sábado, junho 21, 2008

1401 - a explicação dos «passare»

Quando elaborei o post do simãozinho porteiro (como ficou conhecido) era minha intenção abordar a realidade futebolística de uma perspectiva analítico-desconstrutiva.
A palavra entre aspas que integra o título deste post significa entre outras coisas: ir de um lugar para outro; correr, deslizar; ficar aprovado; ser aceitável, tolerável; declarar, ao voltarete, que se não faz jogo; remediar-se.
Gosto de fazer jogo, de ir a jogo e de interpretar o jogo.
Desconstruamos, analiticamente, o post 1400.
Inicia-se com a palavra não (premonitoriamente) continua com a palavra sim (possibilidade remota) e acaba em Constantim, nome de terra, ligação telúrica, intenção de assentarmos os pés no chão.
Todos temos uma terra a que chamamos nossa, a de Manuel é Constância, a de João Pico é o Souto, a do Nuno é Abrantes, a de Simão é Constantim.
O futebol, tal como a vida, é um jogo de equipa onde todos têm lugar. Simão não tem o gingar de Cristiano Ronaldo, nem o penteado de Miguel Veloso. A vida é mais que gingâncias e aparências. É humildade.
Na fotografia (propositadamente provocatória) vemos um meio sorriso e um beijo, a vida é, também, sorrisos e beijos.
Esqueçamos, agora, as palavras, detenhamo-nos na mancha gráfica sob a imagem, um triângulo, uma pirâmide invertida, simbolicamente o feminino ou meia cruz de David, um desequilíbrio, portanto.
O porteiro há muito nos anunciava o que aconteceu.
Vamos às palavras e às muitas leituras que tão poucas letras encerram.
Começa com Simão que contém a palavra sim e acaba com então que contém a palavra não, entre uma e outra todas as interpretações foram minhas ou como diria o outro: todos os dias foram meus.
Nota: Nos comentários ao post fala-se de tudo desde ovos cozidos e atum até às sete virtudes e aos sete pecados capitais.

10 Comments:

Blogger João Baptista Pico said...

Essa falta de afirmação, d peito aberto com que contorna essa serôdia justificação ou tentativa derradeira em justificar-se é o cerne da questão.
O mal português!
O que já o José Gil enumerava: o andar por aí, sem nunca se cmprometer e encostar-se ao lado vitorioso...
Ao agora é a nossa vez que Júlio Dantas escalpelizava naqueles dois talassas reonvertidos ao republicanismo...
Do dito popular: "Viva a República!
Mas a monarquia também não era má..."
Sim. o povo dizia isto quase cem anos antes da blogosfera.
O sistema não permite que grandes homens se cheguem ao comando.
Porque mesmo que houvessem homens havia sempre um fulano na blogosfera a fazer de " santamargarida", com boas ou más ideias e uns amigos a dizerem " Ámem!"
Porque os amigos dizem sempre "Ámen!!
Não importa ao quê! Ámen e "prontes"!
Quando o Scolari na mesa de jantar comunicou a coisa e fez Madaíl regressar do aeroporto à pressa, alguém suficientemente com "RAÇA" portuguesa se devia ter levantado da mesa e pegado no braço do sargentão e arrastá-lo até à porta da sala e dado-lhe um valente ponta-pé co traseiro.
E depois cantarem todos o Hino Nacional!
E chamado o Rui Caçador para assumir funções ou o Manuel Cajuda para delinear a tática. Tinham ainda o jogo da Suíça para ensaio.
Assim, ainda hoje há a veleidade de propagandear um nome como o e Zico...
E o penico?!
Eusébio já havia falado. Ao menos ainda falou e percebia-se que ainda lhe ia muito mais na alma.
Coluna, o grande Mário Coluna no meio campo não tinha permitido aquelas cabeçadas à solta dos alemães.
E quando Manuel da Luz Afonso claudicou na palestra antes do jogo com a Inglaterra em 66, Mário Coluna com raiva pegou na bola debaixo do braço e chamou os colegas para a luta...
Mas o bichinho da conversa mole já havia infectado os magriços...
Roma não paga a traidores!
Há-de ouvir-se sempre...

sábado, junho 21, 2008 3:29:00 da tarde  
Blogger João Baptista Pico said...

Já não temos o Cabrita para dizer aos nossos:
-"Vão-se a eles rapazes, que nem uns "Tarzões"!!!

sábado, junho 21, 2008 3:34:00 da tarde  
Blogger pedro oliveira said...

«ou o Manuel Cajuda para delinear a tática»

Caro João,

Entre Scolari e um treinador que num jogo decisivo (Guimarães - Porto) consegue encaixar 5 (cinco) de uma equipa treinada por Jesualdo Ferreira (eliminado da taça da liga pelo Fátima [que desceu de divisão] da taça de Portugal pelo Atlético em pleno Dragão, da taça de Portugal [como treinador do Benfica] em plena Luz pelo Gondomar).
Se Cajuda nem à equipa B de Jesualdo conseguiu ganhar a quem ganharia, então?
Entre Scolari e Cajuda venha Madaíl e escolha.

sábado, junho 21, 2008 3:44:00 da tarde  
Blogger João Baptista Pico said...

