terça-feira, fevereiro 21, 2006

193 - equador... remanso


Este "post" aparece na sequência dum comentário que efectuei no Fernando Bravo.
A edição que possuo é a segunda (Julho de 2003), segundo aquilo que fui acompanhando na imprensa as edições foram sendo revistas, assim, um leitor que tenha uma oitava edição possui um livro diferente.
Dizia-nos o Público [José Carlos Silva] na edição de 18 de Outubro de 2003 (p. 47):
Novo "Equador" tem menos erros. O tema é "Lisboa". A pergunta é: a que estação de comboios chegava em Dezembro de 1905, o Sud-Express vindo de Paris? Na edição original, a resposta é "Santa Apolónia". Na recém lançada sétima edição lê-se na página 73, "Rossio". E a resposta certa é "Rossio".
"Alterei porque eram erros". Esta a explicação, concisa, lacónica, evidente de Miguel Sousa Tavares para as correcções.
Mais à frente aponta a razão para os erros (continuamos a seguir em itálico o artigo citado):
"Falta de editor", observou Sousa Tavares como justificação dos erros, antes de explicar: "Tive grande ajuda na revisão. Tivemos sessões tremendas". Mas "talvez tenha havido uma revisão demasiado exaustiva da parte literária". E não tanto da outra da factual.
Houve uma «revisão demasiado exaustiva da parte literária»?
Vejamos alguns exemplos:
1- "Voltaram para ao pé dos outros e João Forjaz veio ao encontro de Luís Bernardo" p.73
2- "Então é assim: a Matilde chega amanhã a Lisboa" p. 74
3- "Há muito tempo atrás, num episódio (...)" p. 75
O que pensam os leitores destas frases? [abri o livro, aleatoriamente e "saltaram" estas de páginas seguidas, não foi nenhuma busca exaustiva]
Vejamos para terminar, algumas palavras do autor sobre os editores no próprio livro (agradecimentos):
«Aos meus editores, António Lobato Faria e Gonçalo Bulhosa, da Oficina do Livro, que foram editores no sentido completo da palavra. Primeiro, convencendo-me e incentivando-me a escrever, depois, não deixando nunca que eu desistisse ao longo dos dezasseis meses desta empreitada, e, finalmente, prestando-se a uma revisão crítica e detalhada de todo o livro (...)».
Então! afinal aconteceu isto: "Falta de editor", observou Sousa Tavares como justificação dos erros ou não?
[continua] (enquanto não volto ao tema podem dar uma olhadela aqui)

11 Comments:

Blogger Alien David Sousa said...

Finalmente! Finalmente! Finalmente alguém leu o livro com olhos de ver e cérebro operativo.
Nem preciso dizer que detestei o livro?, Ou preciso?
Um aparte; não achas que o final é um tanto ó quanto Shakesperiano? Perdeu o amor, perdeu o amor à vida e lá vem sangue.

quarta-feira, fevereiro 22, 2006 4:36:00 da tarde  
Blogger Freddy said...

Bates mal...

quarta-feira, fevereiro 22, 2006 5:00:00 da tarde  
Blogger pedro oliveira said...

alien david sousa,

Muito obrigado pela visita e pelos vários comentários.
Não acho o final "Shakesperiano" isso implicaria outro tipo de, digamos, competência.
[antes que me acusem da frase anterior não fazer sentido eu estou a escrever num "blog" não um livro e assumo a culpa não a atribuo ao editor].

Freddy... não percebi.

quarta-feira, fevereiro 22, 2006 7:37:00 da tarde  
Blogger António Almeida said...

leste o meu comentário?
posso fazer o post?

quarta-feira, fevereiro 22, 2006 10:05:00 da tarde  
Blogger pedro oliveira said...

claro que podes, o "blog" é teu.

Agradecido pelo cerimonial, vê lá mas é se ganhas no fim-de-semana.

Um grande abraço.

[ficar-te-ia reconhecido se comentasses este "post" do ponto de vista dum professor de português e de crítico literário]

quarta-feira, fevereiro 22, 2006 10:13:00 da tarde  
Blogger psac74 said...

Meu caro Pedro Oliveira,

O problema não são os erros. Temo que esta ofensiva se deva ao facto de se tratar de um verdadeiro DRAGÃO.

Julgo que o fim-de-semana vai trazer algumas amarguras.

PS - Este post requeria um comentário muito mais elaborado e profundo, contudo falta-me o "engenho e arte" e o tempo, para o fazer. Por isso, ficam estes "bitaites"!

quinta-feira, fevereiro 23, 2006 4:34:00 da tarde  
Blogger pedro oliveira said...

Caro psac,

Obviamente, não me daria ao trabalho de estar quse uma hora a elaborar um "post" por embirração clubística.
Este "post" teve como ponto de partida um outro que dizia mais ou menos isto: MST foi reconhecido em Itália e agora, também, lhe daremos o reconhecimento que merece e não teve.
Eu penso que MST tem muito mais reconhecimento que o que merece, parte dele pelo facto de ser filho de quem é.
Outro exemplo Domingos Amaral (filho de Freitas do Amaral).
Outro exemplo que confirma a excepção à regra Jacinto Lucas Pires, afirmou-se com prémios literários e possui, de facto, talento para a escrita.

sexta-feira, fevereiro 24, 2006 6:50:00 da manhã  
Blogger psac74 said...

Pedro,

O meu post não passou de um "bitaite". Tive o cuidado de referir ausência de engenho e arte, da minha parte, para um comentário digno!

Abraço amigo

sexta-feira, fevereiro 24, 2006 2:36:00 da tarde  
Blogger António Almeida said...

eu fiz um comentário que não aparece.
estarei a ficar doido?
não terei feito login e publicar?!
vou ver se me recordo e voltto a escrever...

sábado, fevereiro 25, 2006 12:09:00 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Curioso! Isto é uma extraordinária e eloquente demonstração dos intelectuais deste país.
Que comentários! Ao que eles se entregam! Quem lhes entende as frustrações?

terça-feira, abril 04, 2006 12:19:00 da manhã  
Blogger pedro oliveira said...

Querida Capitolina,

Ainda bem que considera os meus comentadores intelectuais, todos nós usamos o intelecto... uns mais, outros menos.

Refere-se a quê especificamente?

terça-feira, abril 04, 2006 12:52:00 da manhã  

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