segunda-feira, junho 09, 2008

1372 - o presidente mostra a sua raça

Quando ele passa, sozinho, cheio de (g)raça... vai comprar limões à praça...

3 Comments:

Blogger r said...

As palavras re-inventam-se...
Se nos detivermos,excessivamente, a analisar a forma, relegamos o conteúdo, ainda que, não exista conteúdo sem forma e vice-versa.

terça-feira, junho 10, 2008 2:01:00 da tarde  
Blogger Unknown said...

que raça de presidente, apre
este senhor, que é o mesmo que ainda nem há dois meses estava num desassossego porque ‘os jovens portugueses' alegadamente ‘não se interessam por política', por terem dificuldade em responder a um inquérito em que eram questionados sobre o primeiro presidente eleito em democracia, o facto de existir ou não um governo de maioria absoluta e outra coisa qualquer que se me varreu, talvez devesse responder a um inquérito só para ele. uma coisa assim deste tipo:
1. sabe quando e porquê o 10 de junho deixou de ser denominado ‘dia da raça' e passou a ser referido como ‘dia de portugal, de camões e das comunidades'?
2. sabe que tipo de movimentos usa ainda a denominação ‘dia da raça' para denominar o 10 de junho? (...)
Publicado por Fernanda Câncio em 5 dias

terça-feira, junho 10, 2008 4:55:00 da tarde  
Blogger r said...

«Lenta, a raça esmorece, e a alegria

É como uma memoria de outrem. Passa

Um vento frio na nossa nostalgia

E a nostalgia torna-se desgraça.

Pesa em nós o passado e o futuro.

Dorme em nós o presente. E a sonhar

A alma encontra sempre o mesmo muro,

E encontra o mesmo muro ao dispertar.

Quem nos roubou a alma? Que bruxedo

De que magia incognita e suprema

Nos enche as almas de dolencia e medo

Nesta hora inutil, apagada e extrema?

Os heroes resplandecem a distancia

Num passado impossivel de se ver

Com os olhos da fé ou os da ancia.

Lembramos nevoa, sombras a esquecer.

Que crime outrora feito, que peccado

Nos impoz esta esteril provação

Que é indistinctamente nosso fado

Como o pressente nosso coração?

Que victoria maligna conseguimos –

Em que guerra, com que armas, com que armada? –

Que assim o seu castigo irreal sentimos

Collado aos ossos d'esta carne errada?

Terra tam linda com heroes tam grandes,

Bom sol universal localizado

Pelo melhor calor que aqui expandes,

Calor suave e azul só a nós dado –

Tanta belleza dada e gloria ida!

Tanta esperança que, depois da gloria,

Só conheceu que é facil a descida

Das encostas anonymas da historia!

Tanto, tanto! Que é feito de quem foi?

Ninguem volta? Do mundo subterraneo

Onde a sombria luz por nulla doe,

Pesando sobre onde já esteve o craneo,

Não restitue Plutão a sob o ceu

Um heroe ou o animo que o faz,

Como Eurydice dada á dor de Orpheu;

Ou restituiu, e olhámos para traz?

Nada. Nem fé nem lei, nem mar nem porto.

Só a prolixa estagnação das maguas,

Como nas tardes baças, no mar morto,

A dolorosa solidão das aguas.

Povo sem nexo, raça sem supporte,

Que, agitada, indecisa, nem repare

Em que é raça, e que aguarda a propria morte

Como a um comboio expresso que aqui pare.

Torvelinho de duvidas, descrença

..............»


Como diz o outro: raios parta o Pessoa

terça-feira, junho 10, 2008 7:28:00 da tarde  

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