Qual Constância, qual Souto, qual terra ou mar...
Estas coisas são universais!
CARÁCTER!
O carácter não olha à geografia, nem à conveniência do lugar.
Assume-se!
Não anda a jogar com um pau de dois bicos para no fim aparecer sempre feito "emplastro" na imagem dos vencedores...
Eu bem lhes dizia...
Naquele dia à noite o comunicado da Federação só podia ser este:
" O Sr. Phill Scolari já não está mais ao comando da Selecção Portuguesa."
Oito dias depois teria sido outro país orgulhoso a enfrentar os alemães sem aquelas caras de pavor nos nossos...
Camões dizia: " O fraco rei faz fraca a sua forte gente..."
Meu caro Pedro Oliveira, desta vez não alinho na sua "selecção"!
Porque a jogar consigo a Alemanha tinha marcado mais dois e eu teri posto lá o Nuno Espírito Santo e fosse o que Deus quisesse. Ou no limite sempre tinha lá o Rui, um jovem teso e meu patrício em Alvalade...

sábado, junho 21, 2008 3:46:00 da tarde  
Blogger pedro oliveira said...

Caro Pico,

O fraco rei aqui tem nome e ocupação/ chama-se Madaíl, político de formação/ actualmente presidente da Federação

Scolari mostro liderança até ao fim.
Ontem ao obrigar os meninos mimados a cumprimentarem os adeptos no aeroporto.

sábado, junho 21, 2008 3:54:00 da tarde  
Blogger João Baptista Pico said...

Que ingenuidade a sua meu caro Pedro Oliveira...
Então não vê que o Filipão ainda conta regressar antes de Fevereiro para trazer o saco cheio da indemnização dos 10 milhões e nessa hora dar início à plantação da vinha...
Pois o que é que ele há-de fazer da sua vida senão juntar os seus e investir...
Investir com o nosso dinheiro...
Então não é ele que diz que Caixa é Banco para ele...
Ou a Caixa é para banco para quem mais neste país, tirando o Berardo para especular no BCP?!
Esta não lhe perdoo meu caro Pedro Oliveira...
Aquilo era só jogada publicitária...
E mais uma vez aqueles cordeirinhos a embarcarem ... No caso a desembarcarem todos...
A lata do artista!
O Camões só com um olho viu tudo...
E o Zé povinho com o manguito compôs a cena...
O resto era cenário...

sábado, junho 21, 2008 4:07:00 da tarde  
Blogger r said...

E não é que cheguei na hora certa: «conversa de homens». Que pontaria. Dispensável, pour moi, que gosto mais das questões universais, além do mais o «post» sobre promiscuidade entre o política e o futebol era mais abaixo. Compreensível face ao tempo necessário de assimilação masculina. Ponto e parágrafo.

Bom, quanto ao Amén dos amigos e tal, relevo que o meu lado feminino, hoje, não está absolutamente nada activo e, ainda, sou capaz de algum bitaite do tipo: mimetismo do dizer no masculino. Adiante...

Caríssimo Pedro, sendo que as pseudo-questões futebolísticas não me perturbam significativamente, diga-me:

- De que forma devemos entender estas suas palavras: «detenhamo-nos na mancha gráfica sob a imagem, um triângulo, uma pirâmide invertida, simbolicamente o feminino ou meia cruz de David, um desiquilíbrio, portanto.»? Será esta uma provocação a alguma leitora esporádica, ou, tratar-se-á da sua leitura do feminino como desequilíbrio? Sendo leitora assídua, sempre gostava de compreender o seu conceito de desequilíbrio.

Observação: O futebol, nas leituras que uns e outros lhe fazem, não me interessa, para coisa alguma. Obviamente.

sábado, junho 21, 2008 4:08:00 da tarde  
Blogger pedro oliveira said...

«tratar-se-á da sua leitura do feminino como desequilíbrio? Sendo leitora assídua, sempre gostava de compreender o seu conceito de desequilíbrio.»

Quando escrevo, faço-o como ser humano, sem complexos de cromossomas X e Y.
As gajas (dum modo geral) pensam-se como gajas.
Os gajos (dum modo geral) pensam-se como pessoas.
O desequilíbrio dizia, obviamente, respeito à bandeira de David que tem dois triângulos (vou explicar devagarinho) um com uma pontinha para vima e outro com uma pontinha para baixo.
Cf. com:
http://santamargarida.blogspot.com/2008/05/1347-grant-tenta-um-ngulo-diferente.html

sábado, junho 21, 2008 4:28:00 da tarde  
Blogger r said...

obrigada por explicar devagarinho, assim, já compreendi.

Som:

http://www.youtube.com/watch?v=5B3JQYxxAWg&feature=related

(Prescindi da versão alemã, para não ferir a sensibilidade da sua escuta.)

sábado, junho 21, 2008 4:52:00 da tarde  
Blogger Unknown said...

Não venham com problemática que eu tenho a solucionática só depois de ler e reler a enciclopédia de treinador de Peão...

sábado, junho 21, 2008 5:01:00 da tarde  

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