quinta-feira, outubro 15, 2009

1272 - a dupla mensagem do pessoa bejense

Onde começa e onde acaba a liberdade?
Não gosto que os meus leitores e comentadores sejam ofendidos.
Sinto-me feliz por ser lido e comentado, provoco, fomento discussões mas não ofensas gratuitas.
Nos meus comentários, no que escrevo procuro não ofender ninguém...
Não me aborrece nada ser ofendido (até acho piada) a ofensa, normalmente, revela falta de argumentos.
Quanto à imagem que ilustra este texto, é só um boato, uma boataria...

6 Comments:

Blogger r said...

Boa noite, Pedro

Deixe-me perguntar-lhe:

- Não se aborrece nada em ser ofendido?, acha piada às ofensas que lhe fazem?

Pergunto, porque estou aqui a pensar que pessoa (humana) é que não se aborrece com as ofensas que lhe fazem e, não sei se o hei-de parabenizar por ter atingido já, esse elevadíssimo estado de pessoalidade ou se lhe pergunte, ainda, se o deva pensar (a si), mais uma vez, no papel e na perfeitude de Deus.


Ora bem, s'eu chegasse aqui e lhe dissesse algo do género:

- Olhe, seu cínico do raio que o parta, vá à merda [consta no dicionário!] e leve consigo essas argumentações hipócritas que designa por provocações e fomento de sádia discussão, sem ofensa-gratuita [o hífen, obviamente, caríssimo, não surge por acaso. Repare que no seu texto, afirma-se que não promove «ofensas gratuitas», o que nos pode levar a questionar se existirá algum tipo de ofensa que o não seja ou se concebe algum tipo de ofensa para além da mediocridade intelectual], mais as desculpas que reclama serem, tão-só, presença de influências neo-realistas e deixe-se do aparente papel de bom samaritano, isso fazia de mim uma estúpida ignorante sem argumentos para críticar (passar o crivo) os seus textos e de si uma pessoa nada oborrecida, às gargalhadas, certo?

Pergunta onde começa e onde acaba a liberdade e, creio, não será a primeira vez, não lhe parece ser já tempo de fazer umas incursões pela Filosofia da Acção e/ou pela Ética? ou então, «se não sabe por que pergunta?» Nesta matéria e em plena humildade, recomendo que releia a resposta que lhe dei há algum tempo sobre o tema em questão. É como lá está... "ter um dever para cumprir e não o fazer": poder escolher! Poder escolher! Poder escolher entre fazer o dever ou não fazer o dever, sendo que, como «infinitas» vezes lhe disse não há escolhas em abstracto.

De resto, há, ainda, outra questão, a saber: como pode o comentador ou comentadora que cita, saber «a priori» que o está (irá) ofender? Como é que sabia, ao fazer-lhe o comentário que o ofenderia?

Numa apreciação generalista, diria ser bastante inteligente, o tal comentário citado. Revela conhecimentos de História, Literatura, Poesia, Geografia, Política Internacional, Relações Públicas, Anatomia, Biologia, Cinema e mais alguma que não estou a apreender e, ainda, coloca a questão filosófica (ética) da liberdade... sem esquecer a questão transversal das competências profissionais e profissionalizantes, aliada á natureza dos preconceitos e estereótipos de conotarmos certas profissiões com gentes de pueril inteligência e escassa capacidade de discernimento...

e ainda se ri com a falta de argumentos?

sexta-feira, outubro 16, 2009 12:09:00 da manhã  
Blogger Unknown said...

Pois é,num país que elege o Salazar como o melhor portugês de todos os tempos,estamos sujeitos a ouvir e ver da parte de uma ignorante ,as parvoeiras que ela diz...

sexta-feira, outubro 16, 2009 8:36:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Nos meus comentários, no que escrevo procuro não ofender ninguém...

Ah..Ah..Ah..

Este teu palavreado é de rir.

Olha lá ò parvalhão então tu não ofendes ninguém hein?

Porra que és mesmo sacana pá, quem não te conhecer que te f*da porque nisso és tu crónico em ofender as pessoas tanto no que aqui publicas como no que comentas nas caixas de comentários de outros.

