quinta-feira, maio 31, 2007

771 - cha rua por tu ga(nhar fama)

Não vou brincar aos «links», contudo, podem utilizar o rectângulozinho branco lá em cima, escrever: cruz, charrua, sargento e ler aquilo que penso sobre o assunto.
O caso Charrua, como o caso sargento é uma construção da pseudo-comunicação social que temos, nisso eu e o camarada Vítor Dias concordamos (afinal cá vai «link»).
Ninguém sabe aquilo que Charrua disse, ninguém sabe quanto custou a criança [confesso que tenho curiosidade, se sabemos o preço de Nani, de Simão, de Anderson porque não o de Esmeralda/Ana Filipa?]
Extrapolando a partir daquilo que não sabemos, utilizando, apenas, os factos [aquilo que é, comprovadamente, verdadeiro] farei um jogo de perguntas e respostas...
1. Charrua é um professor normal?
Não, é um ex-deputado na Assembleia da República. Não exerce nenhuma actividade lectiva. Está requisitado pela Direcção Regional de Educação do Norte (DREN) para exercer um cargo de confiança política.
2. Confiança política, significa confiança no horário de expediente e fora?
Sim, confiança, significa confiança.
Será que Charrua cumpriu aquilo que se esperava dele?
Se não (e tudo indica que não) não aceitasse o cargo.
Já é «prostituição» suficiente um ex-deputado do PSD estar a exercer cargos políticos num governo PS, não se arme, ainda, em virgem ofendida.
Acha que o gajo do «jogging» internacional é um palerma (para não dizer outra coisa), que a directora o persegue politicamente... cá para nós leitor, o que faria?
Eu, certamente, diria:
-Não pactuo mais com isto, cessem a minha requisição, quero voltar à minha escola, ensinar inglês aos meus queridos alunos ... os professores que me lêem por certo concordam, professor que é professor quer é estar perto dos meninos, jamais interpretaria um regresso à escola onde é efectivo como um castigo, pois não?

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Eu sou professora d'uma matéria sem utilidade nenhuma (dizem!)e, por acaso, tua leitora esporádica (tenho muitas aulas para preparar e não ocupo muito tempo em blogs), por isso, respondo: sim, professor que é professor, ensina. Blá...blá...já enjoei charruas.

De repente lembrei-me: como é que alguém (muitos alguéns) que não ensina há anos, está em condições de representar (não presta, mas é o que se arranja) aqueles e aquelas que ensinam e dissertar sobre as suas funções e direitos?
Lembrei-me, apenas, porque esses tipos me irritam solenemente.
Que retornem às escolas (coitados dos meninos...).
Que se avaliem.
....Blá...blá...
Os teus leitores professores (e outros) que me venham convencer de que o sistema educativo existe (a sua essência) para dar empregos a pessoas que, sabe-se lá por que razão, resolveram ir para a universidade. Gosto de trocar ideias e reconhecer erros se for o caso.

Aproveito ainda para descrever uma situação (ando em fase de exibicionismo egoísta gratuito).
No presente ano lectivo, por razões que não interessam agora, estou a leccionar no 2º ciclo. sendo eu do secundário, uma das grandes preocupações dos professores e chefias da minha escola era o facto de eu me «sentir desprestigiada» por ser professora de filosofia. Isto choca-me, percebes? Dá-me que pensar!
Qual é a imagem que se tem d'um professor de filosofia e da filosofia escolar?
Qual é a imagem que se tem do professor do ensino básico, que é fundamental para os que se lhe seguem?
Etc....já estou a divagar.

Charrua não é professor como eu, aliás, ele é professor???...eis a questão.
As palavras, os afectos, as existências das pessoas....são, no mundo em que vivemos, prostituíveis.

Nota final: este post é interessante, ao apontar para outros tantos, salientando reflexões anteriores. Uma espécie de balanço, diria.

quinta-feira, maio 31, 2007 1:00:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Charrua que se dedique à jardinagem.Talvez Camões contrate pessoal...

quinta-feira, maio 31, 2007 9:51:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

É claro que agradeço o «link», mas escrevo sobretudo para lhe dizer que foi graças ao seu blogue que voltei a ouvir falar de Santa Margarida da Coutada.
É que eu, por volta de 69/70 estive colocado numa coisa pomposamente chamada QG da 3ª Divisão no Campo Militar de Santa Margarida e foi nessa freguesia que, ao lado do meu Brigadeiro, votei na farsa eleitoral de 69. E lembro-me de duas histórias que revelam bem o que era aquele tempo.
A primeira é que,quando me apresentei para votar, disseram-me que não estava inscrito e devia estar pois como oficial miliciano tinha de ser inscrito oficiosamente. Mas o Presidente da mesa disse-me logo «não há problema meu alferes, acrescenta-se o nome aqui à mão». E eu, com o Brigadeiro a olhar para mim, ainda disse : «o senhor é que sabe se isso é legal...». Depois de um minuto de indecisão e nervosismo, lá votei na lista da oposição - a CDE de Santarém.
A segunda história é que, quando a RTP foi começando a divulgar uns resultados soltos, a certa altura disse » Santa Margarida da Coutada - ANP não sei quantos, CDE 9»( e eu quase conhecia todos estes 9).
O mais estúpido é que estes 9 votos na CDE provocaram o seguinte comentário numa mesa de Coroneis e Ten- Coroneis « Nove votos na CDE, aqui em Santa Margharida ? ! Temos é de descobrir quem são».

E pronto. Good night e good look.

terça-feira, junho 05, 2007 5:26:00 da tarde  

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