Olhai estas flores do campo qu' existem sem ninguèm qu' olhe por elas!... Olhai as aves coitadas caídas numa armadilha vinda do cèu!... Olhai esta natureza a quem humano progresso declarou guerra!... Olhai todos os seres vivos que sabemos existir mas não têm paz!... Olhai os peixes no mar e esta luz no horizonte de um vil clarão!... Olhai o aroma da selva as miragens do deserto que vão ficar!... Olhai a água das fontes que estão prestes a secar sem haver nuvens!... Olhai o sentir dos homens sem coração para amar e libertar!... Flores do campo,aves do cèu ó natureza do progresso, o que fazer ? Seres vivos,peixes do mar ai ó selva e ó deserto quem acolheis ? Ai secas fontes e nuvens sem àgua p'ra saciar quando chorais ? O mund' enfim ,hà-de voltar, e o homem hà-de crescer para sonhar!
não lhe consigo encontrar defeito. ao post. isso é mau. algum defeito deve ter. o post. as aves voam. voam. voam e poisam. poisam «enrosando-se». quando nascem, as aves, têm asas, mas não sabem voar. precisam aprender. a aprendizagem do voo é uma osmose entre o aprendiz, o aprendizado e o ensinador. parecem-se. quando sabedoras (conhecedoras) do voo, as aves, voam e fazem-se poisar em «sopro vital» que não é gaiola. em gaiolas, as aves, murcham como as papoilas; não cantam e vivem leves (daquela leveza [porque há outra] que, a dado momento, se não sustenta). as papoilas dançam nos campos ao vento e depois murcham. as aves, dançam se «enrosando(-se)». somente. qualquer coisa de sublime, tipo a discussão do uno e do múltiplo. gostaria... gostaria que preferissemos sempre as aves às papoilas e aos cravos secos. gostei deste post político.
Com esta produção de posts de fim de semana, é difícil eleger qual é o post maravilha (Blogue Maravilha também era uma ideia(zita/zinha)a reter, do género Blogue com Tomates, Blogue que me faz Pensar, Blogue com grelos, Blogue vou ali e não vale a pena voltar...)
Dizia que é difícil eleger-te um post maravilha, este, é, na minha perspectiva (pessoal, portanto), um post maravilha.
A imagem é multilectal. Fabulosa! A associação da imagem ao breve texto, enaltece-o. Vejo-o a partir duma simples leitura gramatical, (o uso do se), literária (pela referência a António Vieira), poética no uso e recriação da palavra («enrosam-se» não existe no léxico nem é comum nos falantes (escritores). criaste-a.). Interessantíssima a ligação ao post do equipamento cor-de-rosa...as águias(aves [de rapina]) «enrosadas», que deixa em aberto a interpretação desse «enrosamento»...não esquecendo que o cor-de-rosa se associa cultural e socialmente a uma certa fragilidade feminina. Uma possível leitura política...na secura do cravo vermelho, símbolo de Abril, repousando em posição de acolhimento do rolo de papel. Não é um papel qualquer, é a reprentação teórica de Abril (um Abril por cumprir), envolto num baço laço cor-de-rosa. Um Abril politícamente «enrosado».
E podia continuar a dizer disparates sem conseguir significar o profundo simbolismo que li neste post.
E um é padre, o outro blogger......fabuloso. o post.
4 Comments:
Os campos verdejam-se com as chuvas e sob raios de sol. Sem chuva, nem sol, nem os campos são fertéis, nem as flores florescem.
As flores colhidas murcham sempre.
Olhai estas flores do campo
qu' existem sem ninguèm
qu' olhe por elas!...
Olhai as aves coitadas
caídas numa armadilha
vinda do cèu!...
Olhai esta natureza
a quem humano progresso
declarou guerra!...
Olhai todos os seres vivos
que sabemos existir
mas não têm paz!...
Olhai os peixes no mar
e esta luz no horizonte
de um vil clarão!...
Olhai o aroma da selva
as miragens do deserto
que vão ficar!...
Olhai a água das fontes
que estão prestes a secar
sem haver nuvens!...
Olhai o sentir dos homens
sem coração para amar
e libertar!...
Flores do campo,aves do cèu
ó natureza do progresso,
o que fazer ?
Seres vivos,peixes do mar
ai ó selva e ó deserto
quem acolheis ?
Ai secas fontes e nuvens
sem àgua p'ra saciar
quando chorais ?
O mund' enfim ,hà-de voltar,
e o homem hà-de crescer
para sonhar!
Frassino Machado.
não lhe consigo encontrar defeito. ao post. isso é mau. algum defeito deve ter. o post.
as aves voam. voam. voam e poisam. poisam «enrosando-se».
quando nascem, as aves, têm asas, mas não sabem voar. precisam aprender.
a aprendizagem do voo é uma osmose entre o aprendiz, o aprendizado e o ensinador. parecem-se.
quando sabedoras (conhecedoras) do voo, as aves, voam e fazem-se poisar em «sopro vital» que não é gaiola.
em gaiolas, as aves, murcham como as papoilas; não cantam e vivem leves (daquela leveza [porque há outra] que, a dado momento, se não sustenta).
as papoilas dançam nos campos ao vento e depois murcham. as aves, dançam se «enrosando(-se)». somente. qualquer coisa de sublime, tipo a discussão do uno e do múltiplo.
gostaria... gostaria que preferissemos sempre as aves às papoilas e aos cravos secos.
gostei deste post político.
Com esta produção de posts de fim de semana, é difícil eleger qual é o post maravilha (Blogue Maravilha também era uma ideia(zita/zinha)a reter, do género Blogue com Tomates, Blogue que me faz Pensar, Blogue com grelos, Blogue vou ali e não vale a pena voltar...)
Dizia que é difícil eleger-te um post maravilha, este, é, na minha perspectiva (pessoal, portanto), um post maravilha.
A imagem é multilectal. Fabulosa! A associação da imagem ao breve texto, enaltece-o. Vejo-o a partir duma simples leitura gramatical, (o uso do se), literária (pela referência a António Vieira), poética no uso e recriação da palavra («enrosam-se» não existe no léxico nem é comum nos falantes (escritores). criaste-a.). Interessantíssima a ligação ao post do equipamento cor-de-rosa...as águias(aves [de rapina]) «enrosadas», que deixa em aberto a interpretação desse «enrosamento»...não esquecendo que o cor-de-rosa se associa cultural e socialmente a uma certa fragilidade feminina.
Uma possível leitura política...na secura do cravo vermelho, símbolo de Abril, repousando em posição de acolhimento do rolo de papel. Não é um papel qualquer, é a reprentação teórica de Abril (um Abril por cumprir), envolto num baço laço cor-de-rosa. Um Abril politícamente «enrosado».
E podia continuar a dizer disparates sem conseguir significar o profundo simbolismo que li neste post.
E um é padre, o outro blogger......fabuloso. o post.
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