quinta-feira, agosto 14, 2008

1499 - se faz favor

fim-de-semana
Parece-me claro que o elemento dissuasor está a funcionar.
Avém, aleluia, amén.
Porque não alargar o conceito de segurança?
Provavelmente em 15, 16 e 17 de Agosto morrerão mais cidadãos em acidentes de viação que as vítimas do bancário sequestrão.
Vamos actuar, então?
É fácil...
Em vez desses anjos da guarda modernos (goe) andarem a gastar munições despropositadamente, posicionem-se, cuidadosamente, nos viadutos, todos os cidadãos que seguirem em excesso de velocidade deverão ser alvejados.
Ah e tal mas um cidadão em excesso de velocidade, ainda, não provocou nenhum acidente...
Não provocou mas pode provocar...
Uma pistola apontada não mata ninguém, mas pode matar...
Há muito mais mortos na estrada por excesso de velocidade que reféns mortos nos Bancos (nunca morreu nenhum).
Prevenção Rodoviária com efeito dissuasor, boa?
Massa encefálica, espalhada pela estrada, uma perna aqui, um braço ali, corpos desmembrados...
Não vi na altura a Senhora Professora Doutora Teresa Paiva a falar de traumas.
Nunca fui refém num Banco.
Já vi corpos desmembrados, já vi uns miolos e um pedaço de crânio colados num carril (não é bonito) já vi muitos corpos ensanguentados nas estradas e na beira delas.
Provavelmente é maior a dor duma Senhora Professora Doutora sequestrada que a dor de duas pretas atropeladas.
Provavelmente.
Provalmente a condutora não era brasileira, nem cigana, nem preta.
Provavelmente se o GOE tivesse agido como preconizo ali em cima teríamos poupado duas vidas e abatido uma criminosa.
Ou então não...

2 Comments:

Blogger r said...

Pedro, só um ligeiro à parte, que ninguém nos ouve, nem lê:

a interpretação da minha afirmção (num dos comentários «linkados») de que o jovem era cigano, como manifestação recista e preconceituosa, será pura ignorância. Pura ignorância de quem fizer tal interpretação. Quem não for capaz de ler nessa afirmação uma crítica ao politicamente correcto da sua estimada jornalista FC,por exemplo, precisa pensar muito para desadormecer a consciência. Evitar, certas vezes, de formas patéticas a referência a essa característica que define a identidade do jovem significa a tal tolerância-negativa, uma moralidade politicamente correcta: lixo.

Foi só um pequeno à parte...


`parte isso a sua sugestão de Prevenção Rodoviária não acolhe a minha aceitação. Eu propunha algo mais psicanalítico... fica para outra ocasião.

sexta-feira, agosto 15, 2008 4:23:00 da tarde  
Blogger pedro oliveira said...

A banalidade da morte da estrada foi concretizada hoje (2008.08.22).
Morrem duas pessoas num acidente de comboio (metro) encerra-se a linha e vão efectuar-se estudos.
Morrem três num acidente de automóvel (roubado) e aparece o dono do carro a lamentar-se: «meu querido pópó».
Porque não interditar a estrada a proibir a venda daquela marca específica de automóveis que, obviamente, são inseguros?

sexta-feira, agosto 22, 2008 10:34:00 da tarde  

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