És mesmo um falhado mental pá.

Vai pró Car**ho com estas tuas tretas.

sexta-feira, outubro 16, 2009 9:45:00 da tarde  
Blogger pedro oliveira said...

Rosa,há ofensas que não são gratuitas são efectuadas com objectivos bem definidos.
Um exemplo, a ofensa de Materazzi a Zidane ofendendo a família do jogador francês.
Quando falo em ofensas gratuitas falo em palavras, frases ou comparações que são mal interpretadas, melhor são interpretadas de forma a fomentarem a coitadinhice. Aquele menino (eu) sou mau e chamo nomes aos outros meninos/meninas.
Um exemplo uma menina (jornalista) pediu-me pra retirar um «post» e retirei-o.
Em consciência continuo a achar que estava bem escrito e não era ofensivo mas respeito opiniões diferentes da minha.
Por isso não gosto de totalitarismos sejam eles de direita ou de esquerda.
No «blog» e na vida procuro não fazer críticas nem gratuitas nem das outras, obviamente há uma grande subjectividade inerente à analise das «ofensas».

Camarada, não considero Maitê ignorante. Muitos que a criticam nada sabem da História do Brasil. Maitê nao comete nenhuma incorreção histórica.

Pessoa anónima, à hora que estava aqui a colocar esta brilhante reflexão, estava eu com «os meus meninos» na Casa do Povo da Aldeia a falar-lhes de trabalho, de arte que se faz com as mãos.
Falava-lhes de sobreiros, de cortiça de carvoarias na charneca, de chaparros...
Um deles mostrou-me uma cicatriz na mão e disse:
- Foi feita com uma machada a tirar cortiça.
Gosto de mãos que trabalham que têm cicatrizes, que produzem arte...
Há também mãos como as suas que escrevem, anonimamente, em «blogs» de «falhados mentais».
Não sei o que é um «falhado mental» será, certamente, alguém que precisa de carinho, de atenção, de conforto.
Hitler é que mandava/mandou matar deficientes e queimar livros.
Não gosto das ideias de Hitler mas gosto de pessoas portadoras de (d)eficiência e de livros... e gosto de comentários como o seu que, construtivamente, me ajudam a ser uma pessoa melhor.

sábado, outubro 17, 2009 1:17:00 da tarde  
Blogger r said...

Pedro
acabei de me perceber uma grande falhada... informática.
Após várias tentativas, para publicar um comentário, parece que entendi o funcionamento da sua caixa de comentários [é limitada a 4 vírgula não sei quantos caracteres e eu tenho muita dificuldade em sintetizar o pensamento], pelo que, de forma faseada, ainda lhe venho dizer o seguinte:

Pedro,
ok!... é uma questão de definirmos o uso dos conceitos "ofensa" e "insulto".
Há meses essa questão foi bastante debatida num blog da nossa praça...
duma forma superficial, diria que há dois aspectos muito interessantes e remetem para a "representação simbólica", para a "linguagem"... uma questão mais elaborada da coisa. Por exemplo, o Pedro cuida a expressão escrita, evita o uso do calão; por vezes, usa asteriscos e não é apologista da ofensa directa, do género: "é pá vai para o *******", ou: vai para a **** que te pariu", isso, caríssimo, como sabe, não significa que não cometa ofensas a terceiros. Há uma ironia elaborada, inteligente, que vela a ofensa directa e, ainda assim (ou por isso mesmo), pode ser ofensiva ou tomada como tal. A sua escrita, por exemplo, é, muitas vezes, pautada por esse tipo de ironia*.


