
Tolero pessoas anónimas estúpidas ou intelectualmente desonestas, tolero, publico-as, mas não me revejo no anonimato activo e "tuteativo"] publiquei-te.

Pessoa anónima, reduza-se à sua insignificância... tente a poesia, por exemplo... com rima.

domingo, dezembro 04, 2011 11:22:00 da tarde  
Blogger MM said...

À vista ... só não vê quem não quer.
Assim é a sociedade (anónima, ou não) do Carnide.

segunda-feira, dezembro 05, 2011 11:19:00 da tarde  
Blogger MM said...

Já agora,
"O teu MM" fez-me lembrar a ocasião em que me chamaram "primo do Paulinho". São daqueles grandes elogios. "Deus queira" que assim seja, porque uma associação ao Pedro Oliveira só pode significar coisa boa.

Anónimo, grato pelo elogio.

segunda-feira, dezembro 05, 2011 11:34:00 da tarde  

Enviar um comentário

<< Home

não é o fim, nem o princípio do fim, é o fim do princípio