quarta-feira, junho 20, 2007

808 - um lindo cravo real

Espanta-me que tenha sido necessário vir um gajo de Poço de Boliqueime explicar aos burgueses da capital porque é que um presidente da coisa não pode usar cravos na lapela.
O cravo é, tradicionalmente, uma flor ligada a milagres e à monarquia.
Eu uso-o, obviamente.

4 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Bonjour...!

outro post político, óbvio!
o gajo de Boliqueime tb é um pequeno burguês, óbvio!
há tradições que ainda são o que eram, óbvio!... tipo o mistério dos mistérios, óbvio!
as flores nos jardins são belas, óbvio!...e encerram simbolismo diverso, como o cravo, óbvio!
imagino-o (daqui) de cravo na lapela, que somente a sua costela monárquica lhe permite, óbvio!
milagres só com sandálias para o Verão que começa amanhã, óbvio!...e um cravo na lapela.

rapaz do campo, um lindo cravo real, brilhará, obviamente, na sua lapela.

evidentemente!

quarta-feira, junho 20, 2007 10:30:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

São rosas Senhor!
Qualquer coisa assim.

O filho do alfaiate foi para as américas apreogar a auto-estima lusitana, sem cravo à lapela.

quinta-feira, junho 21, 2007 5:48:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Desculpa meu irmão
mas eu não posso esquecer
que um dia te pus um cravo na lapela
e que ainda hoje o vejo florescer.
Aliàs irmão eu nem tenho que te pedir desculpa
mas não sei por que caminho te cruzas
nem onde moras agora irmão
mas o cravo que te pus na lapela
continua tão vivo como então
porque ainda creio nas cores rubras de Abril
e nos sulcos que tu abriste pelos caminhos da escravidão.

Onde estàs irmão?onde moras agora?
Que arma seguras na mão?
Estou aqui e nem te sei
talvez te encontres a meu lado
segurando na lapela o mesmo cravo
que um dia de Sol te pus e te guardei.

Desculpa irmão mas eu não posso esquecer
que te pus um cravo na lapela
e que ainda hoje o vejo florescer quando passo por entre os sulcos da ignorância
e me dizem que jà não existes
que jà não passeias por ali.
Não posso crer que te tenhas esquecido
aquele dia irmão não posso
por isso conservo uma cópia do cravo que
um dia te pus na lapela e abro bem os olhos
e abrem bem os olhos
porque um Abril assim
não se esquece não se mata não se prende
por isso todos os dias alimento a
memória do cravo
que um dia te dei na esperança de
que me ouças
e não te esqueças que um dia
um dia de sol irmão
te pus um cravo na lapela
e ainda hoje o vejo florescer.

(Maria Tereza Lobato Lopes)

quinta-feira, junho 21, 2007 6:07:00 da tarde  
Blogger pedro oliveira said...

O problema é que o cravo não é para usado na lapela, sim no coração.
O problema é que Abril não é para ser lembrado, é para ser vivido.

O problema é que não repararam no fantástico poema, sai extracto:

e coxos a coxear
eram cegos soluçando
daquele mal de cegar;
eram crianças de peito
que não tinham que mamar

agora, felizmente, não só mamam as crianças como há alguns que quanto mais alto vão subindo mais vão mamando.
(um comentário político, obviamente)

quinta-feira, junho 21, 2007 7:38:00 da tarde  

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