quarta-feira, outubro 21, 2009

2282 - onde a imaturidade política não tem espaço


Um novo blog cujo espírito procurarei reproduzir nestas palavras:
Bem-vindo, gostei do que li.

6 Comments:

Blogger r said...

Boa noite, Pedro
É muito curiosa, a selecção de palavras que fez para divulgar um novo espaço. Elas não são suas, bem sei, mas foram aquelas que seleccionou de tantas que lá se encontram. Procuro avaliar a sua selecção, considerando o que tem vindo a partilhar connosco em relação ao concelho em causa. É isso que procuro avaliar.
E por que acho a selecção que reproduz, tão curiosa, no contexto? Ora, porque para alguém que, de alguma forma, se identifica, por exemplo, com Winston Churchill, um homem-político, onde a esfera pessoal (como é, por exemplo, a do amor e da paixão)condiciona (não sendo eu determinista, diria, até...que determina) a acção pública, vejo-me obrigada a reler os seus textos, porquanto, houve, certamente, algo que, compreendi mal ou não fui capaz de apreender.
Ora, tenho vindo a pensar, até ao momento, desta selecção de palavras, que tinha como pressuposto a impossibilidade de esquartejar o privado e o público, o pessoal (privado) e o pessoal (público).

De resto e esta questão, colocarei, talvez, noutro momento, também, ao autor do «blog», como é que se pode construír um concelho/uma "cidade" sem o elemento fulcral e maduro que funda toda e qualquer experiência humana (a pessoal e privada, bem como a pessoal e pública/política), a saber: o amor?

Não sei!, mas que é curiosa a selecção que fez, lá isso é... maturidade política aliada com a imaturidade no amor... algo que nunca havia concebido como possível. Bem, mas num concelho onde, supostamente (muito supostamente), viveu o poeta nacional, «inventado» pelo «Quinto Império» que poeta o amor como fogo que arde e nem sequer se vê, será tudo possível... sei lá, digo eu
provavelmente disparato.

quarta-feira, outubro 21, 2009 10:53:00 da tarde  
Blogger pedro oliveira said...

Provavelmente, diz parata,
Disparata.
Camões não foi inventado pelo quinto império (de Agostinho da Silva?).
Camões foi inventado pelos «vencidos da vida».
1880/1888.
Republicanos ressabiados.
Gostaria (ainda não encontrei) de ver mapas de Constância com referências a Camões (ou ao poeta) antes de 1880.
Bolas, o homem viveu cá (lá, do outro lado do Tejo).
Apesar disso não é referido aqui:
http://santamargarida.blogspot.com/2005/05/1-punhete-nas-memrias-paroquiais.html
Nem se deu ao trabalho de versejar sobre o encontro do Rio com o Tejo

quarta-feira, outubro 21, 2009 11:24:00 da tarde  
Blogger r said...

Eu
diz paratu
muito; já devia saber.

doutor Oliveira S., faça lá uma «posta» sobre Camões e o «Quinto Império», não esquecendo António Vieira [O Senhor Professor Agostinho da Silva, já li]e venho cá desconstruir os meus disparates

Mapas?
Não diga que tenho de estudar mapas também, para compreender o turismo cultural camoniano.
Caríssimo, julgo saber (mas pouco) que era tudo mui platónico, como é que queria que ele visse a beleza profunda que há no encontro do gélido Zêzere com o Tejo!? Concretude sensitiva a mais, para tanto lirismo

O Camões serve para tudo, até para «fugir» à questão essencial do comentário. Prontessss, vou (re)ler as memórias.

quarta-feira, outubro 21, 2009 11:43:00 da tarde  
Blogger Unknown said...

O camões vendeu um olho por dez tostões.

quinta-feira, outubro 22, 2009 9:40:00 da tarde  
Blogger ventoalerta said...

O amor do privado é algo completamente diferente do amor do público. Congratulo-me pela sua intervenção Sra. Rosa. Afinal é o suscitar de questões que nos faze avançar com passos menos incertos. O questionar é uma víscera apontada ao bom sentido porque a vida não se conhece ao primeiro olhar. À primeira opinião. O amor público, neste caso aquele que lhe (nos)permitiria construir uma cidade/concelho advém de uma maturidade e não imaturidade. Algo que cresce da experiência que o mundo nos aflora. Assim possamos e saibamos receber o mundo de forma a manter o amor. Amar uma terra, a nossa se possível, é querer-lhe bem, sabendo de tudo o que nos rodeia, as leis, os olhos da sociedade, o julgamento dos justos e dos injustos. É saber tudo isso e saber compor uma comunidade com hipóteses de sucesso, com uma janela aberta para um futuro melhor. O amor tem várias faces e várias musas. A maturidade ou imaturidade do amor depende do abuso que nos pedem. O amor é abuso, mas um bom abuso. Eu, enquanto... eu (permita-me ser eu no privado) escolho o imaturo para o meu privado. Escolho por sua vez o maturo para o público. Ninguém tem culpa de amar a minha pessoa como eu amo. Apenas eu. Uma pessoa inteligente saberá que o amor é intelígivel. Inteligente do peito, acrescento.

Cumprimentos, Bagulho

sexta-feira, outubro 23, 2009 2:37:00 da manhã  
Blogger r said...

Caro Senhor
não discuti, propriamente, a sua escolha pessoal. Fará as escolhas que bem entender. O que questionei (questiono) é a oposição entre a maturidade ao nível do político e a imaturidade ao nível do amor [deixemos a questão da paixão, eventualmente, para outra conversa, para facilitar, tão-só, a discussão na caixa de comentários]. A História da humanidade está cheia de exemplos que nos mostram a correlação entre uma e outra dimensão. Por outro lado, fico sempre a pensar quando alguém esquarteja/cinde...
o senhor, faz um uso tão privado das palavras que não compreendo, de todo, o que quis significar com o amar-se, a culpa, a inteligibilidade do amor... sei lá.
De qualquer modo, não me convenceu da possibilidade da construção da "cidade" por um homem imaturo no plano privado. O que queimaria tal homem? Hitler, por exemplo, queimou pessoas e livros e não anseio por outras «Noites de Cristal». Mas isto sou eu, claro
que «diz paratu» muito e me perco em análises vazias de conteúdo


Ah!
Mas pode aconselhar-me uma leitura positiva (por oposição à negatividade) do conceito: imaturidade. Aí, talvez, entendesse, noutro sentido, a sua escolha.

Por fim, afora políticas e/ou politiquices, o amor, é inteligível sim. O resto é poesia, literatura... para o Arnaldo Jabor é... Prosa, para o Camões é invisível fogo que arde

sexta-feira, outubro 23, 2009 1:52:00 da tarde  

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