311/2010 - a rainha de inglaterra e o jardim de tramagal em 1968

Entre elas, a que está ali em cima, uma família fotografada num jardim, como eu, os meus irmãos e a minha mãe, fotografados em 1968, num jardim... em Tramagal.
Em 1968 não existia uma ponte rodoviária que nos levasse para norte, o passeio normal dum santamargaridense era enfiar os três putos e a mulher num carro e ir passear até Tramagal.
Muitas vezes fui criticado pela minha monarquice, percam um bocadinho de tempo a olhar as fotografias da família de Isabel, gajos e gajas como nós, putos que choram e riem, gente que trabalha, que cumpre um destino
15 Comments:
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Será que o Plebeu não anda para aí misturado com a realeza ?
Abraço.
Cara comentadora,
Em 1968 já existiam muitos automóveis em Santa Margarida da Coutada.
Um dos primeiros o do Sr. Fernando Antunes, dono da padaria da Portela.
Existiam, também, autocarros, bicicletas e motorizadas e pernas, perninhas.
Fui muitas vezes a pé (à pata como dizíamos) para Tramagal.
Poupe-me a pseudo-jargões identificativos de classe.
Talvez, camarada...
Talvez o plebeu esteja p'ra 'li dissimulado, escondido, envergonhado... com medo de nos dizer quem é.
Há muito tempo, Paulo de Carvalho, cantáva-nos (lembra-se, camarada?)
«quis saber quem sou, o que faço aqui...»
Esta gente não sabe quem é, nem o que faz, envergonham-se, tentando envergonhar.
Um abraço, camarada
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«Seria, absolutamente, estúpida se ficasse calada ao ver escrito que a "família real são gajos e gajas como nós".»
Pois, a estupidez é de quem a assume.
A minha monarquia é a liberal, não a «absolutamente».
A minha monarquia é a D. Pedro (obviamente) IV; não a paneleirice pseudo-beata de D. Miguel (bem sei que isto não é uma linguagem, historiograficamente, muito correcta, mas enfim).
Reis e raínhas são gajos e gajas comos nós, têm sangue vermelho e não o escondem.
Juan Carlos está a morrer e não me consta que tenha solicitado uma transfusão de sangue azul, ele sabe, todos sabemos, que é cor de metal oxidado, o que lhe corre no corpo.
Trabalhar?
Eu fui de autocarro, bicicleta, de motorizada e à boleia [a boleia combinada é humilhante, um «dever favores»] para Tramagal, para trabalhar.
Por respeito para quem trabalha, trabalhou, ao som de apitos, pausas, cartões que se perfuram com a hora de entrada, por respeito, não utilizar a palavra - trabalhar - em vão.
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Cara comentadora,
Este «post» para mim é uma gotinha, uma meia dúzia de palavras que escrevi, uma luz para o povo, um «link» que não seria consultado por muitos.
Escrevo para a minha gente, pessoas simples (como eu) que não consultam «Le Figaro», diariamente, a senhora comentadora, provavelmente, conhece e sabe tudo, não era para si, este «post».
Nem todas as pessoas têm a possibilidade de estudar em universidades privadas, nem todos podem ter os estudos superiores financiados por câmaras munipais comunistas.
Há pessoas (como eu) que antes das doutorices, aprenderam a matar pela república, venderam livros porta-a porta, trabalharam para empresas de celulose coordenando aviões e helicópteros, acalmando choros e desespero, mimaram crianças em tempos livres, organizaram e levaram peças em paletes monitorizadas.
Há pessoas, que falam da vida, outras tentam atingi-la com bolas de sabão (palavras), assopráveis».
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http://www.radiohertz.pt/?pagina=noticias&id=3783
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