quinta-feira, julho 05, 2007

838 - se bem me lembro

Este post é um exercício de frontalidade, de nudez, daquilo que defendo como blogger, como pessoa.
Desnudar é algo que todos fazemos, com maior ou menor consciência.
Eu sou eu e a minha circunstância, único, irrepetível.
Escrevo, corrijo.
Publico, arrependo-me, melhoro (acho), penso que não faz sentido, leio um comentário, exclamo:
- Não era nada disso, carago (para não dizer outra coisa)
[acho os comentários descontextualizados, não os censuro, prefiro ... censurar-me]
Republico (odeio esta palavra) o post de ontem, realmente (amo esta palavra) gosto de me questionar, adoro chocar, questionar ... as minhas unhas são importantes? No contexto, talvez ... definem-me como um gajo que não desperdiça, como alguém que se sente feliz com pequenas vitórias.
As pequenas vitórias alentam-nos para as grandes conquistas.
(ah, não me envergonho das minhas unhas ... eram lindas não eram?)

4 Comments:

Anonymous Anónimo said...

bom dia caríssimo amigo,
a novela ainda não acabou, volto já para fazer um comentário descontextualizado que vá de encontro [ai.., desculpe!] ao seu desnudo [gosto desta palavra] post.

P.S.:diga outra coisa!!...o menino não é ribatejano?

quinta-feira, julho 05, 2007 10:26:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

vou ser exaustiva.
apetece-me, no sentido, de outros (meus) comentários (des)contextualizados.

Pressuposto
A leitura é transfiguração.

Ponto 1
A expressão «se bem me lembro» remete-me para a emissão a preto e branco de Vitorino Nemésio.

Ponto 2
Uma escrita nua não interessa nem ao menino jesus, que nem biblioteca tinha.

Ponto 2.1.
Um escritor que serve uma escrita nua é assim como a tipa que vem na capa da revista para público masculino. Não presta! Dá tesão que não resiste ao tempo. É breve, efémera.

Ponto 2.2.
Não senhor!... nem todos desnudam. Há quem morra breve sem ter desnudado coisa alguma, nem que tenha sido desnudado. Só quem ama o que sente, o que pensa, o que toca, o que cheira, o que saboreia...o que vive, desnuda (em aproximações). Frontalidade e desnudar podem não ser sinónimos...a conversa levar-nos-ia longe se introduzissemos aqui desvelar, por exemplo. Atenção que não estou a falar de telenovelas...falo da escrita, do escritor, do leitor, do blogger, da vida, enfim.

Ponto 3
Evidente!
Cada um é único.
Tu és único.
Eu sou única.
Cada um existe enquanto eu-circunstância, não sendo (convém) escravo dela. Irrepetível, sim senhor... mesmo perante a sua própria vida-existência...conheces a história do rio e tal e tal...

Ponto 4
A auto-correcção é benéfica...mas são os outros que espelham...são speculum...o arrependimento, o melhoramento, só existem porque vivemos-estamos-somos no seio de outras pessoas (únicas também).

Ponto 5
Carago fica descontextualizado no uso ribatejano, mas como estamos na era da globalização, aquela coisa do mito da aldeia global e tal...dizer car**** seria ordinário no sentido absolutamente pejorativo da palavra (neste contexto, portanto)

Ponto 6
Chocar gratuitamente é ridículo. Chocar para desadormecer, agitar consciências, problematizar, aceito.

Ponto 7
Eram, Pedro, eram...ainda as vou comentar.

Ponto 8
Todas as pessoas, penso eu, se sentem felizes com pequenas vitórias, a não ser que não sejam pessoas. Essas não contam.

Ponto 9
Grandes conquistas são o sonho de todas as mulheres e homens, são seres conquistadores, por natureza, a não ser que estejam doentes ou adormecidos...todos querem ser «heróis» e «reis», não podem é sê-lo sózinhos.

Ponto 10
O que publicas deixa de ser somente teu...e é exactamente, por isso, que publicas. Ofereces, pela publicação, ao leitor, algo que pensaste e queres que ele o compreenda...acontece que isto não é um processo linear. O conteúdo da tua mensagem, interfere com o eu-circunstância do leitor...dizeres que preferes chuva a chuvinha, é uma «metáfora» de algo que pretendes significar e que traduziste dessa forma e corre o risco de não ser interpretado como TU o quiseste significar. Um africano, talvez não perceba nada...não está familiarizado com a chuva, a chuva não participa do seu eu-circunstância.

Nota final: gosto de fazer comentários descontextualizados a ver se são censurados [olha p'ra mim preocupada...] dignos de correcção.

sexta-feira, julho 06, 2007 1:59:00 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Se bem me lembro,
os sacerdotes incas usavam as suas unhas para cortar a garganta dos porcos-da-india para utilizarem o sangue em ritos.

(curiosidades)

sexta-feira, julho 06, 2007 9:02:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

seria mau se te envergonhasses das tuas unhas, agora cortadas [...tenho uma carrada delas para corrigir...uma chatice, mas pronto...tem de ser]...eram (foram) tuas... eram lindas, tipo o túnel que se atravessa antes de chegar à luz*

* descontextualização absoluta. não resisti.

já chega de comentar por hoje.

bons sonhos ...!
tipo nestum com mel.

sábado, julho 07, 2007 12:41:00 da manhã  

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