Grande lutador pela liberdade, desde as Trovas de Coimbra que tanto dignificou ao Canto de Intervenção ... 20 anos depois. Só é pena que um Canal Público como a RTP tenha assinalado os 20 da morte do Zeca da forma mais estúpida: deram um documentário esta noite que começou após a meia noite e meia! O Zeca não merecia mais? Para fazerem isto, mais valia estarem quietos! A melhor maneira de hoje homenagear o Zeca é ouvir a sua música. Está tudo neste site: http://www.anos60.com/portugal/zeca_afonso/home.htm é só irem lá e ouvirem pelo menos uma música.
Zeca trilhou ,desde sempre um percurso de coerência.Na recusa permanente do caminho mais fàcil ,da acomodação,no combate ao fascismo salazarento,na denúncia dos oportunistas,dos "Vampiros"que destroçaram Abril,no canto da cidade sem muros e sem ameias,do socialismo,da "utopia. Injustiçado por estar contra a corrente,morreu pobre e abandonado pelas instituições.Mas não temos dúvidas,a voz de "Grândola" perdurarà para là de todos os chacais.
www.azeitao.net.
Vieram cedo Mortos de cansaço Adeus amigos Nós voltamos cà O mar è tão grande E o mundo è tão largo Maria Bonita Onde vamos murar Na barcarola Canta a marujada -O mar que eu vi Não è como o de là E a roda do leme E a proa molhada Maria Bonita Onde vamos parar Nem uma nuvem Sobre a marè cheia O sete- estrelo Sabe bem onde ir E a velha teimava E a velha dizia Maria Bonita Onde vamos cair A beira de àgua Me criei um dia -Remos e velas Là deixei a arder Ao sol e ao vento Na areia da praia
Maria Bonita Onde vamos viver Ganho a camisa Tenho uma fortuna Em terra alheia Sei onde ficar Eu sou como o vento Que foi e não veio Maria Bonita Onde vamos morar Sino de bronze Là na minha aldeia Toca por mim Que estou para abalar E fala da velha Da velha matreira Maria Bonita Onde vamos penar
Somos filhos da madrugada Pelas praias do mar nos vamos À procura de quem nos traga Verde oliva de flor no ramo Navegamos de vaga em vaga Não soubemos de dor nem mágoa Pelas praias do mar nos vamos À procura da manhã clara
Lá do cimo duma montanha Acendemos uma fogueira Para não se apagar a chama Que dá vida na noite inteira Mensageira pomba chamada Companheira da madrugada Quando a noite vier que venha Lá do cimo duma montanha
Onde o vento cortou amarras Largaremos pela noite fora Onde há sempre uma boa estrela Noite e dia ao romper da aurora Vira a proa minha galera Que a vitória já não espera Fresca brisa, moira encantada Vira a proa da minha barca
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Grande lutador pela liberdade, desde as Trovas de Coimbra que tanto dignificou ao Canto de Intervenção ... 20 anos depois. Só é pena que um Canal Público como a RTP tenha assinalado os 20 da morte do Zeca da forma mais estúpida: deram um documentário esta noite que começou após a meia noite e meia! O Zeca não merecia mais? Para fazerem isto, mais valia estarem quietos! A melhor maneira de hoje homenagear o Zeca é ouvir a sua música. Está tudo neste site: http://www.anos60.com/portugal/zeca_afonso/home.htm é só irem lá e ouvirem pelo menos uma música.
Zeca trilhou ,desde sempre um percurso de coerência.Na recusa permanente do caminho mais fàcil ,da acomodação,no combate ao fascismo salazarento,na denúncia dos oportunistas,dos "Vampiros"que destroçaram Abril,no canto da cidade sem muros e sem ameias,do socialismo,da "utopia.
Injustiçado por estar contra a corrente,morreu pobre e abandonado pelas instituições.Mas não temos dúvidas,a voz de "Grândola" perdurarà para là de todos os chacais.
www.azeitao.net.
Vieram cedo
Mortos de cansaço
Adeus amigos
Nós voltamos cà
O mar è tão grande
E o mundo è tão largo
Maria Bonita
Onde vamos murar
Na barcarola
Canta a marujada
-O mar que eu vi
Não è como o de là
E a roda do leme
E a proa molhada
Maria Bonita
Onde vamos parar
Nem uma nuvem
Sobre a marè cheia
O sete- estrelo
Sabe bem onde ir
E a velha teimava
E a velha dizia
Maria Bonita
Onde vamos cair
A beira de àgua
Me criei um dia
-Remos e velas
Là deixei a arder
Ao sol e ao vento
Na areia da praia
Maria Bonita
Onde vamos viver
Ganho a camisa
Tenho uma fortuna
Em terra alheia
Sei onde ficar
Eu sou como o vento
Que foi e não veio
Maria Bonita
Onde vamos morar
Sino de bronze
Là na minha aldeia
Toca por mim
Que estou para abalar
E fala da velha
Da velha matreira
Maria Bonita
Onde vamos penar
Canto Moço
Somos filhos da madrugada
Pelas praias do mar nos vamos
À procura de quem nos traga
Verde oliva de flor no ramo
Navegamos de vaga em vaga
Não soubemos de dor nem mágoa
Pelas praias do mar nos vamos
À procura da manhã clara
Lá do cimo duma montanha
Acendemos uma fogueira
Para não se apagar a chama
Que dá vida na noite inteira
Mensageira pomba chamada
Companheira da madrugada
Quando a noite vier que venha
Lá do cimo duma montanha
Onde o vento cortou amarras
Largaremos pela noite fora
Onde há sempre uma boa estrela
Noite e dia ao romper da aurora
Vira a proa minha galera
Que a vitória já não espera
Fresca brisa, moira encantada
Vira a proa da minha barca
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