Outra questão será a de nos questionarmos, já não pelo conceito, propriamente dito do insulto e da ofensa, mas pela legitimidade da expressão ou não; posso, porque vivo num país de livre expressão, insultar e ofender? No fundo, isto é mais do que uma questão de legalidade, é... filosófica, levanta problemas morais e éticos [agora, também está na moda usar a palavra ética a torto e a direito, já não bastava a tal Filosofia do Futebol...]. Por exemplo, as pessoas podem vir aqui chamar-lhe nomes feios (quiçá, também, é uma questão estética - lol -), mandá-lo para infinitos sítios, insultar os seus comentadores ou as suas (deles) famílias? É nisso que consiste a livre expressão de opiniões e ideias? Que mais-valia traz isso ao debate e /ou à vida concreta de cada uma ou de todas as pessoas? E o Pedro, enquanto «blogger», pode seguir esse mesmo caminho?

domingo, outubro 18, 2009 11:15:00 da tarde  
Blogger r said...

O que tenho observado «por aqui e arredores» é, obviamente, um «dejá vu» ... um conjunto de identidades que não assinam o que publicam e não superam naquilo que escrevem um conceito imaturo de liberdade-para-dizer; a imaturidade, evidentemente, nada tem a ver com a idade cronológica, mas sim com a percepção que essas identidades têm de si próprias e do mundo que as rodeia e do qual pensam fazer parte. É possível pensá-las, mesmo sem saber, em concreto, quem são. Ora, basta observar os valores e os simbolismos que empregam, os temas que priorizam... e, para ser breve que vai longa esta conversa, uma palavra: Necedade! O nosso país, em particular, cultiva a imbecilidade, há uma «máquina de propaganda» em marcha, exacta e rigorosamente, a cultivar a imbecilidade e o obscurantismo e nós (as pessoas) até já somos capazes de adivinhar o argumento [discutível] de que se socorrem para fazer valer a sua (deles) imbecilidade... costuma passar pelo hábito de chamar aos que pensam diferente: iluminados. O «homem de ombros largos», mais conhecido por Platão, também explica isso no Livro VII da «República». É um «criducho» também, o Platão... em busca do iluminado que vai libertar os outros das trevas, mostrando-lhes, as sombras enquanto sombras e que, até então, consideravam a verdadeira realidade. E, enquanto não sairmos (as pessoas) destas redundâncias de argumentações balofas que mais não fazem do que entretenimento de tasca, não se matam os Dantas do Portugal paternalista, do «chico-espertismo, dos apoucados simbolismos, das «infatilóides» aproximações à realidade humana e a imbecilidade (maioritária, claro! dada a facilidade em ser imbecil) julgará sempre possível, na falta de ideias... «fulanizar»: Ausência de espaço público!
Etc etc está mais do que estudado o assunto...

Permita-me, ainda, uma referência a algo que já se falou por aqui, a saber: as alcunhas. A «alcunha» é, pelo menos, na tradição cultural portuguesa, muito interessante de observar e não teria, simplesmente, a carga pejorativa que se lhe quer atribuír, quiçá, por influência dessa cousa das américas a que chamam: «politicamente correcto», ao nível da linguagem ou por essa outra que designa por «coitadinhice», tão portuguesinha; o portugês vive numa subjectivação-coitadinha que teima, teimosamente,** aquém da consciência do social...
Fica para uma próxima oportunidade a reflexão sobre as alcunhas como património cultural, superando a mera negatividade por sobrevalorização de aspectos e características físicas; a questão é muito mais rica do que isso...

Agora sim, é para terminar...
desculpe a intromissão... Cortiça!! Fez uma excelente opção. É, absolutamente, extraordinária a utilização da cortiça, a transformação da cortiça em... arte. Tenho grande paixão por essa matéria-prima
sapatos, malas, carteiras, almofadas,botas, sandálias, chinelos, cortinados.......tudo em cortiça....... LINDO!


Observação: A actriz brasileira não me ofende, enquanto portuguesa, mostra(-me) ignorância da História de Portugal, da Geografia de Portugal, da Cozinha e tradições portuguesas e, piorzinho, não sabe sentar-se num sofá como uma pessoa se deve sentar naquele contexto. Eu sou, ainda como Sócrates [o filho da parteira! O filho da parteira!]... é preciso educar os ignorantes para que deixem de cometer o mal



* Graças a Deus ou à Deusa... que já não há pachorra para tanta «burridade»

**a redundância é para enfatizar a náusea dessa «coitadinhice»

domingo, outubro 18, 2009 11:16:00 da tarde  

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