quarta-feira, maio 30, 2007

770 - a fricção do mundo


Tinha pensado em falar do «blog» e tal, do primeiro aniversário, do segundo aniversário...
Não o vou fazer, partilho convosco o meu primeiro texto publicado (não é grande espingarda).
Naquele tempo (ver capa) partilhava uma revista com Agustina, com Bénard da Costa, com Vasco Pulido Valente e especialmente com Leonardo Ferraz de Carvalho e Manuel Hermínio Monteiro, que a terra seja leve para os dois últimos.
Um dos últimos «posts» chama-se: «pode alguém ser quem é?» canta o Sérgio: «pode alguém ser quem não é?».
Quem somos?
Nesse texto eu sou (eu fui) Afonso H. d' Ávila, um nome improvável, uma personagem com uma linguagem própria (julgo que nunca empreguei a palavra garina, excepto ali) ... Vila Nova de Punhete, nunca existiu, tal como nunca existiu Vila Nova de Constância, esta última continua imortalizada (as palavras) pelo pincel de Malhoa no tecto da Igreja Matriz.
Aquele texto é uma brincadeira à volta de palavras e de conceitos, uma brincadeira dum puto de vinte e tal anos que com quase quarenta não tenho problemas em assumir.
Este «blog» é uma brincadeira séria, nisso não mudei muito.

[já tinha aflorado esta história ... aqui]
(acrescentado às 23H50)

10 Comments:

Anonymous Anónimo said...

o que quer dizer seriedade?

quarta-feira, maio 30, 2007 11:41:00 da tarde  
Blogger pedro oliveira said...

não encontrei essa palavra no texto

quarta-feira, maio 30, 2007 11:43:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

«brincadeira séria»
cf. último período do texto.

perguntei o que quer dizer seriedade, no sentido de compreender o que é uma «brincadeira séria».

quarta-feira, maio 30, 2007 11:56:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

último parágrafo* do texto/post.

*lendo na caixa de comentários (Show original post), não figuram os parágrafos.

quinta-feira, maio 31, 2007 12:00:00 da manhã  
Blogger pedro oliveira said...

Cara comentadora, brincar, «jouer», «play», são palavras que trazem água no bico, prestam-se a várias interpretações...
«Play with my self» poder-nos-ia remeter para o antigo nome de Constância, pode remeter-nos, também, para o menino que fui, diz a minha mãe:
- Entretinhas-te com qualquer coisa, passavas horas a brincar com pauzinhos e com caricas, falavas sozinho, inventavas as tuas histórias... era um descanso.
Brincar a sério é utilizar o humor para dizer verdades, é não ter medo das palavras, não ter medo de ter opinião e de ser confrontado com ela.

quinta-feira, maio 31, 2007 12:23:00 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Caríssimo amigo
a minha pergunta nada tinha a ver com as suas alusões de juventude à actividade masturbatória do ser humano saudável. Isso já são subtilezas interpretativas do seu, permita-me, «lado gajo» citadino, a remeterem, como que, descomprometendo-se (das tais interpretações), para a infância campestre de menino das caricas, sossegadinho e inventor de histórias para acompanhar.

A minha pergunta (pertinente) ia ao encontro da explicação que, gentilmente, se dignou dar-me na última parte do seu comentário. Fiquei esclarecida. Muito obrigado.
Posto isto, teria sido dispensável os dois primeiros parágrafos.

quinta-feira, maio 31, 2007 1:02:00 da manhã  
Blogger pedro oliveira said...

Como lado gajo citadino?
Chamar-me citadino é ofender-me.
O «big brother» dir-lhe-á da minha humilde casinha santamargaridesca, do assédio que tenho sofrido:
- És mesmo parvo, já que tens de trabalhar aqui, porque não compras cá casa? [cá «big city» Lisboa, na verdade eu não vivo em Lisboa, vivo em SM e as contigências da vida obrigam-me a passar-me lá/cá quatro dias]
Não compro, obviamente, porque não a posso pagar a pronto, não compro porque a minha costela de esquerda é anti-capitalista, anti especulação capitalista, curiosamente, assisto às choraminguices comunistas, ah e tal não nos podemos endividar... gajo de esquerda a sério não mendiga dinheiro nos bancos, assalta-os

quinta-feira, maio 31, 2007 1:23:00 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Ó meu amigo, para o ofender?
Eu lá sou menina de vir aqui debitar-lhe ofensas.
Não amigo, não diz.
Diz-me muitas coisas sérias, passíveis, por vezes (nem sempre) de interpretações várias, mas nada de assédios nem humildades…

«assalta-os»…só em crime perfeito.

quinta-feira, maio 31, 2007 9:41:00 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Abstrair-me do irreal,sem ser virtual...
Fantasiar o imaginàrio,sem imaginar nenhum cenàrio...
Ilusão,confusão numa fricção.
Os corpos trocam fluidos loucos,cuidado com os outros...
Somos quem geme là no fundo,são prazeres do mundo...
Ilusão,cofusão,fricção...
Ás vezs è só o amor,ou então a cruel dor...
Mas porquê que isso è só assim
Ilusão,confusão ,fricção
Era uma vez talvez uma vida,fora de tempo sem saída...
E sem pensar somente a sentir,que a vida està a fugir...
Ilusão,confusão,fricção...

Zè Rui.
(Indice Peixinho)

quinta-feira, maio 31, 2007 9:44:00 da tarde  
Blogger r said...

Reli com prazer.
Quando não tiveres nada para «postar» (será impossível...) pensa no texto da Filomena Mónica. Olhei o operário com outros olhos, pensando no tal retrato que te falei há dias... gostaria de conhecer esse texto.

quarta-feira, janeiro 02, 2008 11:58:00 da tarde  

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