domingo, junho 12, 2011

0102/2011 - um campeão, o pai dela

nunca admirei tanto um atleta como admirei José Águas (...) Era a elegância, a inteligência, a integridade, e ao pensar em escrever o meu desejo era ser o Águas da literatura. Vi Pelé (...) Puskas, Di Stéfano, Santamaría, tantos outros génios, no tempo em que o futebol não era ainda uma indústria nem os jogadores funcionários competentes, comandados por esse horror a que chamam técnicos; isto escreve-nos antónio lobo antunes, p.11, no prefácio a este livro.
não sei como classificá-lo, é um tipo de livro nunca antes escrito, uma dupla biografia, a autora, mesmo sem se dar conta, escreve uma auto-biografia e tenta biografar o pai, tudo no mesmo livro, em períodos seguintes, sem pausas, intercalando memórias, recortes de jornais e o seu (dela) livro do bebé.
No fim do campeonato de 1957/58, o endiabrado Arsénio disputava com o meu pai o ceptro do rei dos marcadores.
N' A Bola, o redactor Couto dos Santos explicava tudo num artigo dedicado ao «reinado» dos marcadores, a que chamou «Águas  e Arsénio - o "Rei" e o pretendente ao "trono".
Águas e Arsénio foram companheiros de equipa no Benfica (...) pondo-lhe nos pés golos e golos, que José  Águas aproveitava a sorrir (...) Arsénio mudou do Benfica para a CUF (...) o homem que trabalhava para o "rei" dos marcadores (...) tornou-se «príncipe» - o «príncipe» da CUF.
Arsénio (...) acabaria por ser o grande vencedor da Bola de Prata 1957/58.
Por esta altua leio no Livro do Bebé:
Dia 3 de Março de 1958 - foi ao Jardim Zoológico  com o Paizinho. Ficou encantada com tanta bicharada
(pp. 153-155)

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

"Às vezes construímos sonhos em cima de grandes pessoas… O tempo passa… e descobrimos que grandes mesmo eram os sonhos e as pessoas pequenas demais para torná-los reais."

Bob Marley

terça-feira, junho 14, 2011 5:23:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Don Alfredo di Stéfano, La Saeta Rubia, A Seta Loira, el Mejor Futbolista de todos los tiempos......

sábado, junho 18, 2011 6:15:00 da tarde  

Enviar um comentário

<< Home

não é o fim, nem o princípio do fim, é o fim do princípio