terça-feira, dezembro 21, 2010

451/2010 - um, dois, três, quatro, cinco e onze

Há pessoas e pessoas e existe a natureza.
Sou um apaixonado pela vida, por todo o tipo de vida, da animal à vegetal e à mineral.
Pode parecer pancada (e é) normalmente, ando sempre com uns binóculos (para ver aves) e com uma máquina fotográfica para registar momentos... nunca os aponto a pessoas; gosto de pensar a vida sem «seres inteligentes».
Na imagem acima (é uma só, mais ou menos, ampliada) vemos a natureza, o azul do infinito, o branco da água que sobe, o verde das canas que cantam, com as carícias do vento... vemos, também um poste de electricidade e um sinal de trânsito coberto com negro plástico da vergonha.
Olho a imagem e ela segreda-me três nomes:
1. Josep Guardiola... 1 - 5
2. Paulo Sérgio........ 0 - 3
3. José Mourinho..... 1 - 0
Os dois primeiros nada valem, sorriem e dizem que são, apenas, o vento que faz as canas (os jogadores) darem-nos concertos de felicidade num verde campo.
O terceiro é um sinal obrigatório, uma seta apontada ao seu (dele) egocentrismo, um sentido único de vergonha vestido, tapado.
Um (em casa).
Um, que deveria ler este post e pensar:
Se calhar o Pedro Oliveira tem razão, provavelmente, sou um gajo arrogante, sempre a tentar parecer maior do que aquilo que sou. 
O futebol é mais que um jogo, é arte, os artistas são os jogadores. 
Como jogador não prestei para nada... mas a arte só é possível com quem a proporcione, motive e induza. 
Como proporcionador (treinador) da arte, também, não inovei nada de belo, sou um resultadista, um medroso (merdoso), até no jogo que o Pedro fala, ali em cima, tirei o meu único avançado... para defender o zero a zero, na altura, parecia-me um bom resultado.
Ganhei.
Posso não prestar, os cinco a zero que levei em Barcelona provam-no, mas lá que tenho muita sorte, tenho.
Parece que estou a ouvir o Zé a dizer-me isto, sorria e dizia-lhe:
Zé, o Paulo Sérgio com a tua sorte (se pontapés nos paus, golos fossem) ia à frente no campeonato, vejo-o a sorrir, destemido, vejo-o (ao Paulo Sérgio) a olhar os jornalistas e a dizer:
Sou mais um num grande grupo, mais um num grande clube, eles é que jogam... de um a dez eles são onze em campo, eu tento ajudá-los... a serem felizes.
não é o fim, nem o princípio do fim, é o fim do princípio