Confrontar com o «Discurso do método». Poderá uma coisa boa (o leite) provir de uma coisa má (a vaca)? Poderá uma coisa má (o vinho) provir de uma coisa boa (a uva)? O bom e o mau. Os mamíferos adultos (excepto os seres humanos) não bebem leite nem têm relações homossexuais (a não ser que vivam em cativeiro). A homossexualidade estará ligada ao consumo de leite e às «prisões»?
Regras do método à parte, moral provisória nem se fala, solipsismos ao largo, na página 69 da edição da tradução e organização de Tavares Guimarães, na edição da Porto Editora (passo a publicidade), escreve o doentinho Renato:
« Nunca o meu intento foi mais além do que procurar reformar os meus próprios pensamentos e construir em bases totalmente minhas. Se a minha obra, cujo modelo vos apresento aqui, tanto me agradou, isso não quer dizer que queira aconselhar alguém a imitá-la. Aqueles a quem Deus mais favoreceu com suas graças terão, possivelmente, desígnios mais elevados, mas receio bem que este seja ousado de mais para muitos. A simples resolução de nos desfazermos de todas as opiniões, que antes recebemos como críveis, não é um exemplo que qualquer um deva seguir. E o mundo é composto quase exclusivamente de duas espécies de espíritos, aos quais, de modo algum, o meu projecto convém: daqueles que, julgando-se mais hábeis do que são, não se podem coibir de precipitar os seus juízos, nem conseguem ter paciência suficiente, para ordenadamente conduzir os seus pensamentos, donde resulta que, se uma vez tomassem a liberdade de duvidar dos princípios que receberam e de se afastar do caminho comum, jamais poderiam manter-se na senda que é preciso tomar, para caminhar mais direito, e, durante a vida inteira, ficariam perdidos; e daqueles que, tendo bastante razão ou modéstia, para se julgarem menos capazes de distinguir o verdadeiro do falso do que alguns outros, por quem podem ser instruídos, devem preferentemente contentar-se em seguir opiniões desses outros, e não procurarem eles próprios outras melhoras.»
Posto isto, a citação é tão extensa e o meu amigo Pedro vai desatinar muitíssimo, que esqueci o que vinha dizer
Pedro, isso é um disparate!!!!! Desculpe, mas não há paciência! Orientação? Escolha? Opção?
Partindo do princípio que gosta de mulheres, escolheu, optou, orientou-se para gostar de mulheres? Qual era a outra (existiria, uma, no mínimo) opção, orientação, escolha?
Esta falta de orientação, ainda me irrita mais que a expressão «de encontro a». Bolas!!
8 Comments:
Confrontar com o «Discurso do método».
Poderá uma coisa boa (o leite) provir de uma coisa má (a vaca)?
Poderá uma coisa má (o vinho) provir de uma coisa boa (a uva)?
O bom e o mau.
Os mamíferos adultos (excepto os seres humanos) não bebem leite nem têm relações homossexuais (a não ser que vivam em cativeiro).
A homossexualidade estará ligada ao consumo de leite e às «prisões»?
Não posso confrontar com a cartilha para senhoras distraídas, porque estou de rastos, de tanto rir.
Este «post», está fantástico!!
Voltarei compostinha do riso...
A melhor solução é um homem aprender a gostar duma mulher e vice-versa!
Regras do método à parte, moral provisória nem se fala, solipsismos ao largo, na página 69 da edição da tradução e organização de Tavares Guimarães, na edição da Porto Editora (passo a publicidade), escreve o doentinho Renato:
« Nunca o meu intento foi mais além do que procurar reformar os meus próprios pensamentos e construir em bases totalmente minhas. Se a minha obra, cujo modelo vos apresento aqui, tanto me agradou, isso não quer dizer que queira aconselhar alguém a imitá-la. Aqueles a quem Deus mais favoreceu com suas graças terão, possivelmente, desígnios mais elevados, mas receio bem que este seja ousado de mais para muitos. A simples resolução de nos desfazermos de todas as opiniões, que antes recebemos como críveis, não é um exemplo que qualquer um deva seguir. E o mundo é composto quase exclusivamente de duas espécies de espíritos, aos quais, de modo algum, o meu projecto convém: daqueles que, julgando-se mais hábeis do que são, não se podem coibir de precipitar os seus juízos, nem conseguem ter paciência suficiente, para ordenadamente conduzir os seus pensamentos, donde resulta que, se uma vez tomassem a liberdade de duvidar dos princípios que receberam e de se afastar do caminho comum, jamais poderiam manter-se na senda que é preciso tomar, para caminhar mais direito, e, durante a vida inteira, ficariam perdidos; e daqueles que, tendo bastante razão ou modéstia, para se julgarem menos capazes de distinguir o verdadeiro do falso do que alguns outros, por quem podem ser instruídos, devem preferentemente contentar-se em seguir opiniões desses outros, e não procurarem eles próprios outras melhoras.»
Posto isto, a citação é tão extensa e o meu amigo Pedro vai desatinar muitíssimo, que esqueci o que vinha dizer
Errata:
melhores
e não
melhoras
«aprender a gostar»
A homossexualidade não é uma opção nem uma escolha (dizem) é uma orientação.
Pedro, isso é um disparate!!!!!
Desculpe, mas não há paciência!
Orientação?
Escolha?
Opção?
Partindo do princípio que gosta de mulheres, escolheu, optou, orientou-se para gostar de mulheres?
Qual era a outra (existiria, uma, no mínimo) opção, orientação, escolha?
Esta falta de orientação, ainda me irrita mais que a expressão «de encontro a». Bolas!!
Cara Rosa,
Remeto-a para um comentário dum senhor chamado Besugo, no «post linkado»
«63 Besugo
14 Out 2008 às 23:29
” Qual o prazer de um gajo se “enrrolar” com outro?
Dormir com uma mulher não é bem melhor? ”
Quintanilha,
Sinceramente não sei responder à sua questão mas pelo que percebi você encontrou a sua preferência. Baseada em experiências comparativas presumo?